Marina🌙
Vini: Ô patroa, na moralzinha mano nós tá cansado, tu já subiu e desceu esse morro todo.
Kaká: Nem tô sentindo mais minhas pernas, papo reto.
Mari: Calma meninos.- falei calmissíma.- eu vou recompensar vocês.
Vini: Se não compensasse também ia ser ser uma puta de uma sacanagem.- olhei pra ele.
Depois do acontecido todo lugar que eu saio, não sendo com o Douglas ele manda alguns meninos comigo.
Tô me sentindo aquelas famosas que sai na rua com dois seguranças, um de cada lado, só falta o café expresso.
Faltam apenas dois dias pro aniversário do Douglas, e eu estou na correria total.
Pra organizar as coisas, encomendar bolo e salgados, convidar os amigos deles etc.
Vai ser uma festa surpresa, espero que até lá ele não desconfie de nada.
E também espero que eu não deixe soltar nada, pq eu sou muito tapada!
Entrei na loja de salgados com os meninos atrás de mim e a moça levantou.
- Boa tarde..
Vini: Boa pá nós.
Mari: Boa tarde, eu quero encomendar trezentos salgados pra daqui dois dias.
- Tudo misturado?
Mari: Tudo menos quibe.- ela assentiu anotando em um papel.
Douglas odeia quibe, é tão bom saber do que seu parceiro gosta e não gosta.
- Algo mais?
Mari: E...dozentos docinhos, brigadeiro, beijinho essas coisas.- ela assentiu.- tudo pra sexta feira, eu mando alguém vim aqui buscar.
- Beleza, qual seu nome?
Mari: Marina.- sorri me virando e sai do estabelecimento com os meninos.- vocês também estão convidados tá?
Kaká: Jaé, nós vai tá marcando presença.- assenti pegando meu celular e vi que já era quase duas horas.
E eu ainda não comi nada, como eu sou irresponsável minha cria deve tá morrendo de fome.
Parei na barraca do hot dog com os meninos e pedi três dogão.
▪▪▪
Dg: Passou a tarde toda aonde?
Mari: Organizando a su...quer dizer, passei a tarde toda nas lojas de roupinhas de bebê.
Dg: E não comprou nada?
Mari: Não gostei de muita coisa.
Dg: Hm.- fechou os olhos.
Mari: Douglas? - ele me olhou.- conversa comigo.- ele continuou calado e fechou os olhos novamente.- Douglinhas?
Dg: Quié Marina? puta que pariu.- falou altão e eu já senti meus olhos encherem de lágrimas.
Mari: Nada! Esquece.- comecei a chorar quietinha.
Dg: Vai ficar chorando é?
Mari: Me deixa.
Dg: Fala o que é.- tocou no meu rosto e eu bati na mão dele.
Mari: Era só pra te dizer que eu te amo entendeu? Mas você é grosso, egoísta, não liga se suas palavras machucam ou não as pessoas. É grosso toda hora, e vive me deixando falando sozinha. Achei que pelo fato do sequestro você iria mudar, e eu tô vendo que não mudou nada, as pessoas tem que perder mesmo pra dá valor.
Dg: Marina eu tô cansadão pô, só quero deitar e dormir só isso. Tu não sabe a metade do que se passa naquela boca porra.
Mari: E você não sabe a metade do que se passa aqui dentro de mim.
Dg: É desculpa que tu quer? Desculpa então, eu te amo.
Mari: Pq você só fala isso quando a gente briga? É pra amenizar a situação né? Você fala da boca pra fora pra não ter que perder tempo se explicando, um simples "eu te amo" vai calar a minha boca.
Dg: Eu não preciso ficar falando todos os dias que eu te amo, a preocupação e as coisas que eu faço por você já provam tudo.
Mari: Ahan ok.- falei olhando minhas unhas.- já vi que carinho é uma coisa que você nunca vai me dá.
Dg: Cala a boquinha meu anjo.- me puxou pra mais perto do peito dele e eu fiquei quietinha só sentindo o cheiro dele.
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Além do Tráfico
Teen FictionTodo crime é vulgar, assim como toda vulgaridade é criminosa.