fourteen

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Acordo a sentir-me relaxada. Sinto como se o meu corpo e mente estivessem mais leves. Procuro Ace pelo quarto mas não o encontro e logo um barulho vindo do meu estômago me lembra do jantar. Caminho então pelo corredor logo depois de vestir novamente a minha roupa interior e a sweatshirt de Ace. Esta fica mais próxima a um vestido que outra coisa batendo na metade das minhas coxas, mas mesmo assim confortável.
   Encontro Ace deitado no sofá, apenas de calções, a ver uma série qualquer na televisão. Como um hímen, os seus olhos param em mim e um sorriso preguiçoso surge nos seus lábios contagiando um nos meus.
   — Que horas são? — sento na borda do sofá perto do tronco forte de Ace. Involuntariamente o meu indicador delineia a rosa tatuada no seu peitoral esquerdo. As mãos dele acariciam a minha cintura levemente.
   — Já passa da meia noite, linda, não te quis acordar. Tens fome?
   — Sim, tu jantaste?
   — Fiz lasanha e comi um pouco. Já deixei um prato no microondas para ti, imaginei que fosses acordar esfomeada. — ele encolheu de leve os ombros. Assinto sentindo um certo calor no peito me atingir por ele estar a cuidar de mim. Nunca tive muito disso nos orfanatos em que andei toda a minha vida por Chicago... Logo depois de aquecer a comida sento-me no sofá ao lado do moreno tatuado. Ele já tinha colocado no play continuando a ver a série.
   — Que série é? — pergunto mas logo tenho a resposta quando Sam Winchester aparece na tela.
   — Supernatural.
   — Sim, eu já assisti. Dean Winchester é realmente uma obra de arte! — afirmei. Acho que qualquer pessoa com um pouco de noção concordaria comigo!
   — Não acho nada demais. — Ace resmunga e posso sentir o mau humor na sua voz.
   — Nada demais?! Dean é tudo demais!
   Ace não comenta mais nada e acabamos por assistir o resto do episódio em silêncio. Algures antes do fim o moreno tatuado passa a mão num lento vai e vém pelo seu peito e abdominais desprovidos de roupa. Foi algo tão involuntário mas tão quente que senti o meu corpo formigas nos locais certos. O meu olhar queima na pele branca e escrita de Ace e ele sente-o, tanto que as suas íris âmbar são atraídas pelas minhas.

Ace

   O verde dos seus olhos brilha como fogo e puta que pariu a beleza da mulher sentada aos meus pés. Consigo perceber que o desejo o consome. Os lábios carnudos estão brilhantes e entreabertos convidando os meus pensamentos mais pecaminosos. Imagino-me a foder-lhe a boca até ela engasgar e ela percebe quando a minha ereção salienta nos meus calções desportivos. Os seus olhos percorrem todo o meu corpo até pararem lá, e mais uma vez o meu pau pulsa quando ela lambe os lábios. Agarro na ereção, ainda sem desviar a atenção de Zara e tento fazer um pouco de fricção para aliviar.
   — Eu sei que queres provar, baby...
   A morena então arrasta-se para mais  perto e liberta-me dos calções rapidamente. A tensão sexual é de novo de cortar à faca e consigo sentir o coração na garganta em expectativa. Fecho os olhos e respiro fundo a fim de me acalmar mas é então que sinto o toque quente da língua de Zara na cabeça do meu membro.
   — Puta que pariu caralho de boca deliciosa... — solto um murmúrio sofrido quando ela engole toda a minha ereção de uma vez e chupa com vontade. Abro os olhos quando sinto ambas as suas mãos me agarrarem na base e então tenho uma visão que quase me faz vir. Zara encara-me, os nossos olhares conectados, quando ela sensualmente desliza a língua pela minha fenda sorvendo algumas gotas do líquido leitoso que já ali estavam.
   Foda-se esta mulher vai ser a minha perdição...
   E então não me contenho mais, com o coração acelerado e a respiração errática agarro num punhado dos seus cabelos caramelo e fodo a sua boca sem dó. Ela geme e crava as unhas em mim incentivando-me a mais.
   — Vira-te! De quatro! — ordeno, extasiado, e assim que ela se começa a virar pego-a e viro-a com toda a força deixando um estalo na nádega direita ao qual ela geme. A minha sweatshirt que ela veste subiu revelando os seus seios deliciosos.
   — Gostosa do caralho — rosno e rasgo o pequeno tecido que me impedia de sentir o seu sexo. — Não rasguei à primeira, é à segunda!
   — Ace... por favor... — ela lamuria-se quando a torturo com os meus dedos na sua umidade.
   — Diz, baby, diz o que queres...
   — Eu quero que tu me comas... com força...
   — Porra! Caralho — penetro-a sem dó, com força e sem piedade, fazendo-a gemer alto. E quando sei que ela está quase no ápice acelero, para libertação dos dois. Zara não demora a desfazer-se em espasmos e tremores nos meus braços e eu sigo-a caindo por cima do seu corpo suado e exausto.
   — Namora comigo.
   Ela nada diz. As nossas respirações mal haviam abrandado e a ideia escapa pelos meus lábios. Era algo que eu vinha a pensar fazia uns dias mas sempre coloquei a etiqueta de "ridículo".  Não pensei realmente dizê-lo em voz alta, pelo menos não em muito tempo, e agora no calor do momento sai da minha boca assim?
   Eu não namoro, nunca namorei e nunca pretendi namoras. Nem sei como isso se faz e aqui estou eu, a dizer duas palavras que nunca imaginei saírem da minha boca.

não se esqueça de deixar uma estrelinha para ajudar o livro a crescer :)) obrigada

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