CAPÍTULO 6 - FUEGO

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|| CASSIE ||

AO ABRIR A PORTA fico surpresa ao encontrar Sebastian encostado no batente da minha porta com um sorriso lindo no rosto, vestindo uma calça jeans escura, blusa preta e um boné da mesma cor.

Uma delicia.

Ele me olha de cima a baixo prendendo os lábios com o dente, acendendo a chama que só ele consegue através do olhar.

- Olá detective, posso entrar? Eu tenho uma proposta interessante para lhe fazer.

Socorro!

- Ah aprendeu que bater na porta é o mais correto do que arrombar janelas, estamos evoluindo.

Ele abre um sorriso sacana e da um passo encurtando o espaço entre nós dois sem desgrudar seus olhos dos meus.

- A detetive, você e esse seu sarcasmo... - sua voz grave atinge cada ponto do meu corpo.

Droga, eu odeio esse efeito que ele tem sobre mim.

Desvio meu olhar do dele e abro a porta lhe dando passagem para entrar em minha casa. Ele caminha observando o lugar, deixa a minha identidade falsa em cima do móvel e depois volta seus olhos para meu corpo, cruzo os braços para manter minha armadura contra Sebastian ativa.

- Seja direto, eu não tenho tempo.

Ele desvia o olhar concentrando sua atenção no filme que passa na tv e depois no copo de whisky pela metade ao lado do balde de pipoca.

- É, estou vendo sua programação empolgante. - reviro os olhos - Quero lhe propor uma sociedade. - olho para ele incrédula.

- O que? Eu não sou bandida e não estou interessada em fazer negócios com um bandido feito você. - ele estreita os olhos, se aproxima dois passos e eu não recuo.

- Feito eu? Agora eu fiquei curioso para saber o que isso significa. - engulo seco e aperto um braço no outro ao sentir o tensão entre nós dois.

- Um bandido que faz lavagem de dinheiro, egocêntrico que acha que põem medo em qualquer um e quebrou a cara quando descobriu que não fucionou comigo.

Abro um sorriso ao ver seu maxilar travado, seus olhos descem até a minha boca e de repente me da uma sede. Mas não é uma sede qualquer, eu sei o que me saciaria mas eu não vou dar o braço a torcer assumindo.

- Você pode até não sentir medo de mim. - ele da mais um passo e minha respiração se altera - Mas eu sei que sentiu alguma coisa quando eu te beijei, talvez seja isso que você tenha medo detective.

Ele passa a lingua em seus lábios e acaba me atraindo para eles, aos poucos vou vendo a minha armadura contra ele desabar completamente. Volto meus olhos para os dele, respiro fundo e me afasto quebrando o olhar irritada por saber que ele tem esse dominio envolvente que acaba me puxando para ele todas as vezes.

- O QUE? Ah porra, só faltava essa.

Ele cai na gargalhada se divertindo com a situação.

- Eu acabei de ter a certeza, por que não continuou me encarando Srta. Joplin? Pensei que não tivesse medo de nada mas pelo visto... Aliás, gostei da camisa. - ele diz sorrindo enquanto observa discaradamente meus seios.

Puta que pariu.

- Diz logo que porra você quer comigo?

- Muitas coisas... - ele diz baixo e meu ventre se contrai, pigarreio e ele continua - Já que estamos com interesse no mesmo caso, quero lhe propor uma parceria. Trabalharmos juntos para descobrir o paradeiro da minha irmã. - estou chocada e muito surpresa com essa proposta seem noção.

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