||SEBASTIAN||
Colima, México.
ACORDO SENTINDO a minha cabeça pesar com uma dor infernal, abro os olhos aos poucos e sento que estou deitado sobre uma cama confortável. Sinto o meu corpo fraco e demoro um pouco para perceber a onde estou. De primeira estranho ao ver uma senhora de meia idade vestida de branco sentada na beirada da cama enquanto mede a minha pressão e equipamentos médicos ao lado da cama mas logo percebo a onde estou e me tranquilizo. Estou na minha casa em Colima.
Ao perceber que acordei a senhora de cabelos grisalhos abre um sorriso contagioso.
- Hola, Galvani, ¿cómo se siente?
- Com muita dor. - tento me levantar mas é em vão, não tenho forças pra isso e então fico sentado.
- Se queda en la cama, su cuerpo está muy débil y necesita descansar.
- ¿Qué pasó conmigo?
- Voy a llamar a alguien que pueda responder a sus preguntas pero antes, tome ese remedio que aliviará el dolor que está sintiendo.
Ela me entrega um comprimido e um copo de água, eu tomo o remédio torcendo que ele logo faça efeito. A senhora se levanta e antes de sair me lança um sorriso e diz.
- Usted es muy fuerte y tiene mucha suerte. - franzo o cenho sem entender.
Russel entra no quarto segundos depois animado em me ver.
- É bom te ver acordado.
- Que porra aconteceu? O que estamos fazendo no México?
- Calma, eu vou te explicar tudo mas antes me diz se está precisando de alguma coisa.
- Estou bem, fora a dor infernal. Agora me diz o que aconteceu... - as memórias vem na minha mente aos poucos e arregalo os olhos em desespero - A minha irmã... Vocês conseguiram resgata-la.
Russel trava o maxilar e eu já tenho a minha resposta.
- Infelizmente não Sebastian... - respiro fundo decepcionado, ele senta na beirada da cama e começa a falar - Um dos homens do Mascarenhas aproveitou que você se distraiu e lhe atacou por trás com uma barra de ferro, eu consegui mata-lo antes que ele te matasse e tivemos que recuar. Perdemos muitos homens e por pouco eles não pegam a gente. - dou um soco na cama.
- Mierda.
- Você ficou desacordado por três dias.
- O que? - pergunto assustado.
- É parceiro, foi um sacrifício achar um médico no Texas mas conseguimos o melhor da região e após ele te examinar disse que você deveria ser internado com urgência pois era capaz de você entrar em coma por a pancada ter sido muito forte. Como a gente estava em um lugar perigoso, que era a cidade do Mascarenhas e ele já devia saber que os homens dele foi atacado e estaria de volta em poucas horas, decidimos pedir um avião com todo equipamento médico necessário para te trazer pra cá em segurança. Por que o México era a cidade segura mais próxima e você é conhecido e respeitado por aqui, teríamos segurança para que os médicos pudessem cuidar dos ferimentos. Assim que chegamos em Colima, havia uma equipe nos aguardando e todos trabalharam muito para que você se recuperasse rapidamente.
Balanço a cabeça inconformado por eu não ter conseguido resgatar a minha irmã. O momento em que a vi nas mãos daqueles filhos da puta vem a minha cabeça.
- Eu sinto um merda por não ter conseguido tirar minha irmã de lá.
- Eu sinto muito por Stacy, mas pelo menos agora temos a certeza que ele a pegou.
- Aquele desgraça... - fecho os olhos com raiva - Ele vai ter o que merece, quando eu me recuperar irei atrás dele nem que se for no inferno e vou tirar minha irmã de lá.
Russel pigarreia e parece um pouco sem jeito, na verdade desde a hora que ele entrou no quarto eu senti ele tenso.
- O que aconteceu Russel?
- Aconteceram muitas coisas desde que chegamos no México...
Ouço a voz de uma mulher longe e eu começo a estranhar o rumo dessa conversa.
- Que porra está acontecendo?
- Ela voltou Galvani.
Franzo o cenho sem entender mas quando a porta é aberta o meu mundo desmorona ao ver a mulher de cabelos encaracolados e de sorriso encantador que acabou com a minha vida.
