Capítulo 2

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Caminhamos pelos bosques silenciosos e pelas encostas, parando de vez em quando, afinal, não era fácil andar de salto na floresta

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Caminhamos pelos bosques silenciosos e pelas encostas, parando de vez em quando, afinal, não era fácil andar de salto na floresta.

— Sei que você não está animada para isso — papai me olha de relance.

— E muito menos você — o encarei ainda andando.

— Você sabe... Sabe que fiz coisas ruins no passado, e encarar a fúria de muitos feéricos naquela festa não vai ser fácil, porém a fúria de Ella é muito pior.

Concordo imediatamente.

— Tem razão, a fúria da mamãe pode ser assustadora as vezes.

— Eu ouvi isso — a Grã-Senhora diz mais a frente. — Andem rápido, já estamos quase chegando na caverna que nos levará a Corte Crepuscular.

— Certo — ele suspira. — Só tente fazer amigos, está bem? — olha para mim. — Você vive em nosso território ou no dos humanos, será bom para a próxima Grã-Senhora ter relações com os futuros sucessores.

— Vai demorar muito para que eu seja Grã-Senhora pai, muito mesmo. Então apenas relaxe, vou tentar.

Ele sorri e saí na frente. Nunca fui muito de explorar Prythian, mas ainda ainda desejo conhecê-la.

— Chegamos — mamãe para em frente a enorme caverna.

Depois que a tensão entre os territórios cessou brevemente, eles concordaram em abrir cavernas que levassem para territórios um do outro, porém, só podia ser usado por Grão-Senhores.

Adentramos o local. O cheiro da magia me acerta com tudo, caminhamos em direção à luz das lâmpadas.

E novamente rezei para que a Mãe e o Caldeirão nos ajudasse.

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Tinha aprendido o suficiente com meu pai sobre a Corte Crepuscular.

A primeira coisa que eu vi foi nuvens,
imensas nuvens fluindo pelo céu azul escuro cobalto, e o vento fresco soprando do horizonte.

Eu não tinha palavras para descrever as pedrinhas nas paredes, douradas quase opalescente que parecia conter o brilho de mil sóis. Percebi também uma enorme montanha ao longe.

A varanda na qual surgimos estava vazia, exceto por um criado de quadril estreito usando o uniforme dourado e rubi da Crepuscular.

O macho faz uma reverência, a pele marrom é lisa, mas transparece um pouco da idade.

— Por aqui, Grão-Senhores.

Meu pai respondeu com grunhido.

Seguimos o macho, subindo por escadas espiraladas. Vozes abafadas chegam até nós da câmara a céu aberto no alto da torre de pedra solar, algumas graves, outras agudas, umas animadas. Ajeito a postura ao máximo enquanto entramos.

Corte de Primavera e Escuridão Onde histórias criam vida. Descubra agora