Livro 2 - Os Verdadeiros

25 - O Super Eu!

—10 VEZES!!! — Ele exclamou com uma voz selvagem, tendo sua energia intensificada com uma aura vermelha gigantesca.

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Ao passarmos pela entrada, depois um corredor e chegarmos na área principal, nós vimos uma área 3 vezes maior que a sala de um cinema, coisa que não havia em Piperville, cheia de cadeiras acolchoadas que faziam uma plateia circular envolta de uma cupula gigante e transparente, obviamente a arena.

— Vocês demoraram. — Sheska falou ao lado de Peter e Karin na frente da parede de metal, enquanto descíamos as escadas e víamos Matt sentado ao longe e Grace conversando com o pai mais nossas versões futuras na primeira fila.

— Então vamos começar, porque o tempo é curto. — O Viajante observou.

— Não era pra você ter "todo o tempo do mundo"? — Wendy perguntou.

— Não, também tenho minhas ocupações, fora que eles devem voltar logo para o futuro e não termos problemas. — O Viajante pôs as mãos nos bolsos.

— Eles não deviam desaparecer pelo futuro mudar? — Wendy ficou confusa.

— Não... — O Viajante olhou para Karin, que logo pegou a deixa.

— A linha do tempo deles continua existindo, mas do outro lado da divisa. Para eles, nada vai mudar quando voltarem. — Karin lamentou.

— Então vamos começar. — Grace avisou. — Desafiantes? — Ela apontou para uma porta a direita da estrutura e a loira seguiu com a minha versão futura, enquanto nós fomos nos sentar na primeira fila.

— Como Sheska reagiu a isso? — Tive de perguntar.

— Muito bem, só estranhou um pouco. — Grace me respondeu.

— Ela já sabia o que você era?

— Desde pequena ela via fotos do Aleksi sentado no meu colo quando criança, seria bem estranho não saber. — Ela ficou um pouco sem graça.

Logo ouvimos um barulho e vimos o chão vermelho no meio da arena se abrir, onde subiu uma espécie de elevador revelando os desafiantes e tomando o lugar do chão aberto pouco antes. Nessa hora, reparei mais no local, notando que a única entrada ou saída era pelo chão que servia de elevador.

Não haviam paredes e sim algo que se parecia com vidro, mas obviamente não era, o que me fez querer saber se era o mesmo material envolta o portal, sendo que já tinha visto aquilo quebrar ao longo de vários socos de um devorador, não que qualquer coisa pudesse fazer igual, mas era Sheska ali...

— Só pra registrar, você não tem medo de lutar a sério, tem? — A ogra perguntou, fazendo minha versão futura sorrir. Ambos estavam de lado para nós e novamente caixas de som com altura moderada estavam por toda parte.

— Com você? Não mesmo.

— Eu acredito que você tenha ficado bem mais forte, mas não coloco muita fé... Até entendo as suas unhas e tal, mas você sabe como a minha roupa funciona, não é?

— Sei... Eu prefiro que seja assim. — Energia amarela começou a envolver seu corpo por dentro da roupa preta de tecido grosso e suas marcas de garras nos ombros ganharam uma leve iluminação, até que o corpo voltou ao normal e os ombros ficaram mais largos junto com o peitoral e a barba aumentava um pouco.

— Uau... — Me surpreendi e pensei em pedir a minha roupa igual aquela, mas talvez não fosse uma boa ideia...

— Esse lance de energia visível é muito legal, não é? Eu sei que é. — Wendy encostou em mim com o braço. — Não é pra todo mundo, mas fico feliz que um dia você vai chegar no meu nível. — Ela se gabou e tentei não rir.