— Nesta guerra santa, conhecimento é o nosso escudo e a fé é nossa espada.
________________________________________Grace ainda lutava com o padre no escuro, onde sabia que poderia derrotá-lo em uma situação normal, mas com o inimigo portando uma faca, era muito mais difícil aplicar golpes certeiros em determinadas regiões do corpo. Um puxão de braço e um tapa ou soco em seu rosto... Era apenas isso o necessário para desestabilizar seus olhos astrais, então não podia se arriscar.
— Largue essa faca. Me enfrente de igual para igual. — Grace pediu.
— Não mesmo. — O padre investiu e Grace desviou, onde continuaram girando.
De repente, Grace viu que quando o padre se desestabilizava emocionalmente, sua aura se intensificava e era possível ver melhor a faca. Assim, começou a provocá-lo com críticas e piadas a respeito de quão louca era aquela organização religiosa.
— E por último, como vocês conseguem cortar a cabeça de crianças e no domingo seguinte fazerem pose de bons moços na missa? Que tipo de homens vocês são?
— Homens dedicados a livrar o mundo de abominações como você! — Uma investida fatal direto na garganta de Grace foi imposta, porém tanto a mão como a faca eram bem visíveis aos seus olhos astrais. A clarividente desviou e pela primeira vez pôde enfim segurar rapidamente a mão e acertar um forte golpe certeiro.
— Pulso deslocado. Isso deve doer bastante, ainda mais para um homem velho. Eu ainda não esqueci as coisas que você disse, mas vou abdicar da minha vingança e me segurar até tudo estar bem, tenho crianças para salvar.
— É mesmo, você não sabe... — O padre sorria em meio aos gemidos. Durante a sua juventude foi acostumado a sentir dor, mas estava fora de forma.
— O quê? — Grace notou uma mudança na aura do homem. Um tom escuro cobrindo o vermelho e o enegrecendo cada vez mais.
— O Anticristo está morto. Eu mesmo o matei.
— Eu imaginei. — Grace permaneceu fria.
— Não vai lamentar? — O padre se surpreendeu.
— Não, tenho coisas mais importantes para fazer.
— Realmente uma mulher desalmada. — O padre ficou até sem jeito. Seria tão fácil gerar outro? Ou seria por ela ter "todo o tempo do mundo"? Rapidamente tirou o pensamento da cabeça, girou e levantou a perna para um chute, porém Grace a agarrou e girou junto para arremessar o homem no chão.
— Eu ainda vou me vingar, Samuel... E você nem mesmo saberá o motivo. — Grace foi até o padre e arrancou seus óculos, o fazendo se debater. Ela então o socou bem no nariz e batendo sua cabeça. Agora era sair dali e procurar os outros.
Enquanto isso, Thomas corria pelos corredores, procurando a saída. Já havia levado 6 homens ao chão, com golpes que renderiam semanas no hospital. Por fim, chegou a uma saída que o levou a um gramado próximo a mata. Estava um pouco frio e não muito escuro devido a iluminação da área, mas tudo estava silencioso e sombrio.
— Agora virou um jogo de terror, é? Mas nesse aqui eu uso hack! — Ele logo captou sons com sua audição aguçada e correu para uma outra entrada do lugar.
— Ei, garoto... — Victor estava ofegante, descansando próximo a entrada de um outro "porão", quando viu Thomas pular um muro de 3 metros de altura e cair com um forte impacto ao seu lado. Havia um homem assustado e amarrado com cipós ali, mas Thomas nem parou para pensar nisso.
— Você saiu ou estava querendo entrar?
— Querendo entrar... Meu corpo ainda não reage direito... E não tenho mais idade pra isso. Tem horas aí? Temos que encontrar a Grace e um relógio. — O homem baixo passava a mão no peito através da camisa de flanela
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Livro 2 - Os Verdadeiros
Science FictionMesmo com problemas no caminho, Thomas, Peter e Wendy provaram que vieram para serem heróis nesse novo mundo de seres poderosos, enfrentando monstros, alienígenas e o que viesse pela frente. Apenas não contavam que um inimigo humano estava observand...