Capítulo 37

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Na noite de sexta feira, Bárbara estava deitada no sofá—cama do trailer de Macarena, aguardando enquanto a mulher terminava as cenas de seu próximo filme. Ela estaria exausta, já conhecia de longe, e Bárbara estava além do descanso para poder cuidar de sua amada. Fazia pelo menos seis horas que a morena estava tirando longos cochilos e acordando a tempo de buscar Macarena com o olhar, mas ela simplesmente não aparecia. E infelizmente Bárbara não poderia acompanhar aquelas gravações especificas por terem o pessoal contado — e não que ela fizesse questão, iria babar de qualquer forma em tela grande.

A morena acordou de outro cochilo por volta de nove da noite e pensou se poderia começar a pensar em um jantar, mas Macarena entrou pela porta do trailer com um saco de papelão nas mãos. E sorriu para ela. Bárbara foi de prontidão enlaçar a noiva pela cintura, livrando—a de qualquer empecilho.

— Eu ainda achei que poderia estar sonhando.

Qué?

— Que você não estaria aqui.

— Eu disse que estaria.

— Eu sei. Mas o dia foi tão cansativo... Eu só... Estou feliz que você está aqui.

Bárbara sorriu enquanto andava com Macarena até a cama.

— Quer me contar?

— Quero te amar primeiro.

Bárbara foi a primeira a jogar—se na suposta cama, Macarena acompanhou—a deitando por cima de seu corpo, aninhando—se á morena como uma gatinha manhosa. Bárbara abraçou o corpo de Macarena, fazendo questão de acariciar—lhe os cabelos.

— Trouxe comida para nós.

— Eu vi.

— Mas não estou com fome agora.

— Tudo bem.

— E eu trouxe sushi.

Bárbara sorriu mais ainda.

— Vou colocar na geladeira então.

Desvencilhou—se dos braços de Macarena para ir até a suposta área da cozinha. Enquanto guardava os pacotes na geladeira pequena, ouviu a movimentação de Macarena ao fundo. E teve a deliciosa surpresa de virar para encontrar sua noiva apenas de camisola de renda, fina e preta, que não cobria quase nada daquele corpo delicioso. A morena nem tentou controlar o queixo que caiu instantaneamente.

Macarena era uma visão, um espetáculo.

Um absurdo de linda.

E estava sorrindo só para ela à meia luz naquele trailer, e as duas tinham todo o tempo do mundo. A noite estava apenas começando o calor do ambiente transcendia deliciosamente.

— Achei que você estava cansada.

A aproximação de Macarena foi sutil, lenta, sedutora.

Bárbara precisou lembrar de respirar.

— De tudo, menos de você.

Como sempre, Bárbara recuperou a postura diante de Macarena, mas ficou parada na bancada da suposta cozinha. Encarando a mulher que amava. De repente, a ideia de sedução de Macarena cedeu à sensação de ser uma presa, sem fuga... Mas que não queria correr. Pelo contrário.

Bárbara se encostou à bancada e sorriu para Macarena, chamando—a para se aproximar com o dedo indicador. O olhar da morena sobre seu corpo a fazia sentir—se nua, exatamente como ela queria estar; e Bárbara ainda tinha tantas peças de roupa para tirar. Começando por aquele casaco de couro. Era curioso pensar no poder que um olhar tinha sobre seu corpo e como exclusiva e unicamente o olhar de Bárbara a desmontava inteira.

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