11 - Uma Nova Chance

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— Acha que pode me vencer, garoto? — O homem baixou seus óculos especiais e pude ver melhor seu rosto.
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— Não sei como vocês aguentam comer tanto bolo. — Karin não aguentava mais.

— Isso é porque você é pequena. Temos corpos maiores, né. — Wendy sugeriu.

— Especialmente o Thomas. — Peter não perdeu a chance, mas olhamos para Grace, que parecia ter tido uma queda de pressão.

Até que no segundo seguinte, ela respirou pesadamente como se tivesse lutado para emergir da água, olhando assustada para os lados em um desespero tão grande que derrubou seu copo de suco.

— Barreira! — Ela disse desesperada e vimos luz e escuridão se formar a nossa volta e ouvimos um som alto, uma bala vinda da vidraça foi parada pela energia negra e metálica de Matt após atravessar a luz solidificada de Dave.

Devido aos níveis de habilidade, a escuridão formou uma barreira densa no lugar certo e a luz formou um escudo envolta da mesa inteira. Por sorte, Matt pensou rápido e pôs sua escuridão no melhor lugar possível. Aquilo poderia acertar alguém.

— Ataque! — Wendy reagiu e Peter ficou em alerta, já eu, fiquei sem saber o que fazer. Apenas olhava para Grace respirando pesadamente e tossindo.

— Vários naquela direção. Tome cuidado, são profissionais que podem capturar até você, mas são humanos. — Grace apontou para o jardim e Matt se levantou na hora em que a luz apagou. Por sorte, a luz de Dave estava ali para enxergarmos.

— Tudo bem. — Matt se dirigiu a porta de vidro e saiu, enquanto Dave "cortava" o seu escudo e fazia 3 camadas na frente da vidraça. Aquilo deveria bastar.

— Duas pessoas paradas na entrada e mais 4 na saída... Estão irradiando confiança e um pouco de maldade, eu cuido disso. — Dave estava de olhos fechados e movia a cabeça para os lados. — Peter, você e Wendy cuidem da entrada, Thomas pode ficar com Grace e Karin. Descanse, você não está bem. — Ele segurou as mãos da nossa mentora e tentou fazê-la se acalmar.

— Eu vou ficar bem, só preciso de 2 minutos. — Ela baixou o rosto, tentando parar de chorar e agarrou o braço dele. — Não vá, você é o alvo. Deixe os outros irem, podem vencer se souberem dos detalhes.

— Detalhes? — Peter perguntou.

— Eles não tem intenção de matar vocês, apenas o Dave. Estão usando armas com tranquilizantes, facas e punhais.

— Então deixa com a gente. — Peter foi se levantando.

— Eu posso cuidar disso. — Dave se prontificou.

— Eu não quero perder você também! Não de novo! — Grace segurou o choro e fechou os olhos ao apertar a mão de Dave, que se impressionou e as luzes se fortificaram, parecendo que iam explodir, enquanto a mesa sofreu um solavanco.

Ver aquilo fez meus braços enrijecerem e meu peito estufar como se tivesse feito exercício. O gorila estava pronto para a briga, me fazendo bater os punhos na mesa de madeira e correr para a entrada mesmo sem ter uma visão noturna.

— Você vai precisar de luz! — Karin veio atrás de mim e seguiu outra direção.

Não demorei para chegar próximo a cozinha e me deparei com um homem vindo em minha direção, obviamente veio da entrada. Eu não estava vendo nada, apenas uma silhueta, mas meu corpo queria atacar.

— Uhh! Uhh! — Nem dei chance para reagir. Fui para cima com um soco no peito, mas ele desviou e veio para o meu lado, então bati com o outro braço e senti uma faca ou algo parecido no meu cotovelo esquerdo quando ele se desviou no susto.

Livro 2 - Os VerdadeirosOnde histórias criam vida. Descubra agora