Desejo Perigoso

CAPÍTULO 16 - A CASA DO LAGO

||CASSIE||

Thursday, May 10th.

CINCO DIAS SEM VÊ-LO e a necessidade de querer saber notícias ou receber apenas uma ligação dele, me irrita. Eu me odeio por estar eu permitindo sentir essa dependência dele. Eu deveria estar puta pelo que ele fez ao colocar seus homens para me vigiar e ainda querer cobrar satisfações de mim, mas não estou. A verdade é que mesmo eu tentando com todas as minhas forças manter ele fora da minha cabeça, eu não consigo. Sebastian entrou na minha vida e aos poucos foi se infiltrando em cada particula do meu corpo, como uma droga que te torna uma viciada e não tem mais jeito. O vício sempre vence.

Não da pra negar a intensidade, o tesão e a eletricidade que rola entre a gente, é surreal. E estou vendo que está cada vez mais difícil me manter longe dele e manter uma relação entre nós dois profissional. Sempre que estamos juntos, eu acabo caindo em tentação me rendendo aos seus toques quentes e sua boca viciante. Essa semana eu peguei no celular duas vezes na intenção de mandar uma mensagem ou ligar pra ele, tá certo que eu já tinha bebido algumas doses mas mesmo bêbada eu acordei dos meus devaneios e joguei o celular para o outro lado da cama colocando em minha cabeça que isso era loucura. A minha vida se tornou uma louca desde que aceitei investigar o desaparecimento da sua irmã.

Estaciono minha moto na garagem da enorme casa do lago ainda admirada por sua beleza rustica e extravagante
Estaciono minha moto na garagem da enorme casa do lago ainda admirada por sua beleza rustica e extravagante. Procuro no molho de chaves, a chave da porta principal de uma das propriedades do governador Collins e depois de testar metade delas eu consigo abrir a porta. Meu queixo cai ao ver a linda vista do por do sol através da parede de vidro da sala que da direto para o grande lago.
      
Ainda deslumbrada pelo local tranco a porta e caminho um pouco perdida pelo lugar até encontrar as escadas que dão no segundo andar, entro em um dos quartos com cama de casal e coloco minhas pequena bolsa sobre a cama. Fico feliz em ver que tem uma banheira na suite em que eu escolhi e começo a enche-la antes de tirar minha roupa e relaxar nas aguas quentes com sais de banho e pétalas de rosa.

No início da semana, os pais de Stacy apareceram no meu escritório e lembraram que ela esteve nesta casa com as amigas dois finais de semanas antes de desaparecer e pediram que eu viesse para averiguar e investigar se tinha alguma pista que pudesse ajudar no caso. Com toda essa repercussão eles não podem se afastar da cidade, até por que a pessoa que a sequestrou com certeza está de olho em cada passo dos dois. O mais intrigante é que se fosse por dinheiro já teriam pedido o resgate mas até agora ninguém entrou em contato, tivemos apenas aquela ligação muda do Texas que provavelmente foi Stacy pedindo ajuda.

Quando termino meu banho, coloco uma roupa confortável e verifico meu celular, nada de Sebastian só algumas mensagens de Lou e do meu pai que resolvo responder mais tarde. Vou até o quarto de Stacy e procuro por pistas que me levem ao seu paradeiro. Abro as gavetas e armários, verifico de baixo do colchão e atrás de sua penteadeira mas não encontro nada além de pertences normais dela. Faço isso com os outros dois quartos e não encontro nada, no primeiro andar a mesma coisa a minha esperança é que um dos vizinhos tenha visto algo diferente quando ela esteve aqui com as amigas.

Faço algo para eu comer, ligo a tv e assisto um programa qualquer na tv paga enquanto bebo um refrigerante. Observo ao redor da casa a escuridão que é aqui a noite por ser no meio da floresta, o vizinho mais próximo fica do outro lado do lago, mas espanto os pensamentos medonhos que cismam em rodear a minha cabeça. Antes de dormir tranco tudo, verifico as janelas e aciono o alarme de segurança, o governador George disse que o caseiro viria pela manhã junto com a sua mulher ver se eu estou precisando de algo e isso de alguma forma me tranquiliza.

(...)

ASSIM QUE ACORDO escutei a campainha soar pela enorme mansão e lembrei que o governador havia avisado sobre os caseiros. Um casal de meia idade estava atrás da enorme porta de entrada e a simpatia de ambos me cativou logo de primeira, eles foram super atenciosos perguntando se eu havia tido uma boa noite e após o Sr. Richard ir verificar um vazamento de cano no banheiro do segundo andar. A senhora de cabelos grisalhos rechonchuda perguntou se eu tinha alguma preferência para o almoço e eu disse que não precisaria se preocupar que eu poderia muito bem me virar mas ela insistiu e como o governador disse que eu estaria ali disfarçada para apenas "aproveitar o final de semana" eu concordei com ela e disse que gostava de massa.

Me enfiei na minha roupa de malhar e estou indo correr pela floresta na intenção de conhecer o lugar e observar a vizinhança. Pego a trilha e começo a minha investigação, corro alguns Km e percebo o quanto essa floresta é fechada e enorme. Paro para beber um pouco de água e vejo um homem loiro correndo pela trilha ouvindo música em seu iPad. A principio ele não me vê e eu aproveito para analisa-lo como detetive, cabelos curtos, ombros largos, porte grande e malhado... Não vejo vestígios de um suspeito nele e raramente erro.