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capítulo sete - a antiga Ally

Quando acordei já passava do meio dia e Gemma havia sumido.

A noite passada foi ótima e as fotos foram a melhor parte, fomos dormir bem tarde olhando elas e rindo lembrando da história por trás de cada uma. Fazia séculos que eu não ria daquele jeito.

A casa estava vazia e silenciosa, exceto pela cozinha onde um certo homem de avental fazia algo no fogão.

— Cadê todo mundo? — perguntei.

— Saíram. — Harry responde. — Quer ovos?

— Sim, por favor.

Vendo Harry ali, a única coisa que me vinha à cabeça eram as revistas que encontrei em seu quarto. Não tinha mais pensado nelas, mas agora me vinha uma vontade absurda de perguntar o porquê de ele guardá-las.

— Ah, sua mãe foi com elas. — ele diz despejando o conteúdo da panela em dois pratos e acrescentando bacon e torradas também.

Eu não comia bacon, nem torradas, mas não falei nada.

— Ela deixou a chave?

Ele me deu um dos pratos e se sentou de frente pra mim.

— Não. Parece que somos só nós por um tempo.

— Ah.

— Não precisa ficar tão feliz. — ironizou.

— E o restaurante? — perguntei. — Não tem que ir trabalhar?

— Hoje só vou mais tarde. — ele diz. — Por falar nisso, o que achou de lá?

— O lugar é realmente bom — fui sincera. — Os garçons deixam a desejar, mas… — brinquei.

Ele riu.

— Pois saiba que você é muito privilegiada por ter sido atendida por mim.

— Menos, Styles.

— Não estou brincando. Mas fico feliz que tenha gostado — ele me olha nos olhos dando um sorriso sincero.

Não pude evitar sorrir também.

— Não vai mais comer?

Olhei pro meu prato do qual eu só tinha comido os ovos.

— Já terminei.

— Não vai me dizer que super modelos não podem comer bacon e torradas. — ele levanta as sobrancelhas.

— Bom, é preciso manter o corpo, não é?

— E uma simples torrada estragaria o seu corpo?

— Ficaria chocado com o que uma simples torrada pode fazer.

Ele revira os olhos pegando uma torrada do meu prato e dando uma grande mordida.

— Besteira.

— Talvez pra você que não precisa se preocupar com imagem.

— Na minha opinião, a sua imagem é ótima, não deveria estar se preocupando tanto.

Eu tive que rir.

— A minha imagem é ótima?

— Claro que sim. Olha só como acabou de acordar e poderia estar pousando pra uma capa de revista. — ele diz e eu não me seguro.

— Por falar em revistas…

Ele pareceu entender.

— Você viu.

— Eu vi — concordei. — por que?

— Bom, houve uma época que sentia sua falta. Não nos falavamos mais, mas você ainda era importante pra mim. Eu acompanhava o seu sucesso, e as revistas… bem, era uma forma de te ter perto de mim.