suspicious | tom holland

Chapter IX

Contém: Violência, sangue, morte;
Palavras: 1.8k

Tom e sua equipe trabalhavam á todo vapor para tentar rastrear os passos de Daniel, depois de sair da escola com Rose, enquanto Elle andava de um lado pro outro da casa, á beira de um colapso, sentindo que era tudo sua culpa.
Ivy saiu da cozinha carregando uma bandeja com um bule de chá e algumas xícaras. Depois de deixá-la na mesa de centro, a ruiva foi até a amiga, a convidando para sentar.
-Toma isso, vai ajudar a te acalmar! - disse Ivy lhe oferecendo uma xícara de chá.
Elle não se sentia nada bem, sua cabeça parecia que ia explodir á qualquer momento, mas mesmo assim, aceitou a bebida e a tentativa de conforto da amiga.
Logo, Sierra e Casey também se juntaram ás elas, todas tentando assegurá-la de que tudo iria ficar bem e que eles iriam encontrá-los.
-Eu não me importo com o que tenha que fazer, apenas faça! - a voz de Tom foi ouvida, fazendo Elle imediatamente levantar do sofá.
-Alguma coisa? - pediu ela, mas tudo que recebeu foi um aceno negativo do moreno.
-Ainda não! Mas vamos encontrá-la Elle, eu prometo! - respondeu Tom, acabando com a distância entre eles e a abraçando.
Nem mesmo um minuto depois, o celular da loira tocou, chamando a atenção de todos naquele sala. Ao pegar o aparelho, Elle prendeu a respiração ao ver um número desconhecido.
-Deve ser ele! - disse ela olhando para Tom.
-Atenda! Mas no viva-voz! - afirmou o moreno.
Ao fazer isso, Elle foi cumprimentada pela irritante voz, que ela uma vez esperava para ouvir.
-Olá Elleanor! - disse Daniel e a loira quase podia ouvir seu sorriso.
-Onde ela está, Daniel? Se machucá-la, eu juro por Deus que... - disse Elle sentindo o sangue ferver.
-Quem mesmo? Oh, Rose! É, ela está aqui e não se preocupe, ela está bem. - respondeu ele.
-Me deixe falar com ela! - exclamou ela.
-Desculpa, mas não é bem assim que as coisas vão funcionar, amor! - respondeu o homem.
-O que você quer, Daniel? Só... fala o que você quer, por favor. - implorou a loira.
-Deixa eu ver... ah sim, cento e cinquenta mil euros, em dinheiro. Não vai fazer muita diferença pro seu namoradinho, não é? - disse Daniel.
Depois de receber um aceno de Tom, Elle continuou.
-Tudo bem, onde você está? Nós levamos! - explicou a loira, ouvindo Daniel rir do outro lado da linha.
-Você acha que eu vou deixar ele se aproximar de mim? Da última vez, eu quase não sobrevivi! Então, você vem sozinha, sem os Holland's e sem a polícia, é claro. Ou Rose irá pagar por isso. - disse o homem.
-Não! Daniel, não toca nela! Eu vou sozinha, eu prometo! Onde você está? - perguntou a loira.
Depois de anotar o endereço do local onde eles fariam a troca, Daniel encerrou a chamada.
-E agora? - questionou Elle.
-Agora, precisamos de um plano. - respondeu Tom.

•••

Depois de uma rápida reunião e de repassar várias vezes o plano, Tom e Elle foram se preparar para ir até o local combinado.
-Tom? - disse a loira batendo na porta de seu quarto.
-Sim? Entra! - respondeu ele.
-Eu só... eu só queria dizer que... dessa vez, eu não quero que nada te impeça. Só... tenha certeza que ele não cause mais problema nenhum pra minh... pra nossa família. - disse Elle depois de um longo suspiro.
Tom imediatamente parou o que estava fazendo e foi até a loira, segurando firme suas mãos.
-Elle, olha pra mim, não se preocupe. Vai ficar tudo bem, eu prometo! - Tom a assegurou, lhe puxando para um abraço.
-Eu te amo! - Elle confessou ao se afastar, fazendo o homem á sua frente sorrir.
-Eu te amo mais! - Tom afirmou, segurando seu rosto e acabando com a distância entre seus lábios.
Alguns minutos depois, eles foram interrompidos por algumas batidas na porta.
-Sim? - disse o moreno.
-Tom, está tudo pronto! - a voz de Harrison foi ouvida do outro lado do cômodo.
-Obrigada Haz! Já vamos descer! - agradeceu Tom, voltando a ficar de frente para Elle. -Pronta? - pediu o moreno.
-Sim! - respondeu ela.
-Então... vamos buscar nossa filha! - disse ele apertando a mão da amada.

