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Bárbara👅

Eu estava subindo o morro calmamente sem estresse nenhum até ver a corna.

Como eu não estava afim de brigar continuei andando e ela se virou olhando pra mim.

Como uma pessoa da paz nem olhei pra trás até senti uma mão no meu cabelo.

A não.

Bárbara: Enfia essa mão no cu vagabunda! - me virei dando um empurrão nela.- não encosta em mim.

Débora: Isso ainda não acabou! Você sentou pro meu marido.

Bárbara: Se você sentasse gostoso ele não viria atrás de mim.- falei altão e geral já começou a olhar.

Débora: Você é mais safada que ele! Você tá mais errada, não é pq ele foi atrás que você deveria perder a sua postura e se colocar no lugar de amante.

Bárbara: Eu não vou ficar aqui perdendo meu tempo contigo não gata, eu sei da minha conduta. E quando eu digo que o seu maridinho não me contou que era casado eu não estou mentindo! Cabe a você acreditar em um cara que te traiu.

Débora: Vagabunda, é isso que você é. Uma vagabunda, eu tenho filho pra criar doente ainda, e você vem e acaba com a minha família desse jeito.

Bárbara: Sinto muito pelo seu filho, mas eu não tenho culpa se o seu marido perde a postura dele pegando várias enquanto a mulher tá em casa cuidando do filho, eu não acabei com a família de ninguém. Muito pelo contrário, eu te fiz um favor.

Débora: Um favor? Eu não tenho condições de cuidar do Pablo, você acabou com tudo sim!

Bárbara: Se quiser uma ajuda eu te ajudo, eu também já passei por necessidades. Você não necessita de homem nenhum pra nada, procura uma ajuda que você consegue superar todo isso.

Nessa hora ela já tinha abaixado a bola e ficou calada.

Eu sentiria nojo de mim se eu soubesse, mas eu não sabia.

Eu nunca tive vontade de acabar com a família de ninguém, até pq a minha foi destruída e isso é horrível.

Bárbara: Vem cá.- puxei ela pra um beco.- do que o seu filho precisa?

Débora: Eu não preciso de nada, eu vou dá meu jeito sozinha.

Bárbara: Eu fiquei durante muito tempo achando que eu não precisava de ninguém, mas chega uma hora que a gente precisa. E se você está precisando eu vou te ajudar.

Débora: Como você pode querer me ajudar, a gente brigou, eu te xinguei de várias coisas.

Bárbara: Uma coisa que eu aprendi é não ser egoísta.

Débora: Eu..eu nem sei como te agradecer Bárbara.- falou de cabeça baixa e logo depois me olhou.

Bárbara: Me leva na sua casa? - ela assentiu.- eu quero conhecer seu filho.

▪▪▪

Entrei na casa que não era pequena e nem muito grande, era médio.

Foi bem visível perceber a necessidade que ela tava passando.

O que mais me deixa brava é que o Dedé tem um filho doente, e ele não move um dedo pra ajudar nem que seja a criança.

Débora: Juliane? - entrou em um quarto.- vem.- me chamou e eu assenti entrando junto com ela.

Juliane: Oi.- sorriu e eu sorri de volta.

Olhei pra cama onde tinha um menino de aparentemente uns sete anos, e ao lado da cama também pude ver uma cadeira de rodas.

Isso foi de partir o coração.

Débora: Pablo já nasceu com essa deficiência, e desde então o meu ex marido ajudava em tudo. Fisioterapia e coisas do tipo.

Bárbara: Do que você precisa?

Débora: Remédios, comida e outras coisas eu consigo sozinha.

Bárbara: Eu vou trazer duas cestas básicas pra você, e também os remédios. Minha amiga conhece uma fisioterapeuta, eu vou falar com ela e a gente resolve isso.

Débora: Muito obrigada.- sorriu e eu vi as lágrimas escorrerem.- desculpa por tudo.- se aproximou e eu dei um abraço nela.


Além do TráficoOnde histórias criam vida. Descubra agora