Léo💤
Dg: A vida é tua, tu faz o que quiser! Nós só tá te dando o papo pq ninguém quer ver tu acabar com a sua família.
Léo: Eu tô ligado nisso pô, eu tô conseguindo me controlar! Ontem e hoje eu nem encostei nesses bagulho.
Dg: Sem pisar na bola na moral, se não eu vou ser obrigado a te afastar dos esquemas.
Léo: Valeu mermo pô, tu é pica.- fiz toque com ele.
Sem caô nenhum ontem e hoje não usei nada!
E pretendo continuar assim até saber me controlar, não quero afastar a mulher da minha vida e o meu filho de mim não.
Quando eu sai de casa pra pensar passou umas mil coisas na minha cabeça.
Foi ai que veio as lembranças do meu pai.
Fiquei na neurose com medo de ficar igual ele, de viver pro vício, de machucar quem eu amo.
Foi isso que me ajudou a parar.
Foi um bagulho muito rápido, na moral.
Antes eu usava, mas não era todo dia.
O tempo foi passando e quando eu prestei atenção eu tava usando pra caralho, maconha, pó, esses bagulho tudo.
Tava acabando comigo.
Chegar em casa e ver que o meu próprio filho tinha medo de mim me fazia lembrar mais ainda do meu pai.
Muitas vezes ele chegava em casa louco, e eu me escondia em baixo da mesa.
De começo quando o Caio começou a fazer isso eu achei que fosse coisa de criança.
Mas virou rotina, toda vez que eu chegava ele corria.
Foi ai que eu tirei força de vontade pra parar, nem que seja só por um tempo.
As horas que eu passava na rua usando droga, agora eu passo em casa brincando com o meu filho.
E isso não tem preço, papo reto.
Eu não tava com medo de perder só o Caio, mas também de perder a Júlia.
Ela é a minha base pô, depois de tantas idas e vindas nós merece ficar junto e ser feliz.
Eu não ia aguentar ver ela chorando pelas merda que eu fiz.
Eu prometi que eu não ia mais decepcionar ela, e depois lá estava eu fazendo tudo pior.
Foi os dois, a Júlia e o Caio que me fizeram mudar
E eu quero que assim continue, sempre um fazendo o outro ser melhor.
▪▪▪
Deitei na cama agarrando a Júlia e senti o Caio entrar no meio da gente.
Júlia: Vamo sair?
Léo: Pra onde? - falei brincando com o Caio.
Júlia: Marina e Dg estão na praça, vai ter churrasco naquele bar da frente daqui a pouco.
Léo: Vamo! - levantei pegando o Caio no colo.- se arruma ai rápido.- ela assentiu abrindo o guarda roupa e eu peguei o sapatinho do Caio.
Ele ficou toda hora querendo tirar, mas eu coloquei mesmo assim..
Enterrei meu boné na cabeça me olhando no espelho.
Júlia tava passando perfume no Caio e eu peguei minha carteira que tava em cima do criado mudo.
Olhei se tava tudo dentro e guardei no bolso.
Júlia: Vai com o papai.- colocou o Caio no chão e ele veio engatinhando.
Ele até fica em pé as vezes, mas sempre cai.
Ainda tá aprendendo a dar os primeiros passos.
Depois que a Júlia terminou de se arrumar a gente saiu de casa juntos e seguimos pra pracinha.
Alguns minutos depois chegamos na praça e geral tava lá.
Só o Dg, a Bárbara, o Gusta, e a Marina com os gêmeos que estavam sentados em lugar mais afastado.
Bárbara: Oi titia.- pegou o Caio no colo.
Júlia foi sentar do lado da Marina e eu também sentei pegando uma cerveja na caixa de isopor.
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Além do Tráfico
Ficção AdolescenteTodo crime é vulgar, assim como toda vulgaridade é criminosa.