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Passei a lâmina da gilete sobre minha pele rápido demais, acabando por fazer um pequeno corte na perna.

- Aish! - Reclamei baixo guardando as coisas.

- Tá fazendo o que? - Bora apareceu em meu quarto se jogando em minha cama.

- O que você estava fazendo? - Ergui as sobrancelhas a olhando.

- Procurando algo na sua geladeira, não tem nada aqui! - Cruzou os braços enquanto eu a olhei.

- Se quer algo então vá comprar - Falei a vendo fazer ums careta.

- Eu estava brincando, você leva as coisas muito a sério...

- Tanto faz, agora arrume a cama que você bagunçou.

- Chata! - Fez cara de emburrada e começou a arrumar a cama.

- Eu também te amo - Sorri vendo a garota bufar.

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Eu olhava para o relógio entediada, até ouvir o sino indicando que alguém havia adentrado na cafeteria.

- Com licença. - Ouço uma voz masculina e me viro me assustando.

Pai... Risos.

- O-olá, o que gostaria de pedir? - Perguntei não fazendo contato visual.

- Eu gostaria de conversar com você, por favor. - Ele pediu.

- Desculpe, mas esse é meu horário de trabalho, senhor.

- Eu prometo que serei rápido.

- Sinto muito...- Saí indo até a cozinha vendo Sun me olhar estranho.

- O que foi? - Ela pergunta preocupada.

- Vá atender ele... - Falei adentrando o banheiro.

Passei um tempo olhando para o espelho do banheiro até eu ter coragem de sair de novo.

Abri a porta, e Sun estava lá.

- Ele disse que não irá embora antes de falar com você...

Respirei fundo e olhei para o chão ainda pensando se deveria ou não ir até lá.

Eu sabia o que ele queria comigo, porém eu não sabia se estava pronta.

Decide encarar logo essa situação e fui até o mais velho que estava ainda no balcão.

- O que quer? - Falei seca.

- Quero apenas conversar...

- Vamos lá para fora.

Saímos para fora do estabelecimento e nos sentamos em um banco ali próximo.

- Você acredita em mim? - Perguntou em um murmuro.

- Por que eu deveria acreditar em um estranho?

- Eu sou seu pai, não um estranho.

- Não de a si mesmo um título que não merece...

- Eu sei que fiz mal a você, mas eu tenho que te explicar o que aconteceu.

- E você vai explicar o que? que você largou minha mãe gravida e quando descobriram que você era o pai, me jogou em um orfanato?! - Falei soltando um riso sarcástico.

- Quem te contou essa história? - Me olhou.

Eu não lembrava quem havia me contado tudo isso, eu era apenas uma criança quando eu soube disso.

- Isso não importa.

- Claro que importa, é a nossa história.

- Sua. Sua história. - Corrigi.

- É nossa, acho que você não sabe muito bem da história da sua própria vida.

- O que? - O encarei negando.

- Sua mãe não morreu no parto, e eu não larguei você em um orfanato. Sua mãe era a própria Dona do orfanato, ela não queria te assumir e fingiu nunca ser sua mãe, e eu? eu estava viajando para tentar ajudar nos custos da família.

Fiquei parada tentando processar o que acabará de ouvir.

A dona do orfanato.

- Você está mentindo.

- eu n...

- VOCÊ ESTA MENTINDO! - Falei e me levantei voltando para o meu local de trabalho.

- Ya, o que aconteceu? Porque está chorando? - Sun pareceu preocupada.

- Eu não estou chorando, apenas fale para o chefe que eu não me senti bem e fui embora.

Tirei o uniforme e soltei meu cabelo saindo do local.

- Yuna! Filha, volte aqui! Por favor... - Ouvi a voz do mais velho e apertei o passo até não ouvi-lo mais.

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Toquei a companhia da casa do moreno e aguardei.

Eu sempre fui alguém pé no chão, contendo choros me mantendo insensível, mas parece que a partir do memento que eu conheci Jungkook meu coração acabou amolecendo sem minha permissão.

Jungkook mesmo tendo outras questões a seguir antes de me conhecer acabou virando alguém que realmente me transformou, tenho certeza de que não foi fácil lidar comigo no começo e não diria que é agora também, mas parece que me tornei outra pessoa com essa relação.

Eu nunca pensaria que a dona do orfanato que eu tanto odiava e tinha medo, era minha mãe, e realmente acho que agora eu a odeio cada vez mais.

Eu não queria acreditar nele, mas era o mais provável, afinal, por que ela me odiava tanto?

Acho que o vilão da minha história era o na verdade o mocinho

logo fui atendida pelo garoto alto de cabelos bagunçados, uma calça de moletom e uma camisa branca quase transparente, que dava um pouco da visão de sua abdômen definido.

Me ensine a amar |JK| |CONCLUÍDA|Onde histórias criam vida. Descubra agora