Um novo começo.

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Cinco dias haviam se passado desde que voltamos da lua de mel. As coisas estavam melhores do que eu imaginava que poderiam ficar. Sophie ainda implicava com Joel o tempo todo. Ele ainda tentava mandar em Sophie, mas sabia que era em vão. Em resumo, nossas manhãs eram sempre cheias de provocações e risadas e eu estava adorando que isso estava virando uma rotina.

No primeiro dia – o dia da grande confusão entre Erick e Sophie – fiquei um pouco confusa sobre onde dormir. É claro que eu e Joel dormimos na mesma cama todos os dias da lua de mel, e mesmo ele dizendo que nada mudaria, ainda sim estava receosa.

FLASHBACK ON

O quarto que tinha sido definido para ser meu ficava no começo do extenso corredor, e o de Joel no final. Abri a porta do primeiro quarto e encontrei uma cesta com flores e toalhas. Eleanor tinha feito isso. Abri um sorriso no momento em que vi uma carta escrita à mão.

"Querida Ally,

Espero que tudo tenha dado certo na Lua de Mel. Espero também que vocês não tenham se matado. Seja feliz. Com carinho,

Eleanor."

— O que é isso? — Joel estava parado no batente da porta com os cabelos bagunçados e os olhos quase fechados de sono.

— Eleanor escreveu —  Entreguei a carta para ele — Disse que esperava que a gente não tenha se matado na lua de mel. Ele soltou um riso sincero após ler a carta. Colocou-a em cima da penteadeira e caminhou até mim.

— Você pode dizer que a gente se matou de fazer outra coisa... — Dei um tapa de leve em seu braço e ele fingiu dor, mas riu logo em seguida. Ele entrelaçou sua mão a minha e me puxou em direção a porta. O olhei confusa e ele deu os ombros.

— O que foi? — Perguntou sem entender a minha confusão — Você acha que vai dormir aqui? Fiquei em silêncio e ele entendeu a resposta. —  Allyson, nós dormimos na mesma cama por dias e eu ainda não me cansei disso. Espero que você também não. Então por favor, dorme comigo? 

Caminhei até ele — que estava parado próximo a porta —, fiquei na ponta do pé e dei um breve selinho em seus lábios. Suas mãos automaticamente foram até minha cintura, me trazendo mais para perto. Sabia o que ele estava fazendo, e mesmo querendo muito, tinha outra coisa para fazer.

— Joel? — Disse terminando o beijo — Preciso conversar com a Sophie. 

— Agora? — Ele rolou os olhos e eu assenti — Você pode dizer para ela que o Erick é...

— Um cachorro, sem vergonha e que ela não pode ficar com ele e nenhum dos seus amigos? —Completei e ele me olhou sério, mas com uma expressão leve — Acho que isso ela já sabe, amor.

Ele soltou uma risada graciosa. Desceu as mãos até a minha bunda e deu um leve tapa na região. 

— Tudo bem, amor. Te espero no quarto.

O quarto de Sophie ficava no meio do corredor, entre o que era para ser meu e o de Joel. A porta estava fechada, mas eu sabia que ela não estava dormindo. Deveria estar xingando Joel pela vergonha que ele tinha feito ela passar. Bati duas vezes na porta e nenhuma evidência de que ela iria abrir.

— Sophie? — Disse batendo mais uma vez — Erick voltou e quer falar com você. 

Não passou três segundos e ouvi o barulho da chave, destrancando a porta, mostrando uma Sophie toda ofegante e nervosa por imaginar que Erick realmente estava ali. Assim que me viu, tentou fechar a porta, mas eu coloquei a mão entre ela e fiz um pouco de força para abri-la. 

— O que está acontecendo com você? — Questionei fechando a porta para que Joel não ouvisse o que íamos conversar. 

— Agora você quer saber? — Retrucou — Porque antes não quis. Apenas deixou o seu maridinho presumir coisas a meu respeito. 

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