Capítulo 23

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Verônica Sullivan

Querem me julgar? Julguem, na verdade não me importo.

Se já pensei em matar? Não, sempre detestei pensar em fazer isso, mas isso mudou no momento que soube que uma pessoa que sempre considerei amiga mandou matar o meu filho da pior forma possível.

Tudo que resta dentro de mim é um sentimento de vingança que lateja todas as vezes que vejo o meu Allan, meu Alex era para está tão bonito quanto o seu gêmeo, ele era tão bom, tão sonhador, era tão feliz, tinha um futuro melhor do quer qualquer um de nós poderia ter, meu filho nasceu para fazer a diferença na nossa família, ele era o lado bom de tudo que nós somos, ele era o equilíbrio entre a bondade e a maldade.

E agora olhando pra essa mulher que chora desesperada pela vida do amante tudo que eu sinto é que ela precisa sofrer muito mais, ela precisa sentir tudo o que eu senti quando me entregaram a casca do meu menino, olho para onde meu Lorenzo está, vejo quando ele perfura com uma faca em cima do coração do homem, Angelina grita desesperada, e eu me lembro que eu gritei como ela, lembro que foi como se tivesse arrancado uma parte de mim, e na verdade foi, uma parte de mim foi levada sem ter culpa nenhuma.

- Soltem ela - digo olhando de maneira impassível para Allan e Aeron - Tragam o corpo dele aqui.

Lorenzo franze o cenho olhando para o corpo, ele olha pra Pietro que rapidamente se aproxima do meu filho, Lorenzo pega o corpo pelos braços enquanto Pietro pega pelas pernas, eles trazem e deixam na frente da cadeira onde Angelina está mesmo com dificuldade por conta dos machucados dos pregos ela levanta da cadeira e se ajoelha agarrando o corpo do amante.

Olho a cena sem sentir nada, porque ela merece tudo que está sentindo.

- Dói né? - digo olhando ela chorar - É como se metade do que você é morresse, hum, é tão angustiante vê e não poder fazer nada.

Balanço a cabeça negando.

- Meninos - chamo a atenção dos meus filhos - Queimem o corpo, sem restos nem mesmo as cinzas.

Angelina grita agarrando o corpo quando meus meninos tentam tirar dela.

A puxo pelos cabelos quando vejo que ela arranhou meu Allan e está sangrando.

- Não toque no meu filho - rosno dando um soco no nariz plastificado dela.

Ela grita levando as mãos ao nariz quebrado, logo vejo sangue pingado do lugar onde bati.

- Puxa - digo cínica - É isso que dá viver mexendo no nariz, fica tão frágil que qualquer coisa sangra.

- Eu te odeio - ela grita - Era pra mim ter mandado matar o outro também.

Sorrio.

- Poxa - digo - Era, mais não fez, pena que você é falha demais. Não vou cometer o mesmo erro que você.

Me levanto e caminho na direção onde ficam os materias de torturas, cada passo que dou meu salto faz barulho no local não a nada a não ser silêncio, esse é o meu momento.

Pego o descascador, que eu sei que era da minha cozinha, e volto para onde Angelina está.

- Aeron, coloque ela sentada na nossa cadeira confortável - digo irônica.

Ela se debate um pouco, mais Aeron a pega pelos braços e a joga na cadeira.

- Desgraçado - ela grita quando sua costa furam.

- Opa - repreendo ela - Nada de por meus filhos na sua maldita boca, nem mesmo para xinga -los.

Fico atrás dela e puxo uma alavanca, a cabeça da desgraçada cai no buraco que se forma na cadeira.

Lorenzo : Série Permita-se Onde histórias criam vida. Descubra agora