Os recém casados foram para uma lua de mel paga por mim e Luke como presente de casamento. Me despedi deles antes, já que quando voltassem em duas semanas, eu não estaria mais ali.
Eu iria embora em algumas horas e estava arrumando minhas malas para a viagem enquanto minha mãe e Gemma me ajudavam.
Minha mãe saiu pra preparar um lanche e então Gemma Fala:
— E como fica você e meu irmão?
— Como assim? — estranho a pergunta.
Nunca contamos à Gemma sobre a gente. Bom, eu não
— Conversamos sobre isso, espero que não fique brava com ele.
Eu não ficaria, já que fiz o mesmo com Jason.
— Ele está triste com a sua partida. Em todos esses anos nunca o vi apaixonado por outra pessoa como ainda é por você.
— Eu entendo, sinto o mesmo. — sinto o nó na garganta começando a surgir. — Mas é a minha carreira, sabe? E ele tem a dele aqui, não tem como nenhum dos dois simplesmente largar tudo e…
— Mas não tem que ser assim. Não podem manter a relação e se visitarem quando der? Não seria tão ruim, sabe, pelo menos estariam juntos.
— Já pensei nisso, mas não quero prender ele. E se nesse tempo aparecer alguém mais disponível do que eu? Fora que por quanto tempo ficaríamos assim? Nenhum dos dois estaria disposto a largar o emprego que ama em troca de uma relação.
— Eu não teria tanta certeza. Ele ama o restaurante sim, mas… talvez te ame mais.
— Eu não poderia pedir isso a ele, Gemma.
Ela assente, entendendo.
— É uma pena. Foi a melhor cunhada que eu já tive.
Dou risada e abraço ela.
— Você também e não é porque foi a única.
Depois de terminar as malas, vou encontrar meu pai e Elise para me despedir.
Abraço ele tão forte quanto posso, querendo me desculpar mais uma vez pelo tempo que passei sendo uma completa idiota.
— Meus ossos não são tão fortes, querida. Assim vai quebra-los. — ele brinca e eu afrouxo o abraço.
— Amo você, pai.
Seu sorriso parece surpreso.
— Também te amo, filha.
— Iremos te visitar. — Elise promete.
— Vou esperar. — abraço ela. — Você vai amar Paris.
Conversamos algum tempo até eu ter que ir. Olho pro meu pai mais uma vez e fico triste pois da última vez em que fui embora, foram oito anos para nos reencontrarmos. Mas desta vez seria diferente, falo pra mim mesma.
Anne me chama pra um café e fico triste quando ela diz que Harry está trabalhando. Passo um tempo com ela e Gemma até que falta apenas uma hora até eu ter que ir.
Volto pra casa da minha mãe e me certifico de que não estou esquecendo nada. Depois de mais algum tempo aproveitando meus últimos minutos ali com ela, finalmente chega a hora de partir. Minhas malas estão todas na varanda enquanto espero o táxi que chegará a qualquer minuto.
Checo mais uma vez, mas Harry não está em casa. Não me despedir oficialmente dele me deixa triste. Eu esperava dar um último abraço, mas pelo visto não seria possível.
Assim que esse pensamento passa pela minha mente, vejo o carro dele chegando e me animo quando ele estaciona não em frente a casa dele, mas da minha.
Sorrio enquanto ele desce do carro e sobe os poucos degraus da varanda para falar comigo.
— Achei que já tinha ido.
— Achei que não conseguiria me despedir de você.
— Vim o mais rápido que pude. — ele diz. — já tem que ir? Eu te levo no aeroporto.
Não discuto. Peço pra minha mãe cancelar o táxi e colocamos minhas malas no carro.
Me despeço dela e entro no carro junto com Harry. Gemma está na varanda e acena, gesticulando com a boca um "boa viagem". aceno de volta pra ela.
Harry dá partida e vamos.
Durante o caminho, não conversamos sobre nada demais e eu sinto um pouco o peso das palavras não ditas. Como da última vez, sentia ele querendo me dizer coisas que não podia. Nunca foi egoísta e o tempo não mudou isso nele.
— Então é isso. — ele sorri pra mim pouco tempo antes do meu vôo ser chamado.
Meu olhos lacrimejam.
— Será que algum dia ainda vou te ver? — pergunta.
— Bom, eu prometi pra minha família que voltaria, então...
— Isso me preocupa. Da última vez levou oito anos pra você cumprir a promessa.
— Dessa vez tentarei ser mais rápida. — digo.
Ficamos em silêncio nos olhando. Segurar o choro eé doloroso pra mim, mas Harry faz isso bem. Seus olhos estão marejados, mas ele sorri sem soar falso.
— Eu queria que pudesse dar certo, sabe? Eu e você.
— Eu também. — concordo.
Paro de segurar as lágrimas e ele me abraça, me apertando contra o seu peito como se não fosse me deixar ir.
Me afasto um pouco e o olho nos olhos.
— Eu amo você. — sussurro tocando seu rosto. — Espero que seja muito feliz e encontre alguém capaz de te amar tanto quanto eu, alguém que fique sempre ao seu lado. Você não merece menos do que isso.
— E eu te desejo alguém pra te acompanhar nas suas aventuras pelo mundo. Alguém que segure sua mão e nunca te deixe ir. Porque qualquer um capaz de te deixar ir é um idiota.
Dou uma risada triste.
— Você acha?
— Infelizmente, tenho certeza. — ele diz.
Beijo Harry uma última vez, me obrigando a reparar em cada detalhe já que não poderia sentir outra vez. Seus lábios contra os meus se movem com intensidade enquanto sentimos o gosto de lágrimas, e suas mãos voltam a me apertar como se não fossem capaz de me soltar.
Mas meu vôo é chamado. E ele solta.
Olho em seus olhos antes de me virar.
Eu conheci o mundo, mas nem o mundo era tão bonito quanto aqueles olhos. Nunca vi oceanos tão profundos, estrelas tão brilhantes ou algo mais verdadeiro que aquelas orbes cor de esmeralda.
Harry era tudo que existia de bom no mundo reunido num único ser.
E mesmo assim, eu estava deixando-o outra vez.
Esse é o penúltimo capítulo, logo volto com o epílogo procês, okay? Okay.
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Home | Harry Styles
FanfictionHarry e Alyssa são amigos de infância que logo se tornam algo a mais, até que ela precisa mudar de país para estudar. Oito anos mais tarde, Allyssa volta a sua cidade natal e reencontra Harry, mas ela já não é mais a mesma, e ele? Bom, ele ainda a f...