Duzentos anos se passaram desde que Prythian se libertou das garras afiadas de Hybern. Feyre e Rhysand tiveram filhos, e o primeiro é Anakin, um dos jovens mais poderosos do mundo.
Enquanto isso Tamlin tenta se reerguer após a crise que se estendeu...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ficamos atrás dos mesmos arbustos de quando fomos lá meses antes, o lugar ainda continua como se fosse amaldiçoado. A única coisa que mudara foi o castelo.
O castelo negro não existe mais, dessa vez um enorme de paredes vermelhas, com o brilho de mil rubis ocupa o local.
— Isso é estranho demais — Ani comenta. — Chegamos a quase uma hora e não vimos um guarda sequer, nem na entrada do lugar.
— Acredite, as duas não precisam de proteção — murmuro pensativa. — É claro! — fico eufórica — Elas sabem que viríamos, estão esperando por nós.
— Como sabe disso? — ergue o cenho.
— Uma bruxa ajudou as irmãs descobrirem que seríamos parceiros antes de nós mesmos, talvez continue ajudando — dou de ombros. — Não adianta nada esperar — levanto e começo andar em direção ao castelo. — Você vem? — pergunto para Anakin que resmunga algo mas me acompanha.
Adentramos o portão entreaberto, o jardim é cheio de rosas, todas com muitos espinhos. A porta central está aberta, e quando chegamos no saguão não há ninguém.
— Será que nossos pais podem estar aqui? — meu parceiro pergunta baixo e em resposta ouvimos burburinhos vindo do andar de cima, junto com... Música.
— Algumas coisas nunca mudam — xinga. — Vamos acabar com isso, Taryn.
Aceno, então subimos a escadaria principal, devagar. Seguimos pela direita, em direção a música. Paramos em frente a porta de madeira no final do corredor.
Lanço um último olhar a Anakin, meu parceiro balança a cabeça, seus olhos me transmitem uma confiança inexplicável.
Rodo a maçaneta.
A primeira coisa que vejo ao abrir é Amarantha — com um vestido preto apavorante — sentada naquele mesmo trono de meses atrás. Ela nos lança um enorme sorriso. Clythia senta em um menor, feito de cristal, seu vestido dourado deixa suas feições mais assustadoras.
Amarantha estala os dedos, a música para e as pessoas começam a olhar em nossa direção.
— Vocês se importam de não serem anunciados? — a fêmea de cabelos vermelhos ironiza — O último mordomo fez algo que me deixou furiosa, então lhe dei uma lição. Não tive tempo de encontrar outro.
Fico quieta, apenas ergo mais a postura caminhando até o centro do salão, com Anakin ao meu lado. Os feéricos dão espaço conforme passamos. Lanço um olhar rápido ao redor, o lugar é bem parecido com o antigo.
Meus olhos param quando encontro meus pais a esquerda, os dois tem uma expressão horrorizada ao me encarar. Sorrio confiante. O pessoal da Noturna está perto e ficam do mesmo jeito.
Anakin aperta minha mão vendo sua família.
— Como podem ver — Clythia diz impaciente, me volto para as irmãs. — Estão todos sendo bem tratados fisicamente, mas não posso dizer o mesmo mentalmente.
