Amor Ou Obsessão?

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Obsessão é o substantivo feminino que significa um comportamento de importunar ou perseguir alguém de forma insistente. Também pode indicar um estado de preocupação permanente em relação a alguma coisa.

Uma obsessão consiste em uma ideia fixa e persistente que determina a conduta de uma pessoa, conduzindo a comportamentos que frequentemente são contra a vontade da pessoa obcecada. Muitas vezes as obsessões são acompanhadas de uma sensação de medo e podem se desenvolver de forma patológica, dando origem a uma neurose obsessiva. Ex: A obsessão dele por ela chegou a um ponto tão grave que ele comprou um apartamento no mesmo prédio dela.

Quanto à etimologia, a palavra obsessão e obcecado têm origens distintas. Obcecado tem origem no latim obcaecare, que indicava um estado de cegueira. Isto porque o indivíduo obcecado não consegue avaliar os seus comportamentos e a própria realidade. Por outro lado, obsessão vem do latim obsedere, que indicava o ato de cercar ou rodear alguma coisa ou alguém.

Um comportamento obsessivo pode ser um sintoma do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), caracterizado por atitudes que por vezes são vistas como invulgares pelos outros ou pelo próprio indivíduo (por exemplo: lavar as mãos de forma compulsiva e excessiva). A obsessão pode ocorrer em função de uma pessoa, de um trabalho, de uma atividade, etc.

De acordo com o espiritismo, a obsessão consiste em uma intervenção negativa de um espírito sobre outro.

Obsessão amorosa….

A obsessão amorosa é traduzida em um comportamento obsessivo em relação a outra pessoa, estando ou não em um relacionamento amoroso com ela. Muitas vezes, algumas pessoas estão tão obcecadas pelo seu/sua parceiro/a, que organizam as suas vidas completamente em função dele/a. Isso significa que todas as suas atividades são direcionadas exclusivamente para o seu interesse amoroso, sendo que muitas vezes os próprios interesses pessoais e interação social com outras pessoas são esquecidos.

No caso de desilusões amorosas, quando o amor não é correspondido e a pessoa não sabe lidar com a rejeição, ela muitas vezes se transforma em um stalker, perseguindo a outra pessoa.

Acreditem quando eu digo que eu entendo sobre obsessões…

Sou obcecada pela minha profissão…

Sou obcecada pela morte e pelas respostas que ela pode dar…

Sou obcecada pela mente humana e por cada insanidade guardada dentro dela…

Sou obcecada por ela…a garota dos olhos verdes.

Obsessão é a seguir todos os dias,mesmo que só com os olhos?

Obsessão é entrar no seu quarto todos as noites,me acariciando enquanto a observo dormindo, querendo que seja ela a me dar prazer?

Eu a amo ou sou apenas obcecada por ela?

Em minha mente,em meus sonhos eu ando por sua casa quando ela não está, como seria sua casa? E seu quarto? Não importa,eu posso imagina-los,eu ando pelos cômodos, eu cheiro suas roupas às vezes as uso,leio seus livros e durmo em sua cama enquanto me agarro a qualquer vestígio dela.

Às vezes eu me toco por sua casa, me masturbando enquanto imagino que é ela quem me empurra ao abismo do prazer,todas as vezes me vejo chegando ao ápice em qualquer cômodo de sua casa, quero marcar meu território por todos os cantos, quero marcar meu território em seu corpo e coração.

Lexa é como um orgasmo, bom e desejado por toda mulher,aquele que te faz extremecer o corpo todo, aquele que faz revirar os olhos em puro delírio.

Suas curvas longas e carnudas me dão água na boca,seus olhos verdes e perversos são excitantes,sua boca vermelha transbordando abundâncias de lábios gordos e deliciosos,suas mãos delicadas e macias,sua pele morena e quente,seus cabelos dourados bagunçados de uma forma sexy,seu sorriso raro e perfeito…ela é a perfeição.

Eu a amo…amo mais do que a minha vida.

O amor que ela despertou em mim,devorou minha alma e coração.

Pois o amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.

O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de meias. O amor comeu a medida de meus vestidos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.

O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.

O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.

Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.

O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.

O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.

O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.

O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mar negro, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.

O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.

Lexa comeu minha alma com um simples olhar,e eu nem lutei contra,eu não quis,eu não quero….eu simplesmente a quero para mim.

A festa acabou para mim a partir do momento que Niylah apareceu,ela me tratou como sua propriedade e eu deixei por que eu podia ver o quanto Lexa ficava irritada com isso.

Idiota?

Uhum.

Egoísta?

Uhum.

Eu faria , não, na verdade,eu faço, qualquer coisa para ter os seus olhos sobre mim, não importa,nada importa,apenas ela.


Nemo (Clexa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora