26 - Cheirinho de Pão

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Wendy estava coberta pela energia e seu cabelo em rabo de cavalo levitava no ar, enquanto os músculos cresciam e se definiam.
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Na manhã seguinte, Peter e eu estávamos no ônibus indo para a escola, quando notei em uma curva próxima de um abismo, que novas construções começavam a brotar na cidade ao longe, o que me distraiu por um minuto, até que um delicioso cheiro de pão assado vindo de algum lugar chamou muito a minha atenção.

Pensei que não houvesse padarias por ali, deveria ser uma nova para facilitar a vida de quem morava mais longe. Da minha casa, deveria ser menos de 15 minutos a pé, por um atalho, o que seria muito útil tempos antes, mas como Skyler ia literalmente voando comprar de vez em quando, não era mais tão útil assim.

— Cheirinho de pão... — Suspirei agraciado e no segundo seguinte, o ônibus bateu de forma violenta e muito inesperada.

Na mesma hora tive o reflexo de apoiar as duas mãos no banco da frente para não me machucar, enquanto Peter por ser todo ele, estranhamente deu um soco forte o suficiente para se proteger. A batida aconteceu em um simples instante, mas o tempo foi suficiente para vários voarem e alguns até se machucarem um pouco.

— Tá todo mundo bem? — A ruiva que não estava no meu campo de visão, veio do fundo e se sentou atrás de nós, tomando o lugar de um garoto que estava no chão, se levantando. É claro que a "amazona" não havia se machucado.

— Claro, mas o que houve? — Perguntei ao não ver outro veículo, enquanto o motorista se pôs de pé, vendo que todos pareciam razoavelmente bem.

— Todos fiquem calmos e deixem o veículo. — Antes dele completar, vi algo rápido passar na janela. Algo rápido e meio transparente, o que me confundiu. Por sorte, Wendy era a pessoa do raciocínio rápido.

— Ninguém sai! — Ela avisou e todos estranharam, até que o ônibus sacudiu e todos se assustaram, o que fez alguns até gritarem.

— O que é isso?! — O motorista tentou olhar pelo vidro da frente e não viu nada, até que um outro grande impacto veio da frente, balançando o ônibus e fazendo o homem cair devido ao susto e o solavanco.

— Cães infernais? É sério isso? — Me virei para Peter.

— Aqueles cachorrões invisíveis?! — Wendy se assustou. — É a vingança dos ETs, eu avisei que até o final da semana alguma coisa grande ia acontecer.

— Tem coisa errada, eles não são fortes assim... — Peter olhou sério para os lados e se levantou para olhar rápido o vidro do fundo, voltando após outro impacto vindo do fundo do ônibus. Algo tão forte que fez alguém cair e as meninas gritarem.

— Viu alguma coisa? — Wendy perguntou.

— Tem alguém quase invisível, dando super socos no ônibus.

— É outro inimigo. — Completei e sentimos um impacto bem mais forte vindo da frente. Algo que até fez o ônibus começar a virar e todos se desesperarem.

— Eles querem jogar a gente no barranco! — Wendy constatou com outro impacto, dessa vez vindo da frente do ônibus.

— Alguém com super força, disposto a matar uns 40 para tentar nos matar? Eu não acho que os triclóides fariam isso, eles querem o colar. — Logo observei.

— Melhor sairmos. — Peter se levantou e um forte impacto na lateral.

A gente vai morrer! — Alguém gritou lá do fundo.

AHHHH!!! — Muitos gritaram e Wendy olhou para mim, pensando rápido. A súcubu colocou os dedos embaixo da língua por alguns segundos e os passou em alguns bancos no fundo, correndo de volta para a frente.

Livro 2 - Os VerdadeirosOnde histórias criam vida. Descubra agora