Capítulo 16

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Voltar para casa era, de fato, uma delícia, mas Bárbara e Macarena não se importariam nem um pouco de ter pelo menos mais um mês naquele lugar paradisíaco, e tão marcante para elas. Mas precisavam voltar para casa, Macarena havia conseguido mais uma sessão de fotos, e Bárbara fez questão de voltar o mais rápido para que a noiva não perdesse uma oportunidade.

Mal pararam em casa quando chegaram. E apesar de Macarena tentar, com quase todas as armas possíveis, manter Bárbara na cama com ela depois de um banho quente, foi inútil. A mulher era responsável demais. E a deixava ainda mais apaixonada. Como era possível morrer de amor por ela o tempo inteira? Ela acharia injusto senão tivesse a certeza de que causava a mesma reação na morena.

Escolheu uma calça jeans justa, botas e um suéter, enquanto Bárbara vestia uma maldita blusa de botão, branca, quase transparente. Não era possível, ela fazia aquilo de propósito. Dobrou as mangas, que eram curtas, e encarou Macarena.

Quase como se desafiasse.

— Você sabe que não existe a menor condição de eu deixar minha noiva sair desse apartamento desse jeito, certo?

O sorriso de Bárbara e a forma com a qual ela arqueou a sobrancelha... Macarena adorava aquele joguinho de sedução com ela. Ganhando ou perdendo, ela amava.

— Ah é? Por que não?

Macarena se aproximou e puxou Bárbara pela lapela da camisa, foi segurada com firmeza pela cintura.

— Você está de tirar o fôlego, as mulheres vão enlouquecer pela rua, e os homens também.

Como uma felina cercando sua presa, Bárbara se aproximou sorrateira do pescoço de Macarena, e mordeu a pele macia.

— Eu estou tirando o seu fôlego?

Macarena gemeu, agarrando—se à noiva. As pernas tremeram com a forma com a qual a morena a segurava pela cintura e beijava seu pescoço; bastava um toque ela sentia que estava entrando em combustão instantânea.

— Sim... — Ela mais gemeu do que respondeu.

Bárbara não resistiu à tentação e ao desejo de jogar a noiva na cama, e caiu com ela sobre o lençol já amassado. Beijou—a porque seu corpo necessitava daquilo. E quando o ar foi embora, ela precisou parar e se afastar, deixando uma Macarena ofegante na cama. Encarando—a. Chamando—a com os olhos e boca.

Diabos, como era possível resistir àquela mulher?

Mas ela precisava trabalhar. Não podia fazer Macarena se atrasar para a sessão de fotos; mas como queria... Seu corpo inteiro estava implorando para que ela esquecesse de qualquer outra coisa. E Macarena não estava nem um pouco diferente. Estavam sedentas uma pela outra; dava para sentir no olhar.

— Volte aqui. — Macarena pediu à voz rouca.

— Não posso.

— Porque?

— Se eu voltar, vamos nos atrasar. Se eu voltar, não vou deixar você sair dessa cama tão cedo.

Macarena fez menção de começar a tirar o suéter que vestia, e o olhar de Bárbara era tudo o que lhe bastava; viu naqueles olhos castanhos todo o sentimento que tanto amava. Ela estava devorando Macarena com os olhos, e Macarena queria ser devorada. Muito. Naquele exato momento.

Era engraçado que apenas um beijo havia começado aquele incêndio. Mas ao mesmo tempo, era natural. Elas nem precisavam se tocar para ficarem loucas uma pela outra.

— Eu não quero sair.

— Você quer me enlouquecer. — Bárbara murmurou, e aquele tom dela... Macarena sentiu que suas pernas abriram quase que automaticamente na cama. — Vai me enlouquecer.

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