•••

Elle passou o caminho todo repassando o plano que eles haviam combinado. Ela entregaria o dinheiro, pegaria Rose e o resto ficava com Tom e sua equipe.
Desligando o carro, Elle pegou a mala de dinheiro no banco do carona e foi até a entrada do que parecia ser um depósito abandonado, há muito tempo atrás.
Como combinado, Daniel estava a esperando e ao vê-la, abriu um enorme sorriso.
-Elleanor, eu senti falta desse rosto, sabe? Faz tanto tempo que não nos vemos. - disse o homem a fazendo rolar os olhos.
-Aqui está seu dinheiro, Daniel! Agora, eu quero a minha filha, como combinado! - exclamou a loira jogando a mala em seus pés.
-Uau, olha só pra você! Se comportando e até se vestindo como eles. Entrou mesmo pra família, não foi? - debochou Daniel, observando as vestimentas de Elle, que não passavam de uma calça preta e uma jaqueta de couro, da mesma cor.
-Para de enrolar, Daniel! O dinheiro está todo aí, o que está esperando? Devolva minha filha! - exigiu a loira, cerrando os punhos.
-Se acalma, Elle! Ainda temos tempo! - respondeu ele piscando. -Está tudo aqui mesmo? Vocês não tentariam me enganar, não é? - continuou ao abrir a mala e dar uma olhada no dinheiro.
-Escuta Daniel, o dinheiro está todo aí, se não confia em mim, o problema é seu. Eu cumpri minha parte do trato, agora cumpra a sua, eu quero minha filha agora! - insistiu a loira, ficando irritada com o comportamento do ex-namorado.
-Uhh, mandona! Eu gosto dessa nova Elle, uma pena que tenha escolhido ele. Nós poderíamos ter sido muito felizes. - disse o moreno se aproximando de Elle, que sentiu náuseas com o cheiro de cigarro e bebida que vinham dele. -Eu realmente gosto de você, Elle! Tão linda! - insistiu ele, tentando passar a mão no rosto da loira, que segurou firme seu pulso.
-Pela última vez, minha filha! - questionou Elle, com os dentes cerrados.
-Seu desejo é uma ordem, amor! - respondeu ele, afastando-se e abrindo uma das portas, revelando a pequena Rose, sentada em uma mesa com desenhos e alguns lápis de colorir.
-Mamãe!!! - gritou ela ao ver o rosto da mãe.
Elleanor não conseguiu conter a emoção de rever sua filha ali, deixando então que as lágrimas rolassem, enquanto a abraçava.
-Oi meu amor, tá tudo bem agora! Nós vamos pra casa, tudo bem? - questionou a loira, vendo sua filha assentir.
-Eu não queria que tivesse sido assim, Elle! Não queria mesmo, mas você não me deixou outra escolha. - disse Daniel, fazendo o sangue dela ferver.
Com Rose no colo, Elle olhou uma última vez para o homem que há havia causado problemas demais na sua vida.
-Adeus, Daniel! - disse ela saindo de lá.
Assim que viu a loira sair, Daniel guardou sua arma, passaporte, celular e uma garrafa de whiskey barato na mala de dinheiro, fechando o zíper e a colocando no ombro, esperando sair de lá e começar de novo em outro lugar.