Franzo o cenho sem entender mas quando a porta é aberta o meu mundo desmorona ao ver a mulher de cabelos encaracolados e de sorriso encantador que acabou com a minha vida
- Olá Sebastian.
O meu coração para e fico imóvel imaginando que eu estou enlouquecendo. Parece um dos milhares de pesadelos que já tive com ela e eu estou torcendo que seja apenas mais um deles. Seus olhos vibrantes capturam cada parte do meu corpo enquanto um sorriso aparece em seus lábios. Fico alguns segundos em silêncio tentando digerir e separar o que é realidade e o que é fantasia.
Me viro pra Russel e ele parece tão atônito quanto eu.
- Que porra é essa?
- Poucas horas depois que chegamos no México, ela apareceu aqui. Eu tentei impedir mas...
Ela o interrompe.
- Mas eu insisti em te ver. - infelizmente é real - Fiquei muito preocupada Sebastian.
- Preocupada comigo? - sorrio de nervoso - É piada... Tira essa mulher daqui.
Porra eu queria ter forças pra levantar e expulsar essa mulher da minha casa com as minhas próprias mãos. O ódio percorre em minhas veias só de olhar pra ela, essa desgraçada.
- Não, eu não vou sair.
Respiro fundo buscando a calma enquanto a minha cabeça lateja de dor e o meu cérebro não consegue raciocinar direito. Russel se levanta indo em direção a porta e mesmo que eu queira que ele não me deixe sozinho com ela, eu estou tão atordoado que não consigo imperdi-lo.
- Como você está?
- É sério? Você acha que eu sou o mesmo moleque otário de cinco anos atrás?
- Você não era otário, por que está falando assim?
- Porra você acha que vai chegar e conversar normalmente, como se nada tivesse acontecido? Como se você não tivesse me deixado na merda há 5 anos atrás?
Ela se aproxima dois passos e meu corpo logo se retrai com receio dos danos que ela ainda pode causar em mim.
- Eu entendo que você ainda sinta raiva de mim, o que fiz foi horrível mas eu quero que você me perdoe.
Passo as mãos pelos cabelos puto e não sei se estou mais irritado por ela estar aqui ou se é por que eu não consigo levantar dessa porra dessa cama.
- Eu me arrependo muito das atitudes que tomei, por favor deixe isso no passado... Já se passaram cinco anos.
Como ela acha que eu consigo perdoar a merda que ela causou na minha vida?
- Você sabe os danos que causou? Você fugiu como a porra de uma covarde. -explodo alterando a minha voz e ela engole seco.
- Eu sei, me desculpe. Sofro com meus erros até hoje.
Eu começo a me sentir sufocado por ela, por sua presença e mesmo que o que tivemos faça anos vê-la novamente trás atona toda merda que eu sofri.
- Você me deixou na merda Marie e nem se quer deu notícias. - seus olhos começam a lacrimejar - Você me destruiu.
- Eu errei muito com você, com nós dois... - a interrompo.
- Não existe nós dois porra. Eu quero que você saia da minha casa agora.
- Sebastian me escuta, eu era nova, estava com medo do que podia acontecer.
- Nada justifica o que você fez porra..
Minha cabeça pesa ainda mais essa conversa está me intoxicando por dentro, corroendo meu peito. Me viro para a janela encarando a chuva bater nela, relembrando o passado tórrido de nós dois.
FLASH BACK ON
" A bela garota de cabelos encaracolados trabalhava na loja de conveniência do pequeno vilarejo. Quando a vi pela primeira vez eu fiquei louco, a sua simpatia e o seu sorriso inocente me conquistou nos primeiros encontros que tivemos. Eu ia na loja todos os dias apenas para vê-la. Lembro como se fosse hoje, eu já estava na cidade a dois anos e nunca tinha visto ela ali, e ela me fascinava como ninguém, mulher nenhuma mexeu tanto comigo como ela.
Ela foi o meu primeiro amor.
Era tudo novo pra mim, nunca havia me apaixonado... Independente das consequências, eu queria ela.
O meu chefe, aquele mesmo cara de meia idade que me tirou das ruas me alertou avisando que ela era intocável, que eu não deveria me envolver e cair fora antes que causasse grandes danos pois o pai dela era policial e mesmo que nós tivéssemos um acordo com as autoridades de fazer o nosso trabalho, fazia parte do acordo não se envolver ou falar com nenhum de seus familiares.
