O que faz acordada, Sadie?

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Naquele mesmo momento eu já pude sentir uma aperto enorme no coração, queria sair correndo daqui e encontrar ele o mais rápido possivel, porque tinha certeza que ele não estava bem e não iria ficar tão cedo.   


Sadie: Finn, como assim?


Finn: Ela deixou uma carta na minha cama, dizendo que sabia de tudo o que meu pai estava fazendo e que não podia mais aguentar esse relacionamento. 


Finn: Eu não posso culpa-la, Sadie. 


Finn: Mas ela nos deixou aqui, nem se quer me deu um tchau...Enquanto eu so estava preocupado em deixa-la bem em tudo isso. 


Sadie: Pra onde ela foi? Ela disse? 


Sadie: Podemos ir ate la, você pode falar com ela. 


Finn: Não. Ela não disse nada sobre isso.


Finn: Talvez nem queira que eu esteja por perto, eu devo faze-la lembrar do meu pai...Eu entendo. 


Sadie: Não! Isso não tem nada a ver com você, Finn, não se culpa. 


Finn: É impossível não me culpar. Se eu tivesse contado tudo quando soube, talvez ela tivesse ido, mas eu estaria com ela, bem longe do babaca do meu pai. 


Sadie: Eu to indo ai, Finn.


Levantei da cama as pressas e vesti a primeira coisa que consegui tirar do meu guarda roupa que foi uma calça de moletom, uma blusa de alcinhas e joguei uma jaqueta por cima.


Eu sabia como era se sentir culpado por algo, ainda sentia que a morte da minha mãe era parte minha culpa por nunca ter tido coragem de pedir ajuda ao meu pai, e doía demais. Pensar na culpa, sentir ela, era como se ela dominasse todo meu corpo da pior forma possivel e eu não iria deixar isso acontecer com o Finn, ele era bom demais pra se deixar consumir por esse sentimento tão horrível que definitivamente não cabia nele.


Peguei meu celular e abri a porta do quarto, que acabou fazendo um pouco de barulho. Mas por sorte, acho que ninguém acordou. Eu fechei a porta e a tranquei, pelo caso de alguém resolver verificar se eu estava dormindo. Caminhei devagar ate a cozinha e peguei algumas bolachas e chocolates no armário, acho que iriamos precisar disso. 


Estava tudo certo, mas tudo pareceu estragar quando a luz da cozinha acendeu me fazendo torcer muito para ser apenas o Patric, que por sinal iria embora daqui dois dias. 


- O que faz acordada, Sadie? - ouvi a voz do meu pai e me virei devagar com um sorriso falso no rosto. - Vai pra algum lugar? 


- Minha amiga esta com alguns problemas e eu preciso ir ajuda-la. - menti. 


- Que amiga? - ele perguntou e cruzou os braços. 


- Megan. - respondi rápido. 


- Pois diga pra ela que você vai ajuda-la amanha, porque isso não são horas de sair de casa e você deveria ter noção disso, Sadie. 


- Sinto muito, mas ela realmente precisa de mim e eu vou. - disse colocando as coisas na bolsa e caminhando para a porta. 


Senti sua mão firme segurando meu braço e então uma raiva imensa consumiu meu corpo. Quando eu pensava que ele não conseguia me fazer odia-lo mais...


- O que vai fazer? - indaguei e olhei para ele. 


- Você não vai pra lugar nenhum, sou seu pai e ainda mando em você. - ele disse com a voz mais firme e eu revirei os olhos. 


- Agora você é meu pai? - indaguei e ri ironicamente. - Pouco me importa se você vai me deixar ir ou não, em nenhum momento eu pedi sua permissão. 


- Você mora na minha casa, come da minha comida, usa a energia e a água que eu pago, frequenta a escola que eu pago...O minimo que você me deve é respeito. Agora, vai pro seu quarto. 


- Uau! Pensei que tudo isso era o minimo que um pai poderia fazer por uma filha, mas acho que as coisas não são muito paternais com você. 


Puxei meu braço rapidamente e voltei pro meu quarto, batendo a porta com força. Se ele realmente acha que eu vou ficar trancada aqui como se fosse o ratinho de laboratório que deve total respeito a ele, ele esta muito enganado. 


Abri meu guarda-roupa peguei minha mochila que costumava usar para acampar, por ser grande, e comecei a colocar varias roupas la dentro. Não fazia mais sentido morar aqui já que tudo era um favor para eu ser a filha perfeita. Ele não iria acabar com a minha desse jeito. 


Depois de ter juntado o que eu considerei necessário, eu fui ate varanda no meu quarto e analisei todo o percurso que eu faria ate parar no chão. Por sorte a casa não era tao alta assim, então depois de jogar a mochila, eu não tive tanta dificuldade assim para descer e correr para fora o mais rápido possivel.


A unica coisa que eu posso garantir que vou dar a esse homem é desgosto. E farei isso com muito prazer. 

Rules | Fadie fanfic [2ª TEMPORADA - CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora