08 - Reagindo

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O grande jato de fogo que Peter produziu, engoliu e arremessou os homens através da vidraça.

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— É o brownie! Já estão aqui! — Thomas se assustou.

— Isso foi na cozinha, a sala de jogos é pro outro lado, corre! — Wendy puxou Peter, que deixou uma bola de fogo "flutuando" na direção contrária a que corriam, e o jogou na frente, o surpreendendo com sua força.

Ao entrar no corredor, o elemental extendeu e acendeu a mão direita com uma forte chama. Eles então passaram pela sala de estar e no outro corredor, uma granada de luz vinda do nada, explodiu, prejudicando mais Peter e Wendy.

Por reflexo, o elemental lançou uma forte jato de fogo que incineraria tudo até a parede, cerca de 6 metros a frente, mas Roman não estava de frente e sim ao seu lado. O guerreiro rapidamente levantou o punhal em forma de cruz, rasgando o braço de Peter, o fazendo gemer e criar uma fogueira com o outro, não deixando o ataque continuar, mas ao se afastar, o guerreiro deixou o peso cair sobre o forte braço direto e passou uma rasteira no jovem, que ainda nem havia visto o inimigo.

Roman então avançou, fazendo um corte profundo na barriga de Wendy, que sentiu uma dor tão forte que até gritou. Depois, agarrou a pequena, enquanto analisava a situação. Ele não tinha balas ou tranquilizantes, então teria que se esforçar para não matar os filhotes. Aquilo seria tão fácil, bastava ter apunhalado o garoto pescoço e a garota no coração, depois iria de frente contra o sumido demônio selvagem.

— Se rendam ou a pequena morre, isso não é uma brincadeira. — Roman fez um corte no ombro da refém, a fazendo gritar. — Voltem para a sala de jantar e se entreguem aos homens no jardim. — Ele mantinha a lâmina no pescoço de Karin. Sabia que os outros não o enxergavam, mas não iria se arriscar.

— Espera! Ai... Por que vocês estão fazendo isso?! — Wendy tentava não demonstrar fraqueza. Aquilo ardia bem mais do que deveria, então começou a temer um veneno. Por outro lado, tinha que fazer alguma coisa... Então começou a respirar de forma pesada para seus feromônios agirem.

— Ai! — Karin gritou ao ter seu braço direito cortado pela lâmina.

— Nem tente, demônio da perdição. Sinto seu encanto, mas não funciona. Já lidei com mais poderosas do que você, tenho uma mente forte o suficiente para resistir a isso. — Roman se gabou e Wendy lembrou do que Grace disse. Seus feromônios eram fracos em comparação aos de uma súcubu comum, sendo que naquela situação seria melhor não ser uma "súcubu de ataque".

— Tá legal, tá legal. Só não machuca a Karin. — Apesar de não estar enxergando, Wendy sabia que Thomas havia sumido, então só restava torcer para que ele fizesse alguma coisa. — Só me diz...

— Ah!!! — Karin gritou ao ter seu braço direito perfurado pela lâmina de prata.

— Vão! Agora! E sem gracinhas... Você vai na frente, infernal. — Roman Falou com Peter, que apenas estava esperando uma oportunidade.

Mesmo de olhos ainda fechados devido a granada, podia se situar e já sabia onde Wendy e o homem estavam, mas se disparasse uma rajada de fogo, Karin seria a primeira a se queimar, aquilo seria difícil.

— Tá legal... — Peter resmungou, enquanto pensava rápido em uma saída.

A sala de jogos estava atrás dele... Se eles estavam em certa parte do corredor, o homem surgiu pela frente, o que faria o brownie... Exatamente. Já havia pelo menos outra pessoa na casa, uma que obviamente estaria usando óculos visão noturna, como aquele "cara da faquinha" com certeza estava usando.

Livro 2 - Os VerdadeirosOnde histórias criam vida. Descubra agora