Capítulo 35

437 24 0
                                    

(Narradora on: Após a conversa inocente que os primos tiveram na cozinha,
Philippe pegou uma garrafa de refrigerante na geladeira, enquanto Ainê preparava a bandeja com panquecas.
Ao adentrarem a sala,
ambos colocaram os recipiente na mesa de centro,
e em seguida se acomodaram no sofá.
Philippe pegou a caixinha de DVD's e pediu a Ainê que escolhesse um filme para eles assistirem.
A garota o fitou desconfiada.
Tudo estava calmo demais... Estranho demais... E esta mudança repentina, não fazia sentido para Ainê.)

Ainê: O que você pretende?
Philippe: Como assim? — franzi o cenho enquanto dava o play.
Ainê: Por que está sendo legal, gentil... Educado e prestativo comigo? — questionei incisiva
Qual é o plano afinal? — perguntei incisiva,
encarando-o com atenção. Philippe
ergueu as sobrancelhas, fitando ligeiramente a minha boca, como se estivesse surpreso com o que havia saído dali. —
Não me subestime, Philippe... já disse que não sou tão ingênua quanto pareço... —
levei um susto quando ele me agarrou sem aviso, prensando-me
contra a superfície do sofá, segurando meus pulsos com uma só mão e trazendo a outra para o meu rosto,
forçando-me a olhar para ele.
Philippe: Por que está sempre na defensiva, hun?
É assim que me agradece por tê-la "salvado" do touro?
Por te carregar em meus braços e cuidar do seu machucado? — ri sem humor. —
Confesso que estou desapontado ... Já que
esperava um “obrigado” ou qualquer outro tipo de agradecimento que você
quisesse me dar com a sua boca.
Ainê: QUAL É O SEU PROBLEMA?
— falei, entre os dentes,
sentindo as minhas bochechas esquentarem de raiva.
Philippe: Meu problema?
Foi você que foi embora... Não eu.
Foi você que jogou no lixo 13 anos de amizade e aquela porra de promessa que a gente fez.
Que me deixou na merda... sem saber o que eu fiz de errado, sem saber o que realmente aconteceu.
Que deixou minha cabeça fodida, cheia de dúvidas e interrogações...
Então quer MESMO saber qual é a porra do meu problema? — Sua boca entreaberta estava a centímetros da minha e
nossos lábios chegaram a roçar antes que eu me afastasse para dizer:

— O meu problema, Ainê...
É que apesar de tudo o que VOCÊ fez,
eu senti e ainda sinto sua falta. Eu ainda me importo com você, eu ainda insisto em proteger você. Eu ainda quero fazer parte da sua vida.

Together Through LifeOnde histórias criam vida. Descubra agora