Vilões: Íncubu

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Pode nos chamar de vilões se quiser, mas não somos um grupo de idiotas querendo dinheiro e jóias, queremos a paz e um mundo melhor, mesmo que para atingir esse objetivo seja necessário causar um pouco de dor e sofrimento. Pois no fim, valerá o sacrifício.

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Olá, eu sou o Viajante, alguém que ajuda Thomas com esses relatos e vi que devido aos acontecimentos futuros, seria bom conhecer uma pequena origem de nossos heróis. Herói... Uma palavra com um significado tão bonito e que sempre esteve presente de maneira mais negativa do que positiva na vida de Thomas e os outros.

Vamos começar com alguém que para falar a verdade nunca quis ser um herói, ou melhor, heroína. Mas para entender isso, teremos que passar por uma figura um pouco vilanesca, um caso interessante do bem surgindo através do mal.

Estamos no começo de novembro, quase 19 anos antes de Wendy entrar no mundo oculto. Posso dizer que o clima já começou a esfriar, visto que as 7:30 da noite um homem esbelto está agasalhado, enquanto corre pela floresta, abusando de sua velocidade e agilidade que deixariam até o maior dos atletas de boca aberta.

Sua missão havia sido dada e tudo já havia sido planejado, ele iria em linha reta na maior parte do tempo e assim que se aproximasse do meio urbano, sairia da floresta e passaria para estrada. Sem os inconvenientes da mata, o homem pode aumentar a velocidade e correu a cerca de 100 km/h por alguns minutos ao lado da estrada sem muita iluminação, onde enxergava tudo com seus olhos vermelhos e brilhantes.

Pouco depois, ele já havia chegado perto o suficiente do objetivo, então diminuiu. Agora, apenas andando rápido e usando um chapéu para cobrir seus chifres que se pareciam com os de um bode, passava por pessoas que apenas o estranharam um pouco. Pouco depois, viu algumas casas simples e outras mais aconchegantes, até que chegou ao destino, uma bonita casa de 2 andares, sabendo que os próximos segundos seriam o pior da noite.

O homem foi para o lugar mais "reservado" que conseguiu achar por ali e tirou o seu sobretudo, onde foi possível ver uma cauda de aparência demoníaca e com uma seta afiada na ponta, enrolada em sua cintura. Aquele homem não era alguém comum e sim um ser de outra dimensão, uma coisa que os humanos chamariam de "demônio". Um equívoco na verdade, ele era um íncubu.

Fazendo uma prévia expressão de dor, tirou do bolso uma aliança e a pôs em seu dedo, mas ao colocá-la, começou a se contorcer pela enorme dor que a cauda e os chifres causavam ao "entrarem" em seu corpo. Acontece que o anel era na verdade um dispositivo vindo de uma civilização séculos mais avançada do que a humana, que ira "transformá-lo" em humano, mas sem anestesia.

— Argh! Maldita tecnologia de modelagem de DNA... — O homem esbravejou baixo e respirou algumas vezes. Agora tinha uma aparência humana, com pele em tom claro, traços formosos e um cabelo liso muito escuro em tamanho médio, mais seu corpo esbelto. Mesmo sem seus chifres, ainda estava "irresistível" para a missão.

Se certificando de que não havia ninguém na rua, pulou o portão, agradecendo em silêncio por não haver cães ali. Aqueles seres estavam na sua lista de inimigos... Os "malditos" odiavam seu cheiro e ficavam loucos para atacá-lo. Por outro lado, as fêmeas, assim como mulheres humanas, adoravam.

Rapidamente foi até a porta e parou por um momento, se sentindo um espião ou algo parecido. Até que soprou uma pequena quantidade de feromônios dentro da casa, por baixo da porta e pouco tempo depois a mulher que estava sozinha, abriu a porta se peguntando quem poderia ser.

— Olá Martha... — Ele disse de maneira sedutora para a mulher que lhe foi designada. Uma jovem com uma beleza quase incomparável, uma saúde de ferro, mais forte do que a média das mulheres, de boa estatura, entre algumas outras coisas.

Livro 2 - Os VerdadeirosOnde histórias criam vida. Descubra agora