Capítulo 10

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Selena Park

Mais que droga, estava tão focada nos meus sentimentos que esqueci completamente a chegada da família, droga, eu sei que eles não vão me perdoar por tudo o que eu fiz, eu também sei que minha irmã me odeia, e eu realmente entendo se ela nunca mais olhar na minha cara, se fosse eu no lugar dela acredito que faria igual.

Depois que tomei a sopa fui tomar um bom banho, passei não sei exatamente quanto tempo no banheiro só sei que quando saí meus dedos estavam engilhados do frio, me sequei com uma calma fingida meu coração não está calmo, espero que eu esteja preparada para recebê-los porque eu sei e sinto que esse encontro não vai ser qualquer coisa calma.

Escolhi uma calça de couro da cor preta cintura alta com a boca larga, uma blusa pequena que deixava amostra minha pequena protuberância na barriga, meus cabelos soltos naturalmente assim como o meu rosto, nos meus pés um salto médio, me olho no espelho me dando estou pronta para guerra.

- Você está pronta? - ouço a voz do Enzo da porta do closet.

- Não - me viro para logo em seguida ficar sem fôlego com a beleza dele.

Meus olhos descem pelo o corpo definido dele para encontrar uma calça jeans de cor escura marcando na suas coxas grossas, subo um pouco meus olhos para me encontrar uma blusa social branca enrolada até o antebraço nos pés ele calça um vans de cor preta.

Uma delícia!

Respiro fundo tentando absolver sua imagem, porém, sou embriagada pelo o seu perfume.

O homem cheira malditamente bem! Um pecado ambulante.

- Porquê? - dá um passo para dentro do closet.

- Estou com medo - admito quando me recupero.

- Não tem porque, não vou deixar nada acontecer com você - ele me diz com firmeza olhando nos meus olhos.

Desvio de seus olhos tentando acreditar no que ele diz, Allan é o chefe da máfia se ele quiser me matar não vai ter ninguém para impedir dele fazer alguma coisa contra mim, ele pode amar minha irmã mas ele não vai deixa ela interferir em qualquer coisas que seja relacionada ao seus negócios, uma coisa é ele deixar ela entrar no seu coração outra bem diferente é ele deixar ela se meter em seus assuntos o que não vai acontecer nunca, ele é o mafioso e é ele quem decide, que Deus tenha misericórdia de mim.

- Não encha essa cabecinha com coisas que não vão acontecer - Lorenzo chama minha atenção.

Do um sorriso amarelo pra ele em forma de desculpas.

- Eles ainda vão custar para chegar? - pergunto em uma clara tentativa de adiar o inevitável.

- Não, eles estão atravessando os portões nesse exato momento - arregalo meus olhos em choque.

Meu corpo começa a tremer de medo, eu achei que estava preparada para encara -los, mas porra, eu estava errada, não estou nem perto de ficar frente a frente com eles.

- Vamos - Lorenzo me pega pelas mãos sem me da chance para uma possível fuga.

- Eu ... Eu não estou preparada - gaguejo com a voz trêmula.

- Não estou de dando escolhas - me lança um olhar duro.

Meus olhos marejam, mas Lorenzo não me deixa pensar, ele só faz seguir o caminha me arrastando junto com ele, meus saltos fazem barulho no mármore quando tento de todas as formas possíveis fazê lo parar.

- Não me obrigue à te da umas palmadas - sua voz rouca me faz perceber que ele está ficando irritado - Cadê a mulher corajosa que eu conheci? Virou um coelhinho medroso?

As lágrimas secam quando a raiva se faz presente, lhe lanço um olhar maldoso e sou retribuida com um sorriso cheio de dentes.

- Assim que eu gosto - ele diz cínico - Quero você de cabeça erguida, você não é um bichinho medroso, você é uma mulher destemida que fez tudo pra proteger quem você ama, então se orgulhe por ter conseguido isso. Você consegui deixa lá viva.

Aceno concordando respirando fundo, que se foda, eu fiz tudo por minha irmã, e no final eu consegui o que eu mais queria, minha irmã respira e está bem. Levanto minha cabeça destemida, que se foda, vou enfrentar isso.

Passo pelo Lorenzo indo direto para a sala da mansão, me sento em uma das poltronas com a elegância que minha mãe me ensinou, costa reta, queixo erguido, pés cruzados debaixo da poltrona, eu sou a porra da Selena Park, passei por meio mundo de sofrimentos não vai ser agora que eu vou deixar a peteca cair da minha mão.

Lorenzo se senta do meu lado direito enquanto Nathan do meu lado esquerdo, Pietro fica em pé atrás de mim.

A porta se abre passando por ela os pais de Lorenzo junto com Nicole, logo atrás Allan com Isabella em um de seus braços e a outra mão segurando a de Natasha, Aeron e Louise são os próximos, eles estão conversando entre si e pelo o que parece ainda não perceberam a nossa presença.

- Papai! Tia Lena! - o grito de Nicole chama a atenção dos outros.

Eles param de supetão quando me veem, continuo com o meu queixo quando sou analisada por cada um deles olhando sempre em seus olhos sem desviar por nenhum segundo si quer.

Nicole se joga em cima de mim em um abraço tão apertando que em breves segundo me desequilibra.

- Eu tava com saudades de você - ela enche meu rosto beijos. - E meu irmãozinho? Cadê ele?

Pego sua mãozinha levando de encontro a minha bariga.

- Ele está aqui florzinha - digo sorrindo.

- Ele tá aí? - ela pergunta surpresa - Como ele foi parar aí papai?

Arqueiro minha sobrancelha pra ele querendo ouvir sua resposta. Lorenzo fica com as bochechas vermelhas, claramente constrangido.

- Éeee ... hummm - coça o queixo sem saber o que falar.

- Querida, a vovó já explicou como os bebês vão parar na barriga das mulheres - Verônica chama nossa atenção quando ela fala.

Volto minha atenção para os recém chegados que continuam me olhando fixamente, desviou meu olhar dos irmãos para olha para Natasha seu rosto está molhado de lágrimas.

Um lágrimas escorre pelo o meu rosto enquanto ficamos uma olhando para a outra incertas de quem da o primeiro passo.

Salto da poltrona no momento em que ela larga a mão de Allan para correr em minha direção, nos encontramos no meio do caminho em um abraço apertado cheio de significados, aperto meus olhos com força tentando de todas as formas possível evitar as lágrimas, o corpo de Natasha sacode em soluços enquantos suas lágrimas molham minha blusa.

- Eu pensei que ia perder você - ela diz entre soluços.

- Shiii... você não vai me perder - digo com a voz embargada.

- Minha irmã - ela me aperta mas junto de si.

- Sim, sou sua irmã - me afasto pra olhar em seus olhos - E como sua irmã mais velha eu exijo que você para de chorar.

Ela arregala os olhos molhados. Abro um sorriso divertido.

- Estamos juntas de novo - digo tentando tranquiliza lá.

- Não sei até quando - diz uma voz, que até então não se pronunciou.

Meu corpo trava de medo, porém, camuflu olhando impassível pra ele.

Lorenzo : Série Permita-se Onde histórias criam vida. Descubra agora