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- Você disse que voltava logo e sumiu - Marjorie sorri feliz pela interrupção.
- Agora não, Marjorie - Kalil tira suas mãos da minha cintura.
- Depois então - ela acena pra mim mas depois se volta para Kalil mais uma vez. - Vou voltar a esquentar seus lençóis então.
Ela dar meia volta e sai rebolando. Kalil me olha esperando que eu surte, mas eu estou respirando fundo, pensando em unicórnios saindo do rabo dele.
- Não é o que você está pensando.
- Você não me deve satisfação - engulo em seco e destravo o carro.
- Agnes, por favor...
- Relaxa Kalil - entro no carro e fecho a porta, quando percebo que ele não se moveu eu abro a janela e dou meu melhor sorriso de "não estou incomodada." - Vai lá, eu sei como seus lençóis podem ser gelados.
Ele fica boquiaberto e eu arranco com o carro antes que ele possa dizer qualquer coisa. Ligo para Álvaro e coloco no viva voz.
- Agnes? - sua voz está enrolada e sei que ele deve está bebendo.
- Onde você está? - pergunto segurando as lágrimas.
- Estou na casa do Marcus - ele faz uma pausa. - Você está bem?
- Apenas me manda o endereço.
- Você não ia pra uma festa? - ele pergunta preocupado.
- Só faz o que eu pedi.
Desligo e alguns segundos depois recebo uma mensagem com o endereço e coloco no GPS. Ligo o rádio e coloco bem alto para que a música me distraia e eu não me lembre do beijo ou de que provavelmente ele passou a noite toda beijando a vadia da Marjorie. Mas as músicas que tocam apenas me faz lembrar ainda mais de tudo e não consigo segurar mais as lágrimas. Álvaro está me esperando na grade que da acesso ao condomínio do seu amigo. Mal estaciono e saio correndo do carro pra abraçar meu amigo.
Não consigo segurar e então começo a chorar como a muito tempo eu não tinha feito, de repente eu tinha 15 anos de novo chorando nos braços do meu melhor amigo que sempre dizia que não daria seu ombro pra eu chorar quando meu coração fosse partido mas foi o primeiro a me consolar quando aconteceu. Ensopo sua camisa e ele apenas me balança de um lado para outro.
- Ei, linda - ele sussurra depois de alguns minutos. - Vai ficar tudo bem.
Fungo tentando me controlar, mas pra que me segurar na frente de uma pessoa que me conhece tão bem? Ele segura meu rosto e limpa minhas lágrimas.
- Essa é a primeira vez que eu vejo um diabo chorando - ele ri me fazendo sorri chorosa. - Um sorriso!
Meu choro se transforma em um riso estranho e ele fecha meu carro, colocando seus braços em meus ombros ele me leva para o prédio do seu amigo. O apartamento é pequeno e tem umas dez pessoas fumando e bebendo com um som baixo. Ele me coloca sentada no sofá depois de expulsar um garoto e some.
- Você é stripper? - um cara de olhos vermelhos por causa da maconha me pergunta.
- Estava em uma festa a fantasia - respondo e não me surpreendo quando outros caras ficam tristes com a notícia.
- Pessoal, esta é minha melhor amiga e não quero ninguém dando em cima dela.
Ele ameaça sorrindo do jeito que só ele consegue fazer e me entrega uma cerveja sentando no chão e tira um baralho do bolso. Tomo um gole da cerveja e encaro meus saltos. Passo meus dedos pelos cabelos loiros e macios de Álvaro que estão soltos e tem o comprimento abaixo dos ombros. Ele bate com o tênis preto na mesa no ritmo da música.
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Uma Boa Mentira
RomanceMedo de sofrer e querer amar novamente. Dois sentimentos em conflito, qual sobreviverá? Agnes Fanning tem uma obsessão por jogos de sedução e adora conquistar os garotos. Depois de se mudar para San Francisco seus jogos ficam difíceis e confusos, já...