Capítulo 32

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Selena Park

Assim que eles partem, vamos nos juntar com as crianças, é angustiante ficar parada aqui sem fazer nada para ajudar eles, mais sei que eles são inteligentes e nada vai sair do controle.

Eu espero está certa, realmente espero que nada ruim possa acontecer.

Me sento no chão para brincar com as meninas, minha barriga não é tão grande então não causa muitos problemas, só é um pouco desconfortável, elas ficam felizes tendo a nossa atenção, Verônica também participa, Natasha como está com uma barriga do tamanho de uma melancia senta no sofá, nós três estamos apreensivas, cada de um jeito mas sei que a mesma expressão que vejo no rosto das duas eu sei que está no meu também.

Passo algumas horas brincado com elas, quanto mais a hora passa mais anjustiada fico, de repente ouco barulho de tiros e logo em seguida uma explosão.

Me coloco de pé rapidamente, atenta.

- Levantem - digo olhando ao redor - Estao invadindo a casa.

Logo barulho de tiros é ouvido novamente. Nicole e Isabella gritam assustadas, assim como Nat e Verônica.

- Vamos - grito pegando a mão da minha filha. - Temos que sair daqui, e tem que ser rápido.

Nat corre para pega a filha com dificuldade, e do nada aparece cromos, latindo loucamente.

Não faço ideia de onde ele pareceu e nem me lembro de ter visto ele.

- Vamos Verônica- grito agarrando os braços na mulher.

Corro com elas na direção contraria de onde vem os tiros, o cachorro corre na minha frente, de repente ele freia e recua alguns passos, quando menos espero ele rosna e pula encima de uma homem armado, o sujeito é pego desprevenido, deixa a arma cair para se defender do ataque, na distração dele, pego a arma e aponto na direção da cabeça dele.

- Cromos, se afaste - digo com voz de comando e o cachorro obedece.

- Mamãe - Nicole chora agarrando minha pernas.

- Vai ficar tudo bem querida - digo ainda atenta ao homem - Levante, entre nesse quarto - o homem obedece, assim que ele entra tranco a porta, eu queria meter uma bala no meio da testa dele, mais minha filha e sobrinha estão aqui.

Volto a arrastar elas para o fundo da casa, cromos como sempre vigilante e eu como uma arma na mão, no meio do caminho dois dos seguranças se junta conosco, eles fazem a proteção das crianças.

- Tem alguma rua atrás da casa? - pergunto assim que saímos da casa sem contra tempo.

- Tem senhora, é um condomínio residencial - um deles responde.

- Tem alguma porta de que para sair? - pergunto novamente.

- Tem, é uma das rotas de fuga, um pouco mais a frente tem um carro blindado que sempre deixamos preparado para qualquer eventualidade - quando ele responde suspiro de alívio.

- Ótimo - respondo - Nos leve até lá.

Ele acente, vejo ele caminha na direção do muro e mexe nas pedras, logo uma porta se abre nos dando a visão da rua, corremos rapidamente da direção da nossa fuga, de repente ouço um grito, quando olho para trás o segurança que estava com as meninas está morto, grito para elas correm para mim, Natasha e Verônica parecem estarem em estado de choque, estão agindo por instinto, mando elas correm mais rápido na direção do carro, preciso proteger elas.

Fico por última já que sou eu que estou com a arma, quando volta a olha para elas já estão entrando no carro.

- Sentiu saudades amor - a voz que ouço me arrepia completamente.

Me viro lentamente para dar de cara com Paul e seu sorriso de maníaco

Olho por cima dos ombros, minha filha e irmã está gritando por mim, porém, olho para o segurança e faço um gesto para ele tirar elas daqui, ele me obedece, arranca com o carro tirando elas da minha vista.

- Você não sabe o quanto - respondo Paul debochada.

Ela agarra meu cabelo com força, prendo o gemido de dor, não vou dar esse gostinho a ele.

- Vejo que está grávida - passa a mão na minha barriga - Lembro da tua mãe, ela estava desse jeito quando a matei, imagina o prazer que senti ao abri ela e vê um bebê dentro dela.

Fico impassível, ele vai pagar por isso, nem que eu tenha que volta do inferno só para mata-ló.

- Vamos querida, vamos brincar - diz me arrastando pelos cabelos de volta para minha casa.

E nessa hora lembro que, tanto Karen quanto Nathan estão na casa.

Lorenzo Sullivan

Tudo ocorreu com o planejado, as garotas estavam muito machucadas, Aeron, por incrível que pareça foi realmente sério, não tirou brincadeiras e ficou furioso quando viu uma moça sendo estrupada, socou tanto a cara do sujeito que ficou desfigurada, quando se controlou, tirou sua blusa e vestiu na garota, depois a consolou quando a menina chorou agarrada a ele, depois disso ele não a largou nem por um momento se quer, não que eu vá julga- ló, é realmente horrível o estado em que elas estão, a maioria delas são crianças, sujas, feridas, espancadas, estrupadas, se esses caras já não tivesse mortos eu os mataria lentamente, sem do e nem piedade, agora, estamos olhando as chamas consumir aquele lugar, o lugar onde minha mulher foi jogada pelo infeliz do Paul, a sorte dele é que ele não estava presente, e sabe o que mais me enoja? É saber que autoridades que deveriam proteger a população faz parte dessa merda toda, hoje matei políticos "bons" na visão da sociedade mal sabem eles que são imundos, porcos, sem nenhuma dignidade ou piedade.

- O que tanto pensa, filho? - ouço a voz do meu pai.

Quando o olho vejo um pequena linha de sangue escorrendo pelo canto da sua boca.

- O senhor está machucado - digo apontando para a boca dele.

- Nada que já não tenha acontecido antes - ele da de ombro - Pelo que vejo você não tem nenhum arranhão.

- Sou bom no que faço - sorrio faceiro.

Telefone de Pietro toca, não presto atenção no teor da conversa só quero chegar em casa logo.

- Senhor - Ele me chama, quando olho vejo o pavor estampado nos seus olhos.

- O que houve? - pergunto entrando em alerta.

- A casa foi invadida - e quando ele diz é como se meu mundo tivesse acabado, meus filhos e minha mulher então em perigo, fecho o punho com força, jurando que se alguma coisa acontecer com eles esse maldito vai conhecer o que é o verdadeiro inferno na terra.

Lorenzo : Série Permita-se Onde histórias criam vida. Descubra agora