Contém: Menções de hospital;
Palavras: 1.8kIncerteza. Esse era o sentimento que acompanhava Elleanor no último mês. A incerteza de saber se seu grande amor iria sobreviver. A incerteza de vê-lo ali, ligado á máquinas, lutando pela sua vida. A incerteza do que responder á filha, quando ela perguntava quando o papai voltaria pra casa. A incerteza toda vez que médicos entravam no quarto, o examinavam e saíam outra vez, sem resposta alguma.
-Alguma novidade? - eram as palavras que Elle mais ouvia ultimamente e a resposta era sempre a mesma. Um aceno negativo de cabeça, com os olhos já vermelhos e inchados.
Os irmãos de Tom revezavam os cuidados com a loira e, mesmo ela não querendo sair do lado dele, a aconselhavam a ir para casa, tomar um banho, ficar com a filha e descansar, prometendo avisar se algo acontecesse. Mas no fim, cada lágrima derramada, cada dia passado naquele quarto de hospital, segurando a mão fria de Tom, cada palavra dita, mesmo ele estando inconsciente, pois ela tinha certeza de que ele podia ouvi-lá, valeram a pena.
No momento que ela sentiu ele segurar sua mão e abrir os olhos, tudo valeu a pena.•••
Escuridão. Isso era tudo que Tom sentia, uma completa e aterrorizante escuridão, que não tinha começo e nem fim. Ela apenas o deixava totalmente inconsciente, sem noção de tempo ou do espaço ao seu redor. Até que um dia, ele finalmente abriu os olhos e encontrou os de Elle, o encarando de volta.
A loira foi a primeira á abraçá-lo, seguida por Rose, Harrison e seus irmãos.
-Vocês encontraram? - ele perguntou á Sam.
-Sim, Tom! Acabou! - ele respondeu, recebendo um aceno do irmão mais velho, como agradecimento.
Alguns dias depois de acordar, Tom voltou pra casa, onde Elleanor e o restante da família faziam de tudo para ajudá-lo, mesmo o moreno afirmando que já estava bem e não precisava de ajuda.
Todo final de tarde, Elle e Rose saíam pra caminhar com Tom, já que ele precisava se exercitar, por recomendação médica. É claro que, com a gravidade do ferimento e o tempo que ficou parado, o moreno acabou desenvolvendo uma certa dificuldade para caminhar, mas que segundo os médicos, ia melhorar com o tempo. Tessa e Rose corriam livremente pelo gramado, enquanto Elle e Tom vinham á passos lentos, um pouco atrás delas.
-Posso saber o motivo desse sorriso? - questionou ele ao percebeu a loira sorrindo.
-Eu só estou feliz e grata por você estar aqui. - disse ela o encarando.
Naquele momento, Tom sentia tanto amor pela mulher á sua frente, que palavras não conseguiriam explicar a imensidão de seu sentimento, então ele fez o que ele havia sentido tanta falta enquanto estava desacordado, acabou com a distância entre eles e colou seus lábios, num beijo doce e cheio de paixão.
-Eu te amo! - confessou ao se afastar.
-Eu também te amo! - ela respondeu sorrindo.•••
Com os recentes acontecimentos, os pais de Tom fizeram questão de visita-lo e passar alguns dias com o filho mais velho, mesmo ele afirmando que Elle e o restante da família já estavam fazendo mais do que o suficiente. Dom e Nikki aproveitaram para conhecer a neta, da qual só haviam ouvido falar por telefone. Rose ficou um pouco sem graça no começo, mas logo se acostumou com os mais velhos, os convidando para brincar e chamando-os de avós.
Elle, ao passar pela porta do quarto de Rose, viu que Tom observava os pais interagindo com a neta, com um enorme sorriso no rosto.
-Hey! - disse ela passando seus braços pela cintura do pai de sua filha.
-Oi! Consegue acreditar? Nunca achei que fosse ver meus pai sentado em uma mesa, brincando de tomar chá com ursos de pelúcia e bonecas. - disse ele sorrindo.
-Esse é o efeito que uma criança tem nas pessoas, amor! - respondeu a loira, o abraçando.
-Você está pronta? - perguntou ele.
-Sim! Mas ainda não vai contar onde vai me levar, não é? - insistiu Elle, o vendo negar.
-Ainda não, amor! Mas você vai amar! - disse ele, lhe dando um selinho.
Os adultos então se despediram da filha, que quase não prestou atenção neles, Tom agradeceu os pais por ficarem com ela, enquanto fazia uma surpresa para Elle, que há dias tentava descobrir o que ele estava planejando.
-Sem problema, filho! Divirtam-se, pois nós com certeza vamos! - disse Nikki beijando o rosto do filho, antes de voltar a atenção á neta.
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suspicious | tom holland
FanfictionPor conta de uma dívida do pai, Elleanor se vê obrigada a morar na casa de um dos maiores mafiosos de Londres, como garantia de pagamento. Mas o que acontece quando ela se apaixona pelo seu próprio pesadelo?