CAPÍTULO 26 - RASTROS

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||CASSIE||

LARGO O PAPEL BRANCO deixando cair no chão e dou dois passos para trás sem acreditar no que acabei de ler.

É uma ameaça.

E não é uma ameaça qualquer, o arrepio que percorreu em minha espinha ao ler esse recado, isso não é apenas uma brincadeira. A pessoa que escreveu essa carta anônima sabe a onde eu moro, sabe sobre o Sebastian e com certeza está envolvido no sequestro da Stacy.

Mais quem? Quem descobriu que estou investigando o caso da Stacy? Quase ninguém sabia disso.

Nunes Mascarenhas.

Esse nome me veem a cabeça mas eu fico me perguntando, como será que ele descobriu isso? Quando fomos ao Texas não chegamos nem perto de encontra-lo, Sebastian me disse que estava de capuz quando invadiu a casa dele...

Deus, eu vou enlouquecer.

Tranco minha porta, corro até a pequena gaveta da estante de madeira e pego a minha arma enrolada em um pano de prato. Olho ao redor da casa, através das janelas mas não encontro absolutamente nada.

Me assusto ao ouvir batidas na porta mas logo me tranquilizo ao ouvir a voz do meu pai.

- Filha abre aqui, eu esqueci as chaves.

Guardo a minha arma as pressas, papai não pode nem sonhar que eu tenho porte de arma se não é ai mesmo que ele não vai me deixar morar sozinha na cidade grande "perigosa". Abro a porta e o encontro com duas sacolas que suponho que seja nosso jantar.

- Espero que esteja com fome, trouxe o nosso jantar.

- Estou com muita fome.

Forço um sorriso tentando disfarçar o medo e espio a rua escura do lado de fora antes de trancar minha porta nas três fechaduras.

Durante o jantar papai contou sobre o seu passeio pela cidade e que fez amizade com o nosso vizinho que mora do outro lado da rua, não prestei atenção em quase nada que ele disse espionando a casa do lado de fora.

Quando eu fui deitar, deixei minha porta meia aberta com medo de alguém tentar entrar na casa e fazer algo com meu pai.

Estou dividida se eu conto a Sebastian ou não sobre a carta. Pensando bem, do jeito que eu conheço Sebastian ele iria surtar, deixaria seus homens de plantão na minha porta, capaz dele não deixar nem eu dormir aqui sozinha... Talvez não seja uma boa ideia, por que espantaria quem me ameaçou e o foco seria Sebastian.

Não, eu preciso resolver esse problema sozinha. Nunca tive medo de nada, não vai ser agora que vou ter.

Deixei a arma do meu lado na cama e fiquei encarando a janela por horas até pegar no sono.

(...)

APÓS O CAFÉ DA MANHÃ, pensei em uma boa desculpa para pedir que os meus vizinhos do lado me deixassem ver as gravações de ontem a noite para começar a minha investigação de quem me fez essa ameaça. A melhor desculpa que encontrei foi:

- Bom dia Sra. Belshoff, como vai? - forço um sorriso para a mulher plastificada a minha frente.

- Olá Cassie, estou bem. A que devo a honra?

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