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Dg💣

Me joguei no sofá mó cansadão e ouvi barulho de gente na cozinha.

Coloquei a mão na minha arma e destravei andando devagar.

Mari: Vem cá tu sabe onde a Júlia tá? Aquela piranha sumiu e me deixou aqui sozinha.

Dg: O que tu tá fazendo na minha casa até agora?

Mari: Eu tô esperando a Júlia, eu tava lá na área da piscina, mas eu cansei de ficar lá e resolvi vim comer.

Dg: Quem autorizou tu ficar olhando e comendo as minhas coisas?

Mari: Eu também não autorizei você a olhar a minha bunda e você não tirava o olho dela.

Dg: Tu é muito folgada na moral.

Mari: Eu só não voltei pra casa pq eu não sei o caminho, me mudei pra cá hoje lembra?

Dg: Lembro sim.

Mari: Mas ai, tu sabe onde a Júlia tá?

Dg: Onde ela tá eu não sei, mas eu sei muito bem o que ela tá fazendo.

Mari: Me poupe dos detalhes, tem como você me levar pra casa?

Dg: Fica ai pô, quem sabe ela não volta pra cá?

Mari: Acho meio difícil, já tá bem tarde.

Dg: Então vamo.- chamei e ela veio com o meu pacote de doritos na mão.- faz o favor de deixar meu Doritos ai?

Mari: Vai regular mesmo? Tem mais dois pacotes ali.

Dg: Enfia no cu.- ela deu risada e continuou comendo.

Mari: Ué, a gente não vai de moto? - falou na hora que eu abri o portão e já fui saindo.

Dg: Não, vamo andando, assim a gente se conhece melhor.

Ela bufou e saiu de dentro da garagem.

Tranquei o portão e a gente começou a entrar em alguns becos.

Mari: Você mora aqui a quanto tempo?

Dg: Desde que eu nasci, isso tudo aqui era do meu pai. Quando ele morreu virei dono.

Mari: E a sua mãe?

Dg: Os dois morreram juntos, na minha frente.

Mari: E como você sobreviveu?

Dg: Peguei a arma que tinha na minha casa e dei um tiro na cabeça do cara que matou meus pais.- ela me olhou incrédula.

Mari: Você tinha quantos anos?

Dg: Onze.

Mari: Mentira.- encarei ela.- caraca como você ficou? Meu sonho é matar alguém sabia.

Dg: Sai dessa maluca.- dei risada.- eu fiquei mal pra caralho né Marina, eu tinha onze anos.

Mari: Depois disso você virou dono?

Dg: Não, só quando eu completei dezoito anos. Antes disso o dono era o meu tio, irmão da minha mãe, que hoje em dia é dono da nova Holanda.

Mari: Cê já passou por tanta coisa né? - concordei.- a casa é aquela.

Dg: É, tô ligado.- olhei a hora no meu celular.- me fala sobre você agora.

Mari: Minha mãe vive viajando a trabalho, desde os meus sete anos. Eu sempre viajava com ela, mas quando fiz dezoito anos eu comecei a morar com a minha amiga Júlia, e meu pai eu não sei quem é.

Dg: Ah.- parei na frente da casa dela.- tá entregue.

Mari: Obrigada.- sorriu.- tchau.

Dg: Tchau.- fiquei olhando e ela entrou em casa.

No caminho da minha casa encontrei o Neto que já veio me fazer um monte de perguntas sobre a Marina.

Neto: Ela gosta de cara alto ou baixo? Eu sou médio.- dei risada.

Dg: Eu não sei carai, chega nela e pergunta.

Neto: Vocês passaram aqui batendo mó papo.

Dg: Eu não perguntei sobre isso.

Neto: Tu tem pelo menos o número dela?

Dg: Ih tenho não, mas a amiga dela tem, pede pra ela.

Neto: Mas eu nem conheço a amiga dela pô.

Dg: Então vai nela e pede porra.

Neto: Jaé.- entrou na casa dele e eu continuei meu caminho sozinho.

Samara: Oi Dg, tá ocupado agora? - perguntou quando eu passei na frente da casa dela.

Dg: Tô não.

Samara: Tô sozinha em casa, vem cá.

Entrei e ela já foi tirando a roupa.

Além do TráficoOnde histórias criam vida. Descubra agora