•••

Como esperado, Daniel saiu pela porta de trás do depósito, dando de cara com Tom e sua equipe, que haviam feito outro caminho para chegar até ali.
-Olá Daniel! - disse o moreno com um malicioso sorriso no rosto.
É claro que ele tentou correr para o outro lado e até pegar sua arma, mas foi parado pelos braços fortes de Harry e Sam, que o colocaram de joelhos no chão.
Tom se aproximou do homem, pegando parte de seu cabelo e puxando sua cabeça para trás, fazendo assim com que ele olhasse em seus olhos.
-Você causou muito problema para a minha família, Daniel! E eu não sei se esse seu minúsculo cérebro lembra, mas eu fui bem claro da última vez, ao dizer que você não teria uma segunda chance. - disse Tom, sentindo seu sangue ferver.
Tirando a arma de sua cintura, ele a apontou para a cabeça de Daniel, que respirava profundamente. -Últimas palavras? - disse Tom, movendo seus dedos e engatilhando a arma.
-Te vejo no inferno! - disse Daniel com um leve sorriso no rosto.
-Eu disse pra não mexer com minha familia! - essas foram as palavras de Tom, antes dele puxar o gatilho e acabar com aquele pesadelo.

•••

Elle esperava do lado de fora do depósito, com Sierra e Casey, que desde o começo do relacionamento com os gêmeos, decidiram participar do estilo de vida deles. A loira segurava firme a filha no colo, quando ouviu um barulho de tiro, logo seguido de outro, fazendo seu coração apertar. Era pra ser apenas um tiro, não é?
Depois de trocar um olhar confuso com as garotas, Elle viu a cena que ela tanto temia. Harry e Sam carregavam Tom, que tinha o peito completamente ensanguentado.
-Papai!!! - gritou Rose ao vê-lo.
Antes que os gêmeos pudessem se aproximar, a loira já havia passado a filha para Sierra, que tentava a acamar, e corrido até o encontro deles.
-Ai meu Deus!!! O que aconteceu? - disse ela, assim que os garotos o colocaram no chão.
-Aquele desgraçado do Daniel tinha back-up, assim que Tom atirou, ele foi atingindo. A equipe já estava procurando por quem fez isso. - disse Sam.
-E já chamamos a ambulância! - completou Harry.
-Não, não!!! Ele está perdendo muito sangue, a ambulância vai demorar muito, temos que levá-lo até o hospital agora mesmo! - afirmou Elle enquanto pressionava uma camisa no ferimento de Tom, que estava praticamente inconsciente.
-Tudo bem! Sierra e Casey, vocês levam Rose pra casa, Harrison leva Tom e Elle até o hospital, enquanto Harry e eu ficamos aqui, ajudando a equipe a encontrar quem fez isso. - Sam deu as ordens e assim eles fizeram.
Em poucos minutos, eles já estavam no carro, onde Elle passou o caminho todo pressionando o tecido no ferimento de Tom, enquanto fazia de tudo para mantê-lo acordado.
-Tom, olha pra mim! Fica acordado! Você não pode fechar os olhos, entendeu? Eu preciso que fique acordado! - dizia a loira.
-Elle... - Tom sussurrou, segurando sua mão.
-Sou eu, Tom! Sou eu! Fica comigo, não fecha os olhos, estamos quase lá. Por favor! - respondeu Elle, dando um beijo em sua mão.
-Eu... e-eu te a-amo! - disse o moreno usando toda sua força para sorrir.
-Eu também te amo! Mas tem que ficar aqui comigo, ok? Por favor, eu não posso perder você também. Rose e eu precisamos de você, Tom! Por favor, fica comigo! - Elle implorou deixando as lágrimas finalmente rolarem pelo seu rosto.
Cada músculo no corpo de Tom pedia, implorava para que ele fechasse os olhos e descansasse. Mas ele ficou firme, ouvindo as palavras de Elle, pensando no quanto queria continuar vendo aquele par de olhos castanhos, em como queria poder beija-lá, em como queria rever Rose e segura-lá no colo mais uma vez. Ele estava tentando, com todas suas forças, ele só esperava mesmo que isso fosse o suficiente.