Capítulo 29

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Atravessamos para as montanhas de neve

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Atravessamos para as montanhas de neve. Olhei o céu, as estrelas ainda continuam caindo.

Estamos no alto dos picos, e, acerca de cem metros, um chalé repousa. Enfiado entre os dois picos mais altos das montanhas, o lugar está escuro, não há nada ao redor até onde enxergo.

— A casa é protegida para que ninguém possa atravessar para dentro. Ninguém pode passar além deste ponto, na verdade, sem a permissão de nossa família — Anakin explica pegando minha mão e andamos apressadamente para o chalé.

Quando adentro fico surpresa com o que vejo, o local é incomum, porque tudo foi feito e decorado com esmero, mas... Casualmente.

Como se aquele fosse o único lugar ao qual todos pudessem ir e não ser outra pessoa além de si mesmos.

Noto várias pinturas pela casa e fico extasiada com a perfeição e precisão que foram feitas.

— Minha mãe que pintou — Ani diz ao meu lado. — Quando descobriu sobre o laço de parceria veio passar um tempo aqui, e acabou por fazê-las.

— São incríveis — replico, ele concorda.

— Você... — começa hesitante. — Você faria comida para mim?

— Sorte sua que minha mãe me ensinou a cozinhar — rimos, e então, meu parceiro me guia até a cozinha.

Pego a tigela, olho ao redor e vejo legumes, começo a cortá-los para preparar uma sopa.

— Você é realmente deslumbrante — assovia encostando na parede.

— Fique quieto — reviro os olhos com um sorriso nos lábios. Seus elogios me fazem ver borboletas, acho que sempre será assim.

Depois de algum tempo a comida fica pronta. Anakin está esperando com o prato, e antes que eu coloque, ele pergunta:

— Você ainda pode desistir, Taryn. Tem certeza que quer passar seus dias com nossas famílias juntas?

— Vai ser difícil — penso e preocupação reluz por seus olhos. — Mas com você ao meu lado posso enfrentar qualquer coisa — então despejo a sopa.

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Quando Anakin termina de comer, nos dirigimos para em frente a uma porta.

— Depois que a família cresceu, o chalé teve que aumentar para caber todo mundo — diz abrindo-a e eu observo atentamente seu quarto.

É simples, nem tão grande e nem tão pequeno, mas o que mais me encanta é a varanda. Tem uma visão privilegiada para as outras montanhas enquanto as estrelas caem. Vou até lá e passo o dedo indicador pelo parapeito que fica sujo com a poeira estelar.

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