Narrado por Felipe
A pele muito branca, com pequenas sardas douradas, se arrepiou quando deslizei os dedos pelo ombro delicado.
Encaixei a cabeça em seu pescoço para aspirar o perfume floral enquanto ela se aconchegava ao meu corpo.
Minhas mãos circularam a cintura fina e nua. Virei-a para mim, fitei-lhe os olhos azuis e acompanhei o desenho rosado dos lábios com a ponta dos dedos.
− Eu só penso em te beijar - sussurrei mirando os lábios cheios.
− Então me beija! - ronronou com a voz manhosa e os olhos semicerrados.
Avancei sobre ela e capturei seus lábios com os meus. Beijei-a lentamente, enquanto minhas mãos traçavam desenhos imaginários em suas costas.
Afastando-se um pouco, senti que ela me empurrava em direção a cama e me deixei cair ali.
Arqueei o corpo quando ela montou em meu quadril. Voltei a lhe beijar, agora de modo apressado e delirante.
Levei as mãos ao fecho do sutiã e o abri com delicadeza. Quando baixava as alças e lhe beijava o ombro, ouvi a palavra mágica...
− Corta! - o diretor gritou, conferindo no monitor a gravação - Perfeito. Não precisaremos repetir. Vamos para a próxima cena. Felipe e Verônica, estão dispensados. Vocês foram ótimos hoje. Descansem para amanhã.
Deixei-me cair novamente na cama, exausto. O dia todo foi de gravação. Acordei as quatro horas da manhã para estar no set de filmagem as cinco, maquiado e com o figurino adequado.
Desviei os olhos quando Verônica arrumou o sutiã cobrindo os seios. Ela se levantou e eu só queria continuar largado ali.
− Ei, levanta daí preguiçoso. Você prometeu jantar em casa hoje, a Larissa me mata se você não for dar um beijo nela... Além do mais a Érica esta fazendo uma massa deliciosa - Verônica falava enquanto vestia o roupão.
− Opa!!! Como resistir ao convite de jantar com três lindas garotas? Posso levar o vinho?
− Com certeza e sobremesa!
− Ei! Isso é exploração masculina - refutei também me vestindo
− Ohhh, coitadinho! Nem vem! Queremos pudim de brigadeiro de sobremesa! Se vira!
− Ok, mas saiba que vou levar só porque a Larissa adora! É por ela!
− Importante é levar, agora ande, vou te passar o endereço por mensagem de onde estamos morando.
Com um sorriso no rosto sai rumo ao camarim. Coloquei uma roupa básica e fui em busca de vinho e do pudim de brigadeiro. Essas mulheres ainda me enlouqueceriam. Ainda bem que as gravações do dia seguinte seriam apenas a tarde, apesar da previsão ser de se estender até a madrugada.
No dia seguinte eu seria assassinado.
Não eu, claro, meu personagem!
Depois estaria livre para voltar a São Paulo, voltar para o silêncio e a solidão que eram meu casamento.
Afastei os pensamentos tristes da cabeça e me concentrei no meu personagem.
Era uma participação pequena, mas abriu as portas para outros convites, inclusive um de um antagonista que eu começara a estudar a possibilidade de aceitar.
As duas semanas de gravação passaram voando, gravei pequenas cenas como um dos pares românticos de Paula, a personagem de Verônica. Ela era uma serial killer com dupla personalidade, na qual uma delas assassinava todos os homens com quem saía. A história era de puro suspense e me interessei de imediato pelo roteiro.
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Marido de aluguel [COMPLETO]
RomanceAna precisa de um marido Felipe de dinheiro Dois corações endurecidos pela dor Um contrato de casamento Um ano Uma vida Um amor Se vc estiver lendo esta história em qualquer outra plataforma q não seja o Wattpad provavelmente esta correndo riscos d...