nineteen

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AVISO IMPORTANTE
olá lindxs, tudo bem? eu lancei aqui uma nova obra, A Face Oculta da Escuridão, que vai ficar incrível!!! eu estou a escrever ela com uma amiga, e estou muito orgulhosa! então fazemos assim: se a obra chegar a 5k de leituras lanço o primeiro capítulo. caso a meta não seja cumprida posto quando Tatuagens acabar, combinado?
bom, beijos e boa leitura!

Depois de uma longa conversa com Hendrix acabo por ficar a limpar as coisas do bar junto de Carter, uma mulher de vinte e seis anos que trabalha aqui há quatro anos. Ela dá-me algumas indicações e ensina-me onde fica cada coisa. Quando a vi pela primeira vez, com o cabelo preto pelos ombros, maquilhagem sombria e tatuagens, não imaginei a pessoa amorosa que está por detrás. Mas é sempre assim, não é verdade? Por mais que não julguemos um livro pela capa, vai sempre acontecer mesmo que inconscientemente. Já são quase três da tarde e o bar aos poucos vai tendo alguma clientela. Nada demais, mas o pico costuma ser mais ao fim da tarde e de noite. Concentro-me em organizar as garrafas de bebida que já usámos e arrumar alguns copos que Carter acabou de lavar quando Sawyer aparece.
— São três canecas de cerveja e um whiskey com gelo e limão. Mesa 13 — pede e volta a desaparecer.
— Tu tratas das canecas e eu do whiskey! — avisa Carter movendo-se agilmente pelo pequeno espaço e eu assinto. Encho as três canecas meio atrapalhada mas no fim carrego na campainha ao nosso lado para avisar que as bebidas estão prontas. John, o outro empregado, aparece colocando tudo numa bandeja.
— Mesa 13, John.
   — Na mesa 13, estão uns rapazes bem bonitos, não achas? — Carter comenta, com um certo tom malicioso na voz. Reviro os olhos e sorrio. Estamos no trabalho, não quero focar-me em mais nada sem ser nisso!
   — Não sei, estão?
   — Oh sim, e aquele com tatuagens? Muito o meu género! Ele parece ser mesmo do tipo que parte o coração de todas as que passam na cana dele, tem ar de mau! — ouvir as palavra de Carter suscitou-me uma certa curiosidade e levanto a cabeça. Não é tal a minha surpresa quando me deparo com Paul Jones, Kristen Heathrow, Owen Patrickson, Valentina Michaels e, sem tirar nem pôr, Ace Braden James.
   — Nunca os tinha visto por aqui, o Sawyer parece conhecer. — aponta para Lewis que conversa animadamente com eles, deixando completamente o seu turno de lado — Tu conheces?
   — Eu? Ahm... sim, eles são lá da faculdade. — respondo simplesmente. Um homem de meia idade encosta-se ao balcão e corro para atendê-lo. Quando acabo volto para mais perto de Carter.
   — Então podes me apresentar o das tatuagens? — NÃO! Não me parece que vá acontecer. Quer dizer, porque não? Eu e ele não temos nada, ele está solteiro... eu não devia sentir-me assim! Cogitar a ideia de apresentar Ace para Carter deixa-me com um nó na garganta e uma sensação quente nada agradável no estômago.
   — Bem, eu não sei. — respondo desajeitadamente.
   — Como não sabes? Vocês não se conhecem?
   — Sim, mas nós éramos-
   — Eram namorados? Vocês são exs?  — Carter enche-me de perguntas às quais eu não sei ainda de quero responder.
   — Não, nós não namorámos mas-
   — Foderam?
   — Não! — respondo um pouco mais alto, surpresa com a pergunta. Sem filtro aqui, já percebi. — Quer dizer, sim, mas não é isso... é complicado.
   — Já percebi, já percebi. — Carter ergue as mãos em rendição e sorri abertamente. — Tu gostas dele, mas gostas mesmo.
   Solto uma risada leve enquanto vou atendendo alguns clientes. — Estás enganada, Carter.
   — Está mais que claro, Zara. Tu podes não ver, mas só o facto de teres ficado toda nervosa com a insinuação de eu e ele sairmos já diz muita coisa. — ela acaba de atender duas mulheres loiras e vira-se para mim, colocando ambas as mãos nos meus ombros. — Não faço ideia do que se passou entre vocês, mas pensa no assunto.
   Será que Carter tem razão? Quer dizer, eu praticamente recusei o pedido de namoro do Ace, não só por achar que não tenho sentimentos por ele, mas também por saber que ele o disse no calor do momento. Posso estar mesmo a gostar dele? Eu realmente sinto todas aquelas coisas, do frio na barriga, as borboletas, aqueles travo amargo quando vejo com outra mulher e mais que tudo saudade... Eu não devia, não devia gostar dele porque todos sabemos, Ace Braden é só um playboy, não aguenta muito tempo com uma única mulher e mais cedo ou mais tarde vai partir o meu coração... Se calhar eu não devia nem me ter deixado levar naquele nosso jogo.

   Saio da minha onda de pensamentos com a vibração do meu telefone no bolso. Pego nele vendo mais uma mensagem.

   "Queres que te vá buscar quando acabares o turno?" 15:56

   Romeo... não sei o que vou fazer em relação a ele, ou melhor, não sei como... mas para já, preciso tempo para pensar e sair com um bom plano. Então guardo o aparelho no bolso do meu avental de novo e suspiro, voltando ao trabalho.

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