three

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Peço perdão caso haja algum erro! As traduções de algumas passagens deste capítulo estarão no final!

 Reviro os olhos não querendo acreditar que ouvi algo tão desdenhoso. Eu já vi Ace Braden a caminhar pelo campus algumas vezes, a lançar sorrisos para as demais raparigas que apelavam pela sua atenção, mas nunca tive interesse em sequer saber o seu nome ou quem era.

— Agora podes comprovar que isso tudo é mentira. — digo desafiando-o. Ele sorri arrogantemente e elimina a distância que eu impus entre nós quase colando o corpo ao meu. Sou obrigada a inclinar a cabeça para trás para conseguir olhá-lo nos olhos.

Uau... ele é tão alto e grande... imagino o que mais será...

Pisco os olhos duas vezes para afastar qualquer pensamento paralelo e concentrar-me no que quer que se esteja a passar aqui.

— O problema, baby, é que não é. E tu vais descobri-lo. — o hálito quente dele bate na minha orelha enquanto ele me murmura ao ouvido, fazendo-me arrepiar. A sua voz baixa e rouca abana o meu coração que tenho a certeza ter falhado uma ou duas batidas e não gosto disso, ele não devia afetar-me desta maneira, não sou do tipo que cai nos encantos de um rapaz fodidamente bonito.

Junto os meus lábios, que agora me apercebo ter deixado entreabrir, e endireito a coluna, recompondo-me. O olhar divertido do Braden ao observar as minhas feições deixa-me desconfortável o suficiente para a vontade da minha mão encontrar o seu rostinho esculpido crescer dentro de mim.

— Quanto convencimento, Sr. Tenho-Todas-A-Meus-Pés. — faço troça vendo um sorriso de lado aparecer na sua cara. — O tempo já passou, e acho que para mim já chega desta festa. — volto a dizer e começo a andar até à porta. Assim que toco a maçaneta ele pega no meu braço parando-me.

— Vemo-nos por aí, baby! — pisca o olho, enquanto estas palavras cheias de promessas lhe escapam pelos lábios rosados. Eu realmente espero não o ver por aí, não me parece que eu precise da presença caótica dele na minha vida. Nem que eu tenha que fugir dele como o diabo foge da cruz. Ace Braden exala caos, perigo, luxúria, e eu não preciso de algum tipo de confusão na minha vida, o meu passado já me trouxe dor suficiente.

Fico por mais uns segundos parada no meio do quarto enquanto vagas memórias me trespassam a mente até que o meu corpo comece a reagir. As únicas coisas de que preciso neste momento são de um banho e dormir; nada como um bom descanso!

Ao chegar ao fim das escadas tento abrir caminho por entre a enorme quantidade de gente enfiada naquela casa e chegar à porta. Não me importa onde a Andressa esteja, nem que tenha vindo com ela de carro ou como irá para os dormitórios depois, mas preciso sair daqui. O ar fresco da madrugada embate na minha pele quente dando-me uma sensação de choque de temperatura e todos os pelos do meu corpo se levantam causando um leve arrepio. Olho em volta no alpendre vendo universitários no chão já para lá de bêbados, a fumar tranquilamente, a dançar e um ou outro casal quase a engolir-se, então respiro fundo antes de me fazer à estrada.

A fraternidade fica a apenas uns quarteirões dos dormitórios e do campus então decido ir a pé, mesmo com o frio cortante. De alguma forma a voz rouca que há pouco preenchia o ambiente onde eu estava fica-me na mente por todo o caminho até ao meu quarto e mesmo depois de um banho refrescante acabo por sonhar com um par de olhos claros.

Na manhã seguinte, quando me levanto com um bom humor surpreendente, constato que a Andressa não dormiu cá. A cama dela está o mais próximo de arrumada assim como a deixou ontem ao fim da tarde. Visto umas calças de ganga justas e uma suéter cinza que comprei numa viagem que fiz a Itália. Por fim, calço os meus ténis, penteio o cabelo e, só para não entrar com cara de sono nas aulas, passo um rímel. Quando abro a porta do quarto dou de caras com, nada mais nada menos que, Ace Braden encostado no batente. Sabia que o veria outra vez, só não pensei ser tão cedo!

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