Como diria Youg…
A solidão é perigosa e viciante.
Quando se da conta da paz que existe nela, não quer mais lidar com as pessoas.
Felizmente ou infelizmente,já não há tantas pessoas mais no mundo, não é mais necessário tanto esforço para as manter longe ou me isolar das coisas.
Agora o mundo humano são apenas lembranças,frases soltas e de grande impacto,outras nem tanto,músicas boas e clássicas,com letras exatas e significativas,outras nem são mais lembradas,livros velhos e empoeirados,com grandes ilusões ou contando grandes histórias do passado, substituídos por tablets e livros digitais,agora todos esquecidos ou abandonados ao impacto do tempo, apodrecendo na umidade da relva ou sendo queimados por uma questão de sobrevivência,a tecnologia morrendo lentamente sem ninguém para inovar-las ou dar seguimento a continuidade em as manter vivas e fluindo.
Ainda há prédios,antigos edifícios que já foram o orgulho da humanidade,agora velhos e decrépitos,mas a terra está mais bela do que nunca.
A natureza agradece enquanto o "vírus" vai entrando lentamente em extinção,a vegetação vai ganhando espaço enquanto a humanidade está perdendo.
Tem sido longos séculos de busca,guerra e destruição,já não há mais armas nucleares,manuais ou veículos blindados,já não há mais nada além de espadas e sobreviventes.
Tem sido longos séculos duros e cruéis para todos os lados, agora já não importa raça,cor, dinheiro, gênero, religião,status social ou nada que antes a sociedade pregava com tanto vigor.
Os humanos estão indo, enquanto eles são poucos e únicos, nós somos muitos.
"Quando somos abandonados pelo mundo, a solidão é superável; quando somos abandonados por nós mesmos, a solidão é quase incurável. - Augusto Cury "
Eu devo confessar,eu gosto desse novo mundo, tirando os banhos de sangue e constantes perigos de Nia se libertar, é um belo mundo agora.
Silencioso e tranquilo,livre das amarras invisíveis da corrupção,livre das pessoas e suas toxinas,livre das tecnologias,livre da poluição e exploração.
Não serei hipócrita em não admitir que as vezes eu não sinto falta do passado,pois eu sinto.
Sinto falta em observar as pessoas, multidões,feito formiguinhas, correndo para lá e para cá, gastando suas vidas trabalhando,sendo meras engrenagens em um aparelho podre e defeituoso, sociedade,eu me divertia assistindo como eles eram tolos, disputando para manter as aparências, lutando para pagar o que já era deles, ficando velhos e doentes,sem nunca colher apenas sequer um fruto das milhares de árvores que passaram a vida cultivando.
Tão tolos.
Eles não viram o que os acertaram, não viram que não poderiam vencer a grande guerra, não viram que eram inúteis e com um data de validade bem instável,eles não aceitaram que não podiam fazer nada além de perder e morrer.
Fico triste as vezes, sentindo falta de observar as formiguinhas correndo, sentindo falta de todo o seu barulho por nada, sentindo falta dos poucos que se mostraram dignos e honestos, lutando contra tudo aquilo que eu considerava uma abominação,tantas regras idiotas que no final não os salvaram.
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Nemo (Clexa G!P)
Science FictionNinguém Este sou eu para todo o sempre Um dos perdidos Aquele sem nome Sem um coração honesto como bússola Este sou eu para todo o sempre Um sem um nome Estas linhas são o último esforço Para encontrar a perdida linha da vida Oh, como eu desejo uma...