Viciados em Drama - Livro 1

Aniversário de Surpresas

Sábado, 16 de agosto. 

Douglas vai comemorar seu aniversário com seus amigos em uma pizzaria em Copacabana. Na verdade, nem todos são seus amigos, mas seus amigos convidaram alguns conhecidos seus e Douglas não viu problemas neles irem.

O Aniversário de Douglas, na verdade, é dia 11 de agosto, mas esse dia foi segunda-feira, ele não queria fazer nada na segunda, preferiu deixar para comemorar no sábado. Mas os presentes, ele recebeu durante a semana. Sua mãe deu uma enorme TV para ele e seu pai deu uma boa quantia de dinheiro para ele comprar o que quisesse. Nicolas apenas falou parabéns, Valerie deu um conjunto de canetas que permitem apagar com uma borracha. Emma deu uma blusa com as inscrições que ela achou que refletiam bem a realidade, apesar da baixa autoestima de seu namorado: " I'm ugly, but my girlfriend says I'm cute". Quando ele recebeu a blusa, os dois riram, beijaram-se. O amor correspondido é a melhor coisa que pode existir.

Douglas vai pagar o jantar no sábado, mas no momento está tomando café com seus pais. São 09h54, antes de dar mais uma mordida em seu pão de queijo ou tomar um gole de seu café com leite, Douglas recebe uma ligação. Ele estranha ao ver o número, mas atende mesmo assim.

_ Douglas, você sabe alguma coisa da Carmem?

_ Desde quinta-feira, eu não vi mais ela, Jean. Aconteceu alguma coisa?

_ O pai dela achou drogas no quarto dela na quinta. Ele bateu nela e por isso que ela não foi na sexta. Parece que ela fugiu de casa, ele me ligou perguntando se eu sabia onde ela tava.

_ Eu não sei nada, cara. Se eu souber de alguma coisa, te aviso.

_ Até mais tarde.

_ Até.

Douglas desliga o celular e volta para a mesa para terminar o café com seus pais. Sua mãe tem uma pergunta:
_ Quem era filho?

_ Um colega da escola. O pai de uma menina encontrou drogas no quarto dela, bateu nela e ela fugiu de casa.
_ Você conhece essa menina, filho? _ Pergunta Mário ao filho.

_ É a Carmem.

_ Meu Deus! Ela te ofereceu droga alguma vez, filho? Você já usou? _ A mãe de Douglas fica assustada e surpresa.

_ Nunca, mãe. E nem vou, nem quando eu tiver mais velho. Drogas nunca pra mim.

 _ E o Nicolas? Ele tá sempre aqui por casa.
_ Ele já teve os problemas de álcool dele, mas ele nunca usou drogas, pai.
_ Fico com pena da família dela, mas eles não deveriam tentar resolver esse problema com agressão física.
Nesse momento, os pais de Douglas começam a conversar entre si, como se ele não estivesse lá:

 _ Quem somos nós pra julgar? Não sei o que eu faria se o Douglas caísse nesse mundo, Eliana.

_ Tratamento é a palavra-chave, Mário. Ir em busca de tratamentos, psicólogos e se nada disso der certo, um centro de reabilitação.
 _ Você até que tem razão.

_ Claro que sim. Douglas se você passasse por qualquer coisa assim, eu morreria. Mas caso aconteça qualquer problema, se você precisar de ajuda, nós somos seus pais e você sabe que pode contar com a gente. Nós vamos te ajudar a superar qualquer coisa.

Douglas, nesse momento, engasga-se e fala:

_ Não tenho nenhum problema e eu sei que posso contar com vocês, mãe, pai. E eu aprecio muito vocês pagarem toda a conta da pizzaria hoje.