Chapter XII

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Contém: Consumo de bebidas alcoólicas, palavrões.
Palavras: 2k

Elle acordou sentindo alguém tocar o seu braço delicadamente, ela então abriu os olhos e não acreditou na imagem que via. Seu pai. Ali, na sua frente.
-Bom dia meu amor! - disse ele com a voz doce.
-Ai meu Deus, pai!!! Eu tava morrendo de saudade. - disse a garota pulando em seus braços.
-Eu também estava meu amor... - disse ele enquanto acariciava as costas da filha.
-Caramba, eu não consigo acreditar que tá aqui. Como você tá? - disse a loira, ainda em êxtase.
-Eu estou meu bem, mas não posso ficar por muito tempo. Então me diga, como você está? Está machucada? Eles estão te tratando mal? - disse o homem se sentindo culpado.
-O que? Não, não pai, eu to bem. Eles não me machucaram. - disse Elle o acalmando.
-Olha filha, eu estou fazendo de tudo para conseguir o dnheiro, o banco já disse que consegue um empréstimo, mas preciso arranjar um emprego primeiro e... - disse o pai da loira, com os olhos marrejados.
-Tá tudo bem pai, eu entendo. - disse Elle, sentindo uma dor no peito.
-Me desculpa filha, é tudo minha culpa. - disse ele passando a mão na cabeça.
-Hey, pai... pai, olha pra mim. Tá tudo bem, não fica se culpando e não se preocupa, eu tô bem, ok? Agora fala, como estão as coisas? Como está o Jinx? - disse ela curiosa para saber sobre seu gato.
-Morrendo de saudade, ele dorme na sua cama todos os dias e fica miando pela casa. - disse o homem rindo.
-Ahh, eu também to morrendo de saudade daquela bola de pelo. - falou Elle sentindo os olhos marrejados. -E Tanya, o senhor falou com ela? - disse a loira.
-Falei sim, ela apareceu lá em casa depois de dois dias, querendo saber porque você não estava indo para as aulas. - disse ele.
-E o que o senhor falou? - pediu Elle.
-Eu disse que você havia ido visitar os parentes de sua mãe. - disse ele desviando o olhar.
-Pobre Tanya, eu sinto tanto a falta dela. - disse a loira sentindo uma lágrima rolar pelo seu rosto.
-Desculpa filha, eu prometo que vou te tirar daqui e vamos voltar pra casa juntos, ok? - disse o homem secando o rosto da garota.
-Obrigada pai, eu te amo! - disse Elle o abraçando novamente.
-Oh meu amor, eu também te amo, muito. - disse ele emocionado. -Então, esse é o seu quarto aqui? - pediu ele, pegando a loira de surpresa.
-É... na verdade, não. Esse é o quarto do Tom. - disse a loira corando.
-O que? O que você tá fazendo aqui filha? Não me diga que ele está te obrigando... - dizia o homem mas Elle o interrompeu.
-Não, não, ai meu Deus! Pai, olha pra mim, tá tudo bem. Eu só dormi aqui porque alguma coisa aconteceu com o meu quarto ontem á noite, por conta da tempestade, mas não aconteceu nada entre a gente, ok? - disse ela segurando forte as mãos do pai.
-Olha filha, se ele encostar um dedo em você, eu juro que... - disse o homem com raiva.
-Pai, eu já disse que eu tô bem, ele não fez e nem vai fazer nada, eu prometo, ok? - disse a loira o acalmando.
-Bom, acho que meu tempo está acabando então, quero te entregar isso. - disse ele pegando uma pequena mala do chão. -Como aquele garoto loiro não veio mais lá em casa, eu trouxe isso aqui pra você. Aqui tem roupas, livros e mais algumas de suas coisas. - disse ele a colocando em cima da cama.
-Oh pai, obrigada! - disse Elle o abraçando.
-Tudo bem querida, eu só quero o seu bem, sabe disso não é? - falou ele com um nó na garganta.
-Eu sei, obrigada! - disse a loira com lágrimas nos olhos.
-Sr. Davis? Receio ter que dizer isto, mas seu tempo acabou. - disse um dos seguranças que estavam na porta do quarto.
-Tudo bem, já estou indo! - respondeu o homem.
-Tchau pai, te amo muito. Se cuida e cuida do Jinx por mim. - disse Elle sentindo os olhos arderem.
-Pode deixar filha, eu prometo que vou tirar você daqui. Eu te amo, meu amor! - disse ele a abraçando.
-Tchau pai, eu te amo! - disse a loira com o coração apertado.
Assim que viu o pai sair pela porta, Elle deixou todas as emoções que estava segurando, saírem. As lágrimas rapidamente tomaram conta do rosto da garota, que chorava abraçada no seu travesseiro. Depois de alguns minutos, Elle ouviu o barulho da porta e viu Tom se aproximar dela.
-Elle? Tá tudo bem? O que foi? - disse ele sentando ao lado da loira.
-Tá, é só... o meu pai. - disse Elle fungando.
-O que foi? Achei que fosse ficar feliz com a visita dele. - disse ele secando as lágrimas de Elle.
-Não, eu fiquei feliz, muito. - disse a loira se sentando na cama.
-Então... o que houve? - pediu Tom confuso.
-Olha Tom, eu gosto de você, gosto mesmo. - disse a loira vendo um sorriso brotar nos lábios de Tom. -Mas não posso fazer isso. Meu pai está fazendo de tudo pra conseguir o dinheiro pra me tirar daqui, mas o banco não faz empréstimo pra quem não tem um trabalho fixo e eu sei como é difícil pra ele conseguir um, já que não tem a ficha limpa. - disse a garota sentindo um nó na garganta.
-O que aconteceu? Digo, pra ele não ter a ficha limpa? - perguntou Tom.
-Ee se envolveu em uma briga em um jogo de apostas clandestino um tempo atrás e acabou passando algumas noites na cadeia. - falou Elle, lembrando do quão desesperada ficou ao receber a ligação do pai.
-Eu... não sei o que dizer. - disse Tom pegando a mão da loira, mas ela imediatamente recuou. -O que foi? - disse ele confuso.
-O que foi? Você não ouviu nada do que eu acabei de falar? Meu pai está fazendo de tudo pra conseguir essa droga de dinheiro pra me tirar daqui e enquanto isso eu estou fazendo o que? Me apaixonando pelo cara que apontou uma arma na minha cabeça. Isso não está certo, ele não merece isso. - disse ela saindo da cama.
-Onde você vai? Elle? - disse o garoto.
-Eu vou pro meu quarto Tom e por favor, me deixa sozinha. - Elle disse antes de bater a porta.

suspicious | tom hollandOnde histórias criam vida. Descubra agora