Minha

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(Contém cenas de violência, caso se sinta desconfortável, pule este capítulo)

Narrado por Santiago

Joguei-a na cama e sentei sobre ela. O primeiro tapa que dei em seu rosto a pegou de surpresa e as marcas vermelhas fizeram com que um sorriso debochado se espalhasse por meu rosto. Os tapas seguintes a deixaram atordoada, as lágrimas rolavam soltas e soluços brotavam sem controle. Ela murmurava palavras de súplica que só aumentava meu ímpeto de continuar as agressões.

Meus dedos contornaram o pescoço fino e se afundaram na carne macia. O corpo miúdo e frágil se debateu sobre o meu. Isto me excitou ainda mais do que sua nudez e fez com que eu a penetrasse duro e forte.

− Minha! Você sempre será minha – repeti vezes sem conta para que ela entendesse que não havia nenhuma maneira de fugir de mim.

Quando vi seus lábios arroxearem e os olhos ficarem cada vez mais vermelhos e esbugalhados senti o prazer se avolumar e explodi dentro dela.

Minutos depois entrei no banheiro, deixando-a largada semi inconsciente na cama.

O espelho me mostrou a marca que começava a escurecer no canto do meu queixo e ao redor do meu olho esquerdo.

− Desgraçados! – massageei a região, verifiquei se não tinha nenhuma lesão interna no olho.

Ficaria roxo por alguns dias, mas nada sério. Qualquer coisa, no dia seguinte, eu passaria com um colega oftalmo para ter certeza.

− Malditos! – voltei a xingar e num impulso de raiva, fiz menção de socar o espelho.

Meus dedos pararam a centímetros de distância. A frieza se sobrepôs a qualquer outra sensação. Eu não arriscaria quebrar minha mão, que gerava milhões em cirurgias plásticas, por uma vagabunda.

Tão logo me informaram que Ana estaria na inauguração da Lancer larguei tudo e rumei para lá. Cheguei antes para ter certeza que não a perderia de vista. E não a perdi por nenhum segundo.

Ela estava linda como sempre. Fui direto cumprimentá-la quando vi o sujeito que a acompanhava. Era o mesmo do outro dia. A raiva ferveu. Fechei o punho e soquei a mesa, derrubando alguns copos e a bebida.

Eles estavam de mãos dadas e aquilo me deixou ainda mais furioso. Ninguém tocava na minha Ana além de mim. Aquele corpo, aquela pele, tudo me pertencia.

É claro que ela não iria se casar. Isto estava cristalino em minha mente. Não havia a menor chance dela ser de outro, porque já me pertencia.

Fiquei rondando, à espreita sem que me vissem. Até o momento em que minha raiva explodiu.

Ele a puxou e a beijou. Beijou a minha mulher.

E ela se entregou a ele. Colou o corpo pequeno no dele.

Vadia desgraçada!

Todo o ódio que pulsava em mim foi a força motriz para eu pensar formas de me vingar deles e tê-la para mim, fosse como fosse.

Continuei observando o agarramento indecente entre eles, enquanto espumava de raiva. Vi o irmão dela chegando e eles, finalmente, se desgrudaram.

Fixei meus olhos na figura da minha garota. Ela olhava de uma forma diferente para o desgraçado, de um modo que nunca olhou para mim.

Eu a obrigaria a me olhar daquele jeito.

Sabrina, a morena que acreditava ser minha namorada aproximou-se de mim dengosa. A dispensei com um gesto. Ela fez cara feia e me obedeceu.

Era assim que eu queria Ana, obediente, pronta a me atender.

Meus olhos continuaram nela. Ela estava desconfortável, eu sabia. Talvez estivesse com aquele cara apenas por capricho ou para me deixar com ciúmes.

Ahh, mulheres! Como eram emocionais e ingênuas, até limitadas intelectualmente.

Vi quando ela se afastou e partiu sozinha para o balcão. Foi a minha chance.

Sequer pensei em minhas ações, apenas caminhei, com passadas rápidas em sua direção e a puxei pelo braço.

Ela iria me ouvir e eu a faria entender que era o único homem para si.

Olhei novamente no espelho para as marcas que começavam a roxear.

Aquele desgraçado me interpelou quando eu a arrastava para o carro. Pegou-me desprevenido e me acertou dois socos antes que eu pudesse reagir. Fiquei estatelado no chão enquanto todos os idiotas olhavam e nada faziam.

Rapidamente eles se afastaram. Pena que justamente naquele dia eu não estava com a minha arma. Senão resolveria ali mesmo o problema.

Afastei alguns caras que só depois surgiram para me ajudar. Sai com o carro por ruas ermas das cidade. Procurei entre putas de rua alguma que fizesse meu sangue ferver com a lembrança de Ana. Nenhuma servia.

Liguei para Madame e pedi que mandasse uma de suas garotas de luxo para o quarto de hotel. Descrevi as características físicas e ela disse que conhecia uma perfeita.

Seria perfeita, mas não seria Ana.

Voltei para o quarto e, enquanto me vestia, olhei o corpo languido na cama. Vi que ela ainda respirava, então nem me dei ao trabalho de ir até lá. Abri a carteira e joguei algumas notas de cem dólares sobre a cama. Aquele valor deveria pagar pela trepada e calar a boca da vagabunda.

Não sabia seu nome e não me interessava. Alguns planos surgiam em minha mente.

Eu teria tudo o que desejava e bem antes do que pensavam Ana estaria na minha cama e o atorzinho medíocre estaria comendo grama pela raiz.

Sorri satisfeito. Pensar em Ana gemendo sob meu corpo fez meu sangue ferver de desejo.

Tirei novamente a roupa e voltei para cama para me aliviar com aquela vadia. Ela ainda estava desacordada o que dificultou um pouco, mas imaginei Ana, o prazer foi gigante, mas, sem dúvida, menor do que eu teria em breve.

***

Marido de aluguel [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora