Home | Harry Styles

capítulo vinte e dois - ressaca moral

O "beijo" durou apenas alguns segundos, no entanto. Luke logo me afastou pelos ombros.

— O que está fazendo?

Olhando por cima do seu ombro novamente, vi que Harry me olhava e o sorriso que antes dava à menina, tinha desaparecido. Luke olhou na mesma direção e entendeu na hora.

— Ally, não é assim que se resolve as coisas. — falou como um pai dando bronca na filha que fez bagunça.

Quis chorar.

— Não é justo, Luke.

— O que não é justo, Ally?

— Que eu não possa ter ele. 

— Você vai chorar?

Eu ri, mas sentia as lágrimas querendo descer.

Sequei os olhos.

— Desculpa por isso, você tá certo. Eu tô bêbada. — falei me afastando.

— Pra onde está indo?

— Beber mais?

Luke me parou.

— Não é uma boa idéia.

— Por que não?

— Eu tenho mesmo que responder isso?

Meus olhos marejaram novamente.

— Ah, não, choro não.

— Eu não tô chorando. — respondi, sentindo as gotas descendo. 

Luke me abraçou e afagou meu cabelo.

— Eu sinto que meu coração partido vai me matar. — murmurei.

— Você tem razão.

— Tenho?

— Sim, a bebida realmente liberta seu lado dramático.

— Luke. — reclamei e me afastei.

— Quem fica bêbado de champanhe, afinal?

Ashley chamou ele antes que eu conseguisse formular uma resposta sobre como era normal ficar bêbado de champanhe, e ele me olhou preocupado.

— Eu não sou uma criança, vai lá.

— Longe das bebidas, mocinha. — falou sério.

— Ta, pai. — ironizei.

Luke saiu com Ashley e os perdi de vista.

Quando olhei, Harry não estava mais no lugar de antes e eu não conseguia vê-lo em nenhum outro lugar. A menina com quem ele falava estava ali, mas ele não. 

Respirei fundo pra não chorar outra vez. Queria que ele tivesse ali comigo. Sentia falta de seu sorriso direcionado a mim, sentia falta dos seus olhos me olhando e da sua boca falando comigo e me beijando. Em alguns dias seria impossível ter aquilo outra vez.

Peguei meu celular decidida a saber onde ele tinha se metido e falar que sentia sua falta. Porém, antes que conseguisse desbloquear meu celular, Gemma se sentou ao meu lado.

— Aí está você.

Guardei o aparelho de volta, não ia mandar mensagem chorando pro irmão dela com ela ao lado.

— Oi, Gem.

— Toma. Vem dançar. — me deu uma garrafa de vinho e me puxou.

Olhei ao redor e não vi Luke. Dei um longo gole antes de devolver a garrafa para ela.