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Marina🌙

Entrei em casa e tirei meu tênis deixando ele do lado da porta.

Sorri comigo mesma, tendo certeza de que eu estou gerando uma criança.

Tirei o papel do exame de sangue da bolsa e sorri lendo o "positivo"

Eu já sabia, mas com o teste de sangue que é muito mais confiável eu tô mais feliz ainda.

Confesso que não estava nos meus planos, pelo menos não agora.

Douglas chegou a me pedir algumas vezes, mas eu neguei.

Eu queria mesmo era focar no meu trabalho.

O destino que eu pensei que iria seguir para o que realmente tá acontecendo agora é bem diferente.

Sempre sonhei muito alto, pensava em me formar em enfermagem, fazer um intercâmbio. E viajar pelo mundo todo.

Mas foi bem diferente, eu não planejava me apaixonar.

Muito menos por um traficante, mas acontece né? A gente não manda no coração.

Ontem o Dg passou a tarde e a noite toda falando dessa criança.

Vai ser igual o Léo, o Caio pisca ele já tá tirando foto.

Não conquistei tudo que eu queria mas já posso me sentir realizada, só por estar do lado de quem eu amo.

Entrei no banheiro tirando minha roupa e abrir o registro entrando em baixo do chuveiro.

▪▪▪

Dg: Eu acho que vai ser menino.

Mari: Queria uma menina.

Dg: Já escolheu o nome? - me olhou.

Mari: Eu nem sei o sexo do bebê ainda Douglas.

Dg: Mas já pode ir pensando né? - assenti.- menino eu gosto de Thierry.

Mari: Nem vem Douglas, se for menino não vai ser esse nome.

Dg: Pq não enjoada? É mó lindo esse nome.

Mari: Só você acha lindo, ninguém mais.

Dg: Mas eu tenho opinião, eu sou o doador do esperma.- gargalhei.

Mari: Thierry não, é sério.

Dg: Decide ai então, chata.

Mari: Lucas, Murilo, Davi, Matheus, Thiago, Gabriel.

Dg: Murilo é chave, Matheus também. E se for menina?

Mari: Isabelly, Sthefany, Ana, Nicolly, Manuella.

Dg: Isabelly gostei, se for menina pode ser esse né?

Mari: Pode.

Nem é apressado.

Dg: Eu sou mó privilegiado né?

Mari: Pq?

Dg: Pq eu tenho uma mulher assim como você.- sorri.- as vezes eu acho que tu é boa demais pra mim.

Mari: As vezes eu acho que eu nunca vou conseguir retribuir tudo que você faz por mim.- deitei a cabeça no peito dele.

Dg: Tu não tem que retribuir nada pô, eu faço pq eu te amo. Por você eu faço de tudo.

Mari: Em nenhum momento eu me arrependi de ter largado a minha viagem pra ficar aqui contigo, talvez foi a minha melhor escolha.

Dg: A minha melhor escolha foi você.- sorri passando minha mão na barriga dele.- e agora nós tá montando uma família pô, oito meses de namoro.

Mari: Você lembra?

Dg: É claro, nem sei o que seria de mim se eu não tivesse ido atrás de você.

Mari: Você teria perdido essa beldade aqui.- ele sorriu.

Dg: Independente do que aconteça, tu vai ser sempre a minha muié decorô? - assenti.- de agora pra frente vai ser nós três.- colocou a mão na minha barriga e eu levantei minha cabeça beijando ele.

Mari: Eu vou no mercado.- levantei.- vou fazer a sua comida preferida hoje, só pq tá merecendo.

Dg: Quando eu falo que eu tenho a melhor mulher do mundo.- abriu a  carteira tirando duas notas de cem.

Mari: Não precisa, eu tenho dinheiro aqui.

Dg: Leva ai pô.- colocou na minha mão e eu assenti calçando minha sandália.

Sai de casa deixando ele assistindo e fui andando bem devagar como sempre, chegando perto do mercado percebi uma movimentação estranha mas continuei andando.

Quando eu estava quase perto de entrar no mercado um carro preto parou do meu lado e um homem saiu de dentro.

Antes que eu pudesse correr ou falar alguma coisa ele colocou a mão no meu nariz e eu só vi tudo escurecer.

Além do TráficoOnde histórias criam vida. Descubra agora