15

94.2K 5.2K 2.1K
                                    

2 semanas depois

Marina🌙

Dei uma mordida no meu pastel olhando pra parte de cima do morro e voltei a andar.

Léo: Sobe ai Mari.- parou a moto do meu lado.

Mari: Apareceu na hora certa.- subi na moto equilibrando meu pastel.

Leonardo tem sido um grande amigo, na moral.

Minha primeira impressão dele não foi uma das melhores mas com a convivência aprendi a gostar.

Uns dias atrás o Dg mandou o Neto pra uma missão, já pra ele ficar longe de mim.

Mas parece que ele volta amanhã.

Fiquei com peso na consciência por ter feito aquilo, mas já passou, até faria de novo.

Leonardo parou na frente de casa e eu desci dando mais uma mordida no meu pastel.

Mari: Obrigada.- sorri.

Léo: Vem cá, tu sabe se a Júlia tá em casa?

Mari: Ela me mandou mensagem avisando que hoje ia demorar um pouco.

Léo: Tu tem o endereço da lanchonete dela? Queria ir buscar ela.

Mari: Tenho.- abri minha bolsa pegando minha agenda.- aqui ó, conhece? - mostrei pra ele que assentiu.

Léo: Sei onde fica, valeu mermo.- ligou a moto e eu tirei a chave da minha bolsa indo em direção a porta.

Entrei em casa vendo a bagunça, e joguei minha bolsa no sofá.

Esses dias não tive tempo pra fazer absolutamente nada, mas como eu tô em casa amanhã e a Júlia também vou chamar ela pra fazer uma faxina.

Abri o armário pegando um pacote de macarrão e coloquei em cima da mesa.

Ultimamente só estamos comendo besteiras, então hoje eu resolvi fazer comida.

Depois de encher a panela com água eu liguei o fogo colocando a panela em cima.

Depois que a água ferveu eu coloquei o espaguete e abri o armário novamente pra pegar o molho de tomate.

Puxei o molho que tava bem no fundo e vi uma sacola cair no chão, me abaixei pegando a sacola e pude ver que era um remédio.

Deve ser da Júlia, coloquei a sacola em cima da geladeira e fechei o armário.

▪▪▪▪

Júlia: Hmmm, cheirinho de comida gostosa.- foi entrando.

Mari: Léo foi te buscar?

Júlia: Foi, e quem mandou tu falar pra ele onde eu trabalho?

Mari: Ele quis te buscar, não vi problema nisso.- coloquei a panela na mesa.- vem comer.

Ele entrou na cozinha indo lavar a mão e eu sentei colocando a comida no prato.

Júlia: Tô querendo arranjar um emprego aqui no morro, não dá pra ficar indo pro asfalto todo dia.

Mari: Tem um salão na rua do lado, tá precisando de manicure.

Júlia: Nem sei pintar unha.- sentou colocando a comida no prato dela.

Mari: Aprende ué.

Júlia: Vou virar traficante.

Mari: Você não dura um dia.

Júlia: Eu vou procurar alguma coisa por aqui assim que eu encontrar eu saio da lanchonete.

Mari: Achei um remédio seu dentro do armário.

Júlia: Que remédio? - arregalou os olhos levantando.

Mari: Eu não olhei o nome, só pela sacola vi que é remédio.

Júlia: Ai meu Deus.- olhei sem entender.- cadê o remédio?

Mari: Tá em cima da geladeira.- falei comendo.

Ela passou a mão em cima da geladeira e pegou a sacola.

Júlia: Eu não acredito que eu fiz isso, Marina eu tô fudida.- abriu a sacola.- merda, o que eu fiz da minha vida.- começou a chorar.

Mari: Que foi maluca? - levantei e peguei a caixa da mão dela lendo o nome.- a não Júlia, me diz que você não esqueceu de tomar esse remédio.

Júlia: Tá lacrado Marina, puta merda. Como eu pudi esquecer de tomar esse remédio. - continuou chorando sem parar.

Mari: Foi com o Léo?

Júlia: Foi.- colocou mão entre os cabelos.- eu não posso ter um filho, isso vai acabar com a minha vida.- sentou abaixando a cabeça.

Além do TráficoOnde histórias criam vida. Descubra agora