Capítulo 23

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Às cinco da manhã na sexta feira, Macarena teve toda a dificuldade do mundo de largar sua mulher na cama; ela e Bárbara estavam de conchinha, completamente agarradas e emboladas — do jeito que tanto amavam. Macarena estava por trás, abraçando a morena com todo o carinho do mundo, aproveitando a diferença de altura entre elas, e com o nariz enfiado nas mexas cheirosas daqueles cabelos negros. Ela abriu os olhos azuis e não quis levantar, muito menos enfrentar a realidade de mais um dia de gravações.

Mas precisava.

Por isso, se desvencilhou do corpo da morena, com toda a lentidão e cuidado, e sentou na cama. O lençol ficou embolado em suas coxas, e ela esfregou as mãos no rosto para conseguir acordar de fato. Bocejou demoradamente e afastou algumas mexas de cabelo do rosto. Não queria levantar, pelo contrário, queria um dia inteiro apenas largada na cama com a sua morena. Mas a vida era injusta de vez em quando.

Suspirou longamente, e no momento em que apoiou as mãos no colchão para levantar, foi surpreendida pelas mãos da morena lhe segurando. Sorriu e virou o rosto para o lado no momento em que Bárbara sentou atrás de seu corpo, encaixou—se nela e abraçou—a com carinho.

— Aonde você pensa que vai?

A voz rouca de Bárbara foi o suficiente para arrepiar Macarena.

— Trabalhar.

Bárbara sorriu cheia de manhã e começou a beijar os ombros de Macarena; as mãos dela pressionaram a cintura da noiva e Macarena sabia exatamente o que a morena estava querendo. E, obviamente, conseguiria.

— Que horas você tem que estar lá?

— Sete.

— Vou te levar.

Não que houvesse o que discutir, mas mesmo que Macarena fosse tentar, seria inútil. Bárbara puxou seu rosto pelo queixo, para um beijo e qualquer coisa que Macarena poderia falar morreu no desejo explosivo. Sexo pela manhã sempre a deixava muito mais animada, e ela adorava como Bárbara sempre acordava disposta e com vontade dela.

Macarena se afastou do beijo de Bárbara e riu quando as mãos da morena apertaram suas coxas, afastando—as. No momento em que aqueles dedos inquietos subiram para sua virilha, Macarena soltou um gemido.

— Você vai me atrasar, isso sim.

Rindo, a morena deixou seus dedos deslizarem exatamente para onde Macarena estava molhada — como sempre pronta para ela. Mordeu o pescoço da noiva enquanto seus dedos escorregavam para dentro dela, e até a forma como Macarena respirava a deixava ainda mais cheia de tesão.

— É só você não demorar para gozar para mim.

Havia algo de muito excitante naquela posição, Macarena pensou, e ficaria melhor ainda se estivessem de frente para um espelho. Tudo o que ela mais queria naquele momento era ver Bárbara fodendo—a pelo reflexo do espelho. Mas deixou—se levar por aquelas mãos maravilhosas, os suspiros e como Bárbara sussurrava tudo o que a enlouquecia em seu ouvido.

Agarrou—se a ela e gritou seu nome.

Foi mais rápido do que ela queria.

Depois de um banho quente, que lhe rendeu mais alguns amassos contra a parede e um orgasmo delicioso de sua morena em sua boca, Macarena conseguiu chegar no set de gravações. Seu dia tinha tudo para ser exaustivo, iria gravar a novela até a hora do almoço e depois tinha mais fotos com Graziela e sua equipe. Estava torcendo para conseguir uma folga no horário de almoço para encontrar sua morena.

Com a correria de sua vida, estavam a, novamente, uma semana sem conseguir se aproveitar de forma decente. Macarena só chegava exausta e dormia nos braços de Bárbara; mal tinham tempo para jantar juntos. E como sempre, a morena era a rainha da compreensão, não brigava, não fazia nada; apenas buscava Macarena todos os dias, levava para casa, massageava seus ombros e dormia com ela. Macarena tinha realmente muita sorte.

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