Capítulo 7

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Fomos para sala de treinamento, o qual não era tão diferente quanto no palácio de Kaline. Andei em direção as armas, não sabia ao certo o que escolher, meus dedos frios passavam nas lâminas, tomava cuidado para não me cortar quando meus dedos roçaram em um bastão comprido com duas lâminas na ponta. Assim que entrei na arena cinco clones minhas apareceram, todas seguravam a mesma arma.

-Somente contra-ataque. - meu pai me encarava em pé do outro lado do vidro.

As clones começaram a atacar, tentava mantar uma longe da outra para que elas não se amontoassem em cima de mim.

-Eu disse contra-ataque não bloqueio!

Terminei de afastar uma das clones e fui rapidamente para outra ponta, a clone avançou, desviei dos seus ataques e contra ataquei, minha lança enfiou em seu pescoço e desceu até a barriga. Não houve sangue ou corte, ela apenas desapareceu, fiz a mesma coisa com as outras e elas desapareceram. Estava um pouco cansada, sai da arena é caminhei até meu pai.

-Esperava mais hoje, mas não esta tão ruim, vamos ver se esse colégio ajuda. - meu pai olhou para o lado descontraído - Gard!

Em pé perto da porta Gard escutou o seu grito e andou o mais rapidamente possível.

-Gard, como foram as últimas provas da Catherina? - seu olhar sobre mim era frio.

-As provas teóricas foram feitas com perfeição, as práticas somente a precisão com lâminas ficaram abaixo do esperado.

Sabia que ele não gostava de relatar isso, seu corpo estava rígido e seus lábios não passavam de uma linha fina. Respirei fundo, usei um pouco do meu poder para sentir a alma de Gard, pude ver seu corpo estremecer, sentia sua alma a minha frente como se eu pudesse tocá-lo... Eu podia sentir sua aflição, o desespero se formando no fundo da sua alma, eu podia sentir... Eu não sei, mas era diferente.

-Interessante. - tinha me esquecido do meu pai, ele me olhava com um fascínio fora do normal. Ele andou ao redor de mim e parou a minha frente.

-Gard a refeição está pronta? - sua voz estava vaga.

- Sim. - Gard parecia perdido em seus próprios pensamentos.

-Ótimo! Pode ir preparar a mesa, eu tenho que conversar com a Catherina.

Gard se virou e saiu da sala desaparecendo pelo corredor.

-O que é interessante? - a arrogância era vivida em minha voz.

-Você não costuma usar seus poderes.  Eu não sou um Deus mas, meus poderes ultrapassam muitas barreiras. Você Catherina,é uma semideusa filha da morte e do ceifador. - ele pegou uma de minhas mãos e me olhou firmemente - O nosso mundo não está preparado para receber você.

Não tinha reação, não sei se o mundo tinha ficado pequeno, ou se, pela primeira vez eu esteja olhando a minha vida como ela realmente era, me senti vazia, perdida não só em pensamentos mais de mim mesma,o ar ficou pesado.

-Agora vamos, já estou ficando com fome. - meu pai sorriu fomos fazer nossa refeição juntos.

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