Capítulo 46

511 61 13
                                    

Depois de quase um século desaparecido de postagens, adivinha quem voltou? Isso mesmo, Igu Mello. 

---

DAMIEN

- Oi meu amor. – Sorri em direção à porta, onde estava Bruno junto com nosso neto e filho. Seu rosto estava me deixando um pouco envergonhado, levando em conta a posição que estava.

- Voxê vai botar um ovo, vovô? – Não me aguentei e comecei a sorrir do que Wesley tinha dito. Não era possível que uma coisinha tão pequenina desse jeito fosse assim tão esperta.

- Não, amor. O vovô não vai pôr um ovo, o vovô está apenas se exercitando. – Sorri em sua direção.

- E por qual motivo você está fazendo yoga? Digo, você nem ao menos se dispôs a fazer isso uma vez em minha frente...

- Me deu vontade e eu estava com tempo livre, aí estava esperando vocês e pra passar o tempo comecei a fazer esse negócio. – Levantei e fui em direção a eles, que se afastaram de mim, por conta de eu estar suado. – Mas eu não vou mais fazer, porque essa coisa me quebrou completamente.

- Tá, vai tomar um banho que a gente vai te esperar.

Não demorei muito no banho para fazer com que eles esperassem mais ainda, já que deveriam estarem cansados, já que as crianças não estavam acostumadas a sair de casa e passar tanto tempo fora quanto hoje de manhã. Pelo rostinho do Wesley ele só queria dormir, Felipe estava com muita energia para gastar, porque eu acho que o tanto que ele dormia enquanto era bebê estão sendo cobrados agora, mas eu nem reclamo, porque eu amo cuidar dele.

Vesti uma cueca nova, uma calça jeans e uma camisa social que tinha disponível ali no armário do meu banheiro e depois de passar desodorante e perfume, saí, os encontrando deitados no sofá colorindo algumas revistinhas que eu havia colocado ali especialmente para quando eles chegassem no meu escritório. Nunca consigo conter meus sorrisos babões quando eu olho para minha família e vejo o quanto os mesmos estão crescidos e me dando orgulho.

Jefferson e Douglas se mudaram e começaram a trabalhar, e eu me senti feliz por isso, porque sei o quanto Jefferson quer algo com seu próprio esforço e mais feliz ainda por saber que minhas primeiras impressões de seu namorado foram bastante incorretas; entretanto eu acho que não precisavam sair da minha casa, mas se eles decidiram assim, assim tem de ser, até porque eles também querem privacidade.

Adriano e Karan, por outro lado, ainda continuam morando lá em casa, porém nós quase não nos falamos, porque os dois passam o dia inteiro fora de casa estudando, não restando tempo para quase nada, e o melhor de tudo é que mesmo com sua rotina intensa de estudos, ele sempre arranja algum tempo para o Wesley e agora para o Felipe também. Não é incomum eu procurar os dois e vê-los no jardim junto dele e de Adriano, que se revisavam entre brincar com as crianças e em estudar.

- Está parado aí há muito tempo. – Escutei Bruno dizer em minha frente e me assustei, porque estava muito distraído. – Devo me preocupar? – Neguei com a cabeça.

- Vamos? – Ele assentiu e me entregou Felipe, indo em direção ao Wesley o limpar, porque ele já tinha quebrado um pincel e derramado um pouco de tinta em cima de si. – Você não trouxe outra roupa para ele?

- Não, eu nem ao menos tive tempo de me preparar bem para imprevistos. – Assenti. – Quando sairmos do restaurante nós iremos para casa, não?

- Vamos sim! – Ele assentiu e Wesley saiu correndo na frente, com um Bruno correndo atrás dele e tentando o pegar.

Eu imaginava que com o passar do tempo e depois dele ir crescendo, ele ficaria mais calmo e menos bagunceiro, mas parece que o tempo está me fazendo ver a verdade que eu não quis ver antes, ele está pior. A única coisa que muda agora é que ele sabe falar algumas frases e deixar todo mundo em saia justa, entretanto depois disso, a única coisa diferente é que agora ele não pode mais levar seus cachorrinhos para aprontar junto dele, porque eles não conseguem mais entrar nos mesmos lugares que ele, porque estão completamente enormes.

Estranhas sensações (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora