- Ya, acordem logo! - Sun apareceu gritando na sala, nos dando um pequeno susto com o som das cortinas sendo abertas.
- Que horas são...? - Jungkook perguntou levando as mãos aos olhos.
- 12:42! - Falou andando em volta do sofá.
Levantei rapidamente dos braços de Jungkook e sentei no sofá de olhos arregalados.
- Que dia da semana é hoje?!
- Domingo? - Falou franzindo as sobrancelhas.
Soltei ar pela boca aliviada e voltei a deitar abraçando Jungkook novamente fechando os olhos.
- Nananinanão! Vamos levante, temos o dia cheio hoje!
- O que? - Franzi as sobrancelhas.
- Aos domingos ela passa o dia fazendo compras - Jungkook falou agora abraçado a um travesseiro.
- Isso mesmo, e vocês vão me ajudar! - Falou animadamente pegando a coberta e levando a algum lugar.
°°°°°°
- Sun, está pesado demais! - Reclamei segurando as milhares de sacolas.
- Você que é fraca demais! Tem tão pouco aí - Apontou para as sacolas que eu segurava e mais as que Jungkook segurava juntamente, mas apenas observava.
- Vamos levar isto para o carro logo e mais tarde nós voltamos, estamos cansados Sun! - O garoto falou e a mais nova assentiu.
- Ah, céus obrigada. - Falei baixo ao moreno que piscou.
- Aqui está. - Uma voz invadiu meus ouvidos me fazendo parar no meio do caminho.
- Yuna? Tudo bem? - Sun falou se virando pra mim.
Olhei para a loja ao lado e vi ele...
Aquele mesmo homem atendendo uma mulher em meio a floricultura. Ele não notou minha presença alí.
- Yuna? - Jungkook segurou minha mão dando um puxão leve.
- É ele Jungkook.
- Ele quem?
- O cara que nos salvou.
- Uh? - Falou olhando para os lados.
Fiz um sinal para que ele entendesse que ele estava atrás de nós, ele se virou e logo voltou a posição anterior.
Ele não disse nada, apenas nos levou até o carro e seguimos o caminho todo em silêncio.
-------------------------------------
Sun saiu do carro primeiro para pegar suas compras, eu estava prestes a fazer o mesmo.
- Ele se parece muito com você. - Ouvi a voz rouca e baixa do garoto.
- É... Talvez ele pareça. - Falei e saí do automóvel.
Jungkook ficou calado desde que o viu. Talvez ele tenha o conhecido, mas não quer me contar...
Eu o conheço bem.
Jungkook me avisou que eu poderia ficar na antiga casa a frente, a que eu morava antes, assim nós ficaríamos mais perto caso algo acontecesse.
Nada mudou.
Adentrei minha casa, indo diretamente até o banheiro e preparando um banho quente para relaxar um pouco.
Peguei uma roupa confortável e deixei sobre a cama.
Retirei as roupas sujas e senti a água quente percorrendo minha pele suavemente.
Peguei o frasco de shampoo que tinha um cheiro doce de morango e despejei na palma da minha mão.
Passei o produto no cabelo já molhado, massageando cada parte do meu couro cabeludo.
Com os olhos fechados retirei a espuma sentido ela escorrer por minhas costas lentamente.
---------------------------------
- Preciso te perguntar algo. - Falei ao moreno em minha frente que tinha um controle na mão.
-Pode dizer - Falou pausando seu jogo e me olhando.
- Você sabe quem era aquele homen que nos ajudou, não é?
Ele abaixou a cabeça olhando para suas mãos e logo respirou fundo me encarando novamente.
- Eu não o conheço, mas acho que já o vi antes.
- Quem ele é?
- Eu não sei bem, mas eu já vi o rosto dele alguma vez.
- E por que esta desse jeito?
- Se for quem eu penso ser, não é muito bom...
- Me fala logo Jungkook!
- Eu não vou te dizer nada sem ter certeza antes.
Respirei fundo derrotada, ele não iria falar nada.
- Tudo bem... - Me levantei indo até a porta mas parei sentindo dois braços contornando minha cintura.
- Tenha paciência. - Ouvi sua voz e balancei a cabeça sentindo seus braços me soltarem.
Saí da casa do rapaz olhando os dois lados da rua antes de atravessar e no final da rua, pude avistar uma garotinha andando de patins com seu pai.
Fiquei observando como a criança gritava quando se assustava pensado que iria cair, quando ela ria junto ao mais velho, ele tentou fazer uma manobra mais caiu.
A pequena frase "olha papai! eu consegui! " que foi ecoada pela rua quando ela conseguiu se equilibrar e andar sozinha sem ajuda alguma.
Não sei se eu perdoaria meu pai depois de ter me deixado no orfanato, era cruel pensar nessa cena.
Parei de pensar quando ouvi a bozinha de um carro bem ao meu lado, e olhei vendo um homem de braços cruzados ao volante esperando que eu saísse da frente.
Balançei a cabeça e apertei o passo para subir logo a calçada.
Entrei em casa e fui até o jardim atrás da casa, me sentei em frente ao canteiro de flores e respirei profundamente tentando afastar aqueles pensamentos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Me ensine a amar |JK| |CONCLUÍDA|
أدب الهواةYuna nunca soube definir o real sentido do amor, talvez fosse bom, ou apenas fosse um jeito das pessoas fugirem de suas magoas. E juntamente a sua fase de pré-adulta essa experiência emocional não passou despercebido. Porém, por trás de suas novas e...