Lorenzo : Série Permita-se

Capítulo 13

Lorenzo Sullivan

Ouvi o choro dela parte a porra do meu coração, tão sozinha, agora entendo o porque dela ser tão resistente a cuidados, viveu tanto tempo por si mesma, tem tanto dor e medo de perder quem ela ama que escolheu viver sem carinho, amor, cuidados, tudo para não ver mais um morrer em sua frente.

Lamentável, ela ter vivido assim por tanto tempo.

Seco seu corpo com delicadeza, essa mulher precisa de tudo de bom que venha de mim, ela merece tudo de bom que qualquer pessoa que à rodeia possa dá, não vou permitir que mais alguém a machuque mais do que já está machucada, ela não merece mais passar por isso.

Depois que agasalho ela com uma blusa minha e à ponho na cama, vou procurar um roupa pra mim, preciso extravasar toda a tensão que está o meu corpo. Coloco uma calça moletom preta, logo em seguida caço meu chinelo, depois que acho saio do quarto fechando a porta de vagar para não acorda Lena.

Entro na academia acendendo todas as luzis, aqueço meu corpo com alongamentos para logo corre para a esteira, começo lento para em seguida aumentar a velocidade conforme o tempo vai passado, mas a porra do meu chinelo está me atrapalhando, maldita hora em que não coloquei um tênis, jogo o chinelo dos meus pés assim que diminuiu a velocidade, volto a correr até que suor escorra pelo meu corpo, caminho em passos largos da direção do saco de box, encaixo as luvas com rapidez e começo a socar e descontar toda a minha tensão em cada soco que dou, o saco balança com os meus socos, meus braços doem esgotados, mas não me rendo, eu preciso disso, preciso descontar essa porra que está no meu corpo em algum lugar, preciso socar todo o ódio que sinto do maldito Paul em alguma coisa, quanto mais bato no saco mais raiva sinto, essa porra não está ajudando, esse homem vai ser malditamente infeliz quando eu colocar minhas mãos nele.

Malditamente infeliz.

- Vai tirar sangue de suas mãos - comenta Aeron.

- Foda - se - digo sem lhe da atenção.

- Que tal um mano a mano? - paro de bater no saco para olhar pra ele interessado.

- Você vai aguentar? - arqueio um sobrancelha pra ele.

Aeron me olha irritado.

- Vá se foder então - vira me dando as costas.

- Já fiz isso - respondo divertido.

Gargalho quando ele faz cara de nojo.

- Vai querer ou não, porra? - indaga ele.

- Se a mamãe ouvir você com essa boca suja é bem capaz de tirar suas orelhas fora - aviso o óbvio.

- Pelo menos não vai ser só eu que vou ficar sem elas - dá de ombro - Todos nós vamos ficar sem elas.

Faço uma careta concordado com ele.

- Vamos lutar - chamo ele.

Aeron dá um sorriso cheio de dentes.

Caminhamos nos dois para o ringue, Aeron puxa a blusa dele fora do corpo ficando só de calça moletom, assim como eu.

Cada um fica em um fica em uma extremidade, ambos analisado um ao outro, eu sei a maneira que ele usa suas técnicas assim ele sabe as minhas, essa porra vai custar.

Caminho para o centro assim com meu irmão, o primeiro golpe vem de Aeron, ele envia um soco na altura do meu maxilar, desvio com rapidez antes que ele me acerte, contra-ataco lhe dando uma rasteira, porém, ele pula antes que eu o derrube, durante o meu ataque deixo a guarda baixa o que resultou em um chute no meio do meu peito, cambaleio para trás abrindo um sorriso debochado.