Eu não ouvi meu mentor e aconteceu exatamente o que ele disse, a minha destruição.
As coisas começaram a ficar sérias entre nós dois depois de alguns meses ficando e mesmo que eu odiasse que nos encontrássemos escondidos, eu ficava feliz em vê-la, ela era a minha paz mas eu estava enganado...
Então a chamei para morar comigo, lembro como se fosse hoje da sua feição de surpresa e negação. Ela disse não, falou muita merda que me machucou profundamente e nós tivemos a nossa primeira briga. Fiquei muito chateado, enfiei a cara na bebida e fiquei dias sem procura-la e então ela foi atrás de mim, pediu desculpas pelo que havia falado e por ama-la de mais, reatamos.
Ficamos juntos como se não houvesse amanhã, e mesmo que todos me alerta-sem que Marie não merecia tudo que eu fazia por ela, pelo nosso relacionamento, eu chutei o balde e não ouvi ninguém. Eu cheguei a brigar com meu chefe por causa dela.
- Sebastian cai fora, mulher nenhuma presta e Marie só está atrapalhando os negócios.
- Eu amo ela Stanley.
- Mais ela não porra, você é só uma aventura pra ela. Não vê que você ainda vai se foder por causa dela?
Naquele dia eu deixei ele falando sozinho e por pouco ele não me castigou, minha sorte foi que ele gostava muito de mim.
Tudo ia bem até que um dia tudo veio a tona...
Era um dia chuvoso, como hoje e eu queria fazer uma surpresa para ela, comprei flores e chocolate e com dificuldade cheguei a sacada da sua varanda. Antes de abrir a porta ouvi que ela estava no telefone conversando com alguém e por achar o rumo da conversa estranho eu parei por alguns segundos para ouvir com quem ela estava conversando.
- Eu juro amiga, tem semanas que eu não fico com ele. Sebastian é tão bom pra mim, não merece o que eu fiz.
Engoli seco na incerteza se queira continuar ouvindo ou não.
- Ele jamais vai saber que tirei um filho dele, era o mais certo a se fazer. Imagina se o Sebastian descobre que eu estava grávida do melhor amigo dele... Eu nem sei o que ele faria com Cristopher.
Ali o meu mundo foi destruído em pedaços, o meu peito ardia, o meu coração batia sem parar e o ódio se instaurou nas minhas veias.
Marie grávida do Cristopher.
Marie grávida do Cristopher.
Marie grávida do Cristopher.
Apertei a caixa de chocolate até quebrar em pedaços assim como o meu coração. Eu estava destruído mas o ódio me cegou naquele momento.
Abrir a porta com toda força, Marie levou um susto e seus olhos se arregalaram ao ver a minha feição.
- Você estava grávida do Cristopher? - digo entre dentes me aproximando dela.
Marie foi chegando pra trás com o desespero estampado em seu olhar.
- Ca- calma Sebastian eu posso te explicar.
- Me explicar? - grito - Explicar que você abriu as pernas pro meu melhor amigo enquanto estava namorando comigo porra? Não tem o que explicar. - passo as mãos pelos cabelos enquanto as lágrimas correm em meus olhos - Porra como eu sou otário, todo mundo me alertou que você era uma vadia, que você não merecia nada do que eu fazia, que eu ainda iria me fuder... E olha o que aconteceu? - pego em seu braço - Você é uma puta nojenta.
Ela começa a chorar e eu sinto ainda mais nojo dessa mulher suja na qual eu me apaixonei.
- Me desculpa Sebastian... Eu-eu fui uma burra e cai na lábia dele.. - travo o maxilar anotando mentalmente que irei atrás desse filho da puta.
- Eu te amava... Eu te dei tudo que uma mulher merecia Marie. Por que você fez isso comigo? - sacudo seus braços e grito - Me diz, por quê?
- Ele me seduziu e eu fui uma idiota... Me desculpe Sebastian. - ela pega no colarinho da minha camisa - Por favor, podemos superar isso.
- Superar? - encaro seus olhos - Eu tenho nojo de você, sua puta. - lhe empurro.
De repente a porta é aberta e o pai dela aparece com cara de poucos amigos.
- Que porra é essa Marie? O que esse bandido está fazendo na minha casa? - ele se aproxima e puxa ela - Tira as mãos da minha filha seu merda.
- Eu posso explicar pai...
- Explica para o seu papai querido que você estava abrindo as pernas pra dois bandidos de merda como ele mesmo diz.
- O que? O que ele está dizendo Marie? - pergunta irritado.
- Pai, calma.
- Aproveita e diz que você estava grávida.
O pai dela fica transtornado e pergunta surpreso.
- Você... Você está grávida dele? - ele saca a arma e aponta na minha direção - Eu vou te matar seu merda.
Ela se coloca na minha frente
- Não pai, não era dele e eu não estou grávida. - ela fecha os olhos - Eu tirei o bebê.
- Você o que...
- Pois é, a sua filha é uma puta desgraçada. - balanço a cabeça inconformado.
- Seu filho da puta, eu vou te matar. - ele destrava a arma.
Eu estou tão desacreditado no que ouvi nos últimos dez minutos que eu não ligo se esse velho vai me matar ou não. Eu perdi tudo, eu a perdi.
- NÃO! Pelo amor de Deus pai, não faça isso. Eu o amo.
- Você nem sabe o que é amor.
- Por favor, eu faço o que o senhor quiser mas não faça nada com Sebastian.
O pai dela trava o maxilar ponderando o que ela disse, analisando o que vale mais a pena.
- Você vai sair desse inferno de cidade, vai morar com a sua madrinha e aprender a ser uma mulher de respeito. E você nunca mais vai vê-la seu bandido de merda. - me segurei para não surra-lo, precisava deixar a raiva guardada para descontar no filho da puta do Cristopher.
Ele abaixa a arma e ela assente depois se vira pra mim com os olhos cheio de lágrimas.
- Vai embora e não volte nunca mais, espero que um dia você me perdoe. Eu te amo.
Ela me empurra para fora de casa e eu saio com o ódio percorrendo em minhas veias.
Essa foi a última vez que a vi.
Marie grávida do Cristopher.
Marie deu para o Cristopher.
Chego em casa com cede de vingança, procurando pelo filho da puta que eu chamava de amigo. Encontro ele jogando cartas junto com Russel e mais dois homens, está rindo pois ganhou a rodada. Vou cego de raiva em sua direção, ele me vê e então diz.
- E ai cara, senta ai e vem perder pra mim no baralho de novo.
Minha respiração acelera a cada passo que eu dou, Russel percebe a minha carranca e logo estranha.
- Su hijo de puta.
Dou um soco em seu rosto lhe surpreendendo, pego pelo seu colarinho puxando da cadeira.
- Que porra é essa Sebastian? - Russel pergunta.
- Esse desgraçado estava trepando com a minha mulher e ainda engravidou ela.
- O que? - ele pergunta surpreso - Ela está grávida?
Dou outro soco em seu rosto mas ele não revida.
- Ela tirou o filho... Desgraçado. - chuto seu estômago.
Ninguém tenta separar, eles sabem que essa briga é minha e dele.
- Eu posso explicar.
- Explicar? Você comeu a minha mulher.
- Foi ela que se abriu pra mim porra. - diz tossindo e colocando a mão sobre a barriga.
"Ele me seduziu."
- Você era o meu melhor amigo, tinha que ser justamente ela? - pergunto levantando ela pela camisa.
Lhe empurro e ele cai de joelho, vejo uma arma em cima da mesa e a pego apontando em sua direção.
- Caralho, se acalma Sebastian. - Russel tenta me acalmar.
- Não esse filho da puta vai morrer.
- Foi ela porra, ela que deu em cima de mim, foi ela que foi me procurar. - Cristipher diz desesperado enquanto seu nariz sangra.
- Você podia ter dito não caralho. - grito.
- Me desculpa Sebastian, eu errei e me arrependo do que fiz.
- Tarde de mais seu filho da puta.
- Sebastian pensa bem na merda que você está prestes a fazer... - Russel diz.
- Eu já pensei.
- Sebastian não faz isso, ela não merece porra. - o merdinha diz.
- Cala a boca. - grito - Você era meu amigo porra...
- Sebastian, abaixa a arma... - ele pede e eu nego com a cabeça.
Ele me seduziu.
Ele me seduziu.
Ele me seduziu.
Aperto o gatilho e atiro em sua cabeça.
FLASHBACK OFF
- Eu matei ele por sua causa... Ele era o meu melhor amigo porra. - soco a cama e vejo ela se aproximar.
- Eu sei que a culpa foi minha, eu fiz tudo errado... Mais eu mudei Sebastian e eu quero o seu perdão. Foi um inferno esses últimos anos longe de você, eu não consigo viver direito se eu não tiver o seu perdão.
Ignoro o que ela disse e digo o que passei nos primeiros meses depois de toda aquela merda.
- Foi um inferno pra você? - aponto para ela - Eu fiquei na merda por sua causa, você destruiu o resto de humanidade que eu tinha. Eu matava as pessoas por pouca coisa por que não confiava nelas, isso tudo pelo que vocês dois fizeram comigo... Eu cheguei a usar cocaína para apagar a porra daquele dia da minha mente. Você destruiu a minha vida, você é o caos em pessoa Marie. Você causou danos irreparáveis. Eu tenho pesadelos com Cristopher até hoje.
As lágrimas escorrem em seu rosto sem parar mas nenhuma delas me toca.
- Eu também, eu não consigo viver em paz comigo mesmo pelo que eu fiz... - ela se aproxima mais dois passos e agora está bem perto da cama - Me perdoa Sebastian.
Fixo meus olhos nos seus e digo de cara fechada.
- Não, eu quero que saia da minha casa agora. - ela limpa as lágrimas.
- Eu não vou sair daqui, pode me xingar e dizer o que quiser eu vou ficar aqui. Eu me preocupo com você e quero cuidar para que você fique bem.
Essa porra enlouqueceu?
- Eu não vou pedir de novo. - digo entre dentes.
Ela se aproxima e coloca suas mãos em meu rosto, uma repulsa me invade e eu retiro suas mãos jogando longe.
- Não encosta em mim.
Ela recolhe as mãos e pisca algumas vezes segurando as lágrimas.
- Você pode não acreditar em mim mas eu me importo com você e querendo ou não irei continuar cuidando de você. Você precisa de mim Sebastian e terá que aceitar isso.
- Eu não preciso de você porra.
- Precisa, eu sou a única médica que está na cidade e você precisa ficar em observação.
O que?
- Você que está cuidando de mim? Russel ficou louco?
- Ele não tinha outra opção.
- Eu vou voltar para Toronto.
- Você não pode sair da cama quanto mais fazer uma viagem tão longa. Eu sei que você me odeia mas querendo ou não você precisa de mim para se recuperar.
- Sai daqui!
Ela respira fundo e seca suas lágrimas.
- Eu vou sair mas eu volto.
Ela sai pela porta e eu volto a respirar normalmente. Ela sugou tla pouca energia que eu tinha e eu estou com muita raiva por ela estar de volta e por saber que dependo dela.
Na época em que nós dois estávamos juntos ela já fazia medicina na cidade vizinha e provavelmente quando saiu de Coloma deve ter continuado.
Que ódio.
Eu queria poder levantar dessa cama e expulsar essa mulher da minha casa. Minha vontade é sair dessa cidade e nunca mais voltar mas infelizmente a minha cabeça está enfaixada pelo inchaço e tem milhões de aparelhos ligados a minha pele impossibilitando o meu desejo.
Como eu vou aguentar ficar dias com essa mulher cuidando de mim? Ela trás a tona tudo de ruim em mim e a porra do meu passado fodido.
Como eu queria que tudo isso fosse um pesadelo.____________
NOTA DA CAAH: Ranço define.
Nojo dessa mulher.
Vocês acham que Sebastian terá uma recaída? 😒
Beijinnnnn da Caah
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Desejo Perigoso
RomanceEle voltou. Mais intenso. E mais quente do que nunca. Cassie é uma detetive particular que tem uma vida solitária e está sempre agarrada a uma garrafa de whisky ou bourbon. Por trás do seu jeito de durona, esconde um passado obscuro que vive lha ato...