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Kalil não está no quarto e sorrio animada quando vejo a camisa que ele usava mais cedo em cima da cama. Retiro meu vestido ficando só com minha calcinha estilo box e coloco sua camisa preta que fica no meio de minhas coxas. A porta é aberta quando termino de dobrar meu vestido e jogar em uma poltrona.
Quase caio pra trás, ele está só de calça moletom cinza, na minha imaginação seus músculos não era tão definidos e sua calça pende no quadril mostrando a linha que desaparece na calça mas é o suficiente para minha mente pervertida imagine coisas. Ele levanta as sobrancelhas ao notar a camisa mas não diz nada sobre isso e nem sobre meu olhar por seu corpo, em sua mão está um copo de água e ele me entrega.
– Você vai mesmo dormir aqui? - pergunto indo até sua mesa de estudos.
– É o meu quarto - ele responde simplesmente e se joga na cama.
Olho seus livros e fico curiosa.
– O que você está cursando?
– Cardiologia - ele coloca um braço atrás da cabeça. – Tenho planos para assumir o hospital da minha família.
Assinto com a cabeça. Pais ricos sempre querendo manter o nome através dos filhos. Termino a água e deixo o copo próximo ao notebook e me deito na cama que pelo tamanho dar para os dois dormirem confortáveis sem se encostar. Mas não é isso que eu quero. Apago o abajur e encaro o teto esperando meus olhos se acostumarem com o escuro.
– E você? - ele pergunta me deixando confusa. – O que você estuda?
– Direito.
– Seu pai é juiz?
– Não - sorrio no escuro. É óbvio que ele acharia que eu estou seguindo os passos do meu pai. – Ninguém na minha família é. Ele é um empresário.
Ele se mexe e fica de frente pra mim.
– Por que não quer seguir essa mesma linha?
Você quer informações demais, Daniels. Não estou disposta de abrir minha vida tão rápido assim, não estou mais tão bêbada para ser a sincera.
– Não quero pensar nisso quando estou tão tonta - fecho os olhos. – Fica para próxima.
– Eu vou cobrar - sinto o tom brincalhão em sua voz.
Alguns minutos se passam até que uma ideia boba surge em minha cabeça. Pode ser um grande passo se der certo. Respiro fundo algumas vezes e por um momento penso que ele está dormindo.
– Kalil? - chamo baixinho.
– Hum? - sua voz está meio sonolenta.
– Acho que o ar está alto demais. Sou muito frienta, daqui a pouco fico com o nariz entupido - não é uma mentira.
– Não vou procurar o controle agora - ele resmunga e eu reviro os olhos.
– Então pegue pelo menos um cobertor - insisto.
Ele suspira e levanta se esticando até o baú no pé da cama e volta com um edredom e o joga pra mim. Que lerdo. Me cubro e ele volta a se deitar como se tivesse acostumado com o frio apesar de morar na Califórnia.
– Você pode me abraçar? - faço o pedido arriscado. Muito arriscado.
Seu silêncio é o suficiente para eu saber que ele já está dormindo. Me viro de costas pra ele e então sinto quando ele levanta o edredom e encosta seu corpo no meu. Sua mão passa por minha cintura e eu sinto um arrepio que não é de frio.
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Uma Boa Mentira
RomanceMedo de sofrer e querer amar novamente. Dois sentimentos em conflito, qual sobreviverá? Agnes Fanning tem uma obsessão por jogos de sedução e adora conquistar os garotos. Depois de se mudar para San Francisco seus jogos ficam difíceis e confusos, já...