five

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Finalmente atualizei!!!! Peço desculpas pela demora mas acho que agora vai!


Sento-me na relva, ao lado do Ace, e fecho os olhos apreciando os raios de sol a beijar a minha pele. Obrigo-me a limpar a mente e a apreciar o local à minha volta ainda que tenha sido trazida pelo Ace.

   — É realmente muito bonito — digo referindo-me ao local.

  Ele encolhe os ombros e inclina a cabeça para trás observando o céu antes de responder.

   — É.

   Os seus olhos claros estão vidrados na imensidão azul em cima de nós e o seu maxilar forte e delineado está contraído, sinal que não quer conversar neste momento. Ao mesmo tempo que se mostra tenso, o Ace está com uma postura de tranquilidade e não consigo deixar de me sentir curiosa quanto a ele. Esta sua faceta misteriosa faz-me querer saber tudo sobre ele e desvendar as suas conquistas e desavenças.

   — Ah, entendi... — digo sem saber ao certo o que responder. Um silêncio não muito confortável paira entre nós por uns instantes até que ele suspira captando de novo a minha atenção. Observo-o levantar-se e tirar a t-shirt preta. Ele vira-se para mim olhando-me nos olhos com um olhar de pura luxúria e estende-me a mão para que eu a alcance.

   — Vamos? — ele pergunta e eu franzo o sobrolho. Não é possível que ele queira ir nadar ao rio agora! Nem tenho roupas de banho e aposto que ele também não!

   — Queres ir aonde?

   Ele solta um suspiro em forma de gargalhada e sorri de lado desviando por um segundo os seus olhos claros dos meus. Quando os nossos olhares se voltam a cruzar sinto um arrepio na espinha, um brilho ronda as suas íris âmbar que acompanha o sorriso doce que me lança.

   — Nadar, vamos! — nego. Eu não vou entrar naquele rio só de roupa interior, muito menos com ele ao meu lado!

    — Anda lá Zara, está calor! — ele insiste. — Vais dizer-me que preferes ficar aqui a queimar à torreira do sol?

    É um facto, está muito calor (muito mesmo) e nem sequer uma brisa há para arrefecer o tempo abafado. Provavelmente se eu ficar aqui ao sol vou acabar por apanhar um escaldão terrível e vou ficar a parecer uma lagosta! Por outro lado, não me agrada nada a ideia de ficar em roupa interior à frente de Ace Braden. Por mais que eu me tenha permitido relaxar hoje e baixar um pouco a guarda em relação a ele continuo a não querer ultrapassar algumas barreiras. E esta é uma delas. Não me quero dar ao luxo de fazê-lo achar que tem alguma chance comigo caso eu aceite ir para o rio.

   — Não temos roupa de banho. — aponto.

   — Mas tens roupa interior! — ele esboça um sorriso malicioso e discretamente analisa o meu corpo reclinado na relva. Tarado! — Certo?

   Reviro os olhos e suspiro. Não há salvação para este rapaz! Acho que sempre será um playboy perverso!

   — Certo Ace! Mas eu não vou ficar de roupa interior contigo!

   Mais uma vez ele solta uma risada que aquece o meu interior de alguma forma.

   — Qual é o problema baby? Tens vergonha? — um sorriso trocista toma conta do seu semblante.

   — Eu? Não!

   — Então o que se passa, linda?

   Não me sinto à vontade, essa é a verdade. Talvez para o Ace seja banal ver uma mulher nua (ou de roupa interior) mas para mim não é. Claro que já estive em situações íntimas antes e não é como se eu fosse uma puritana qualquer mas os únicos dois rapazes que me viram desprovida de roupas eram meus namorados na época. Eu sempre fui tímida em relação ao meu corpo e, sinceramente, nunca tive muito amor a ele; mas eu não gosto de ser desafiada nem gosto que façam pouco de mim. Uma parte de mim grita para que eu mostre a este rapaz que eu não estou minimamente intimidada ou envergonhada mas a minha parte tímida não consegue evitar avisar-me para não tirar as roupas